Cap08.09 – Rojão – Livro – O que é o Forró? (2022)
O nome Rojão era usado no século 16 para definir os prelúdios e interlúdios (peças musicais instrumentais que precediam ou intercalavam as peças principais) dentro de um espetáculo teatral ou musical.
Os Rojões continham uma estrutura simples e repetitiva, na qual os músicos ‘aqueciam’ os instrumentos e os dançarinos se preparavam para entrar em cena.
Com o passar do tempo, esse nome ficou no imaginário popular e passou a ser utilizado para denominar o toque sincopado e cadenciado da Viola dos repentistas, entre um verso e outro.
Instrumentos Rojão:
Somente em meados do século 20 o Rojão passou a ser registrado em forma de ritmo. Tem a estrutura rítmica muito semelhante ao Forró, se diferencia com a incorporação de alguns instrumentos, como o Cavaquinho e o Pandeiro, responsáveis por uma célula rítmica do Samba, enquanto os demais instrumentos básicos (Sanfona, Zabumba e Triângulo) mantém a célula rítmica do Forró.
Essa variação surgiu quando os forrozeiros nordestinos começaram a entrar em estúdio para gravar suas músicas, passando a ser acompanhados pelos instrumentistas de cada gravadora, cuja maioria vivia no Rio de Janeiro, tocando e gravando Samba. Tal circunstância faria com que o “sotaque sambista” acabasse influenciando o resultado final das gravações da época.
Dessa forma, o Rojão é uma variação simples do Forró: um Forró sambado.
Parte do livro: O que é o Forró? Um pequeno apanhado da história do Forró./ Ivan Dias e Sandrinho Dupan. 2022 ISBN978-65-997133-0-9
Projeto contemplado pela 2a Edição do Fomento ao Forró, da “Secretaria Municipal de Cultura” da cidade de São Paulo.
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