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Elino Julião – Arrastando a vida

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Bom, antes de postar esse disco eu pensei por diversas vezes, pois esse não é um disco da fase forrozeira do Elino Julião. Nesse disco o cantor e compositor mostra bem a sua fase brega (que aliás, também muito me agrada, rs).

Mas o que me fez postar esse album foram duas faixas. A primeira é uma regravação de um grande sucesso de Jackson do Pandeiro, “A mulher que virou homem” do próprio Jackson do Pandeiro em parceria com Elias Alves. Nessa versão Elino Julião faz uma leitura completamente diferente da música original, mesclando com a sua fase brega.

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Já a outra faixa que me interessou é uma regravação de Luiz Gonzaga, “Xamego” do próprio Luiz Gonzaga em parceria com Miguel Lima. Essa faixa sim merece um destaque em especial. Só como um detalhe a mais, esse disco tem como diretor de produção o grande mestre Abdias.

Elino Julião – Arrastando a vida
1984 – Copacabana

01. Arrastando a vida (Xikongo – Arthur Villarinho)
02. Casinha amarela (João Silva – J. B. de Aquino)
03. Morena feiticeira (Elias Soares – Horizonte)
04. Não vou lhe dar meu sobrenome (Carlos Renê – Alan Édson)
05. O Retratinho (Elias Soares – Speed Luis)
06. Xamego (Luis Gonzaga – Miguel Lima)
07. A barata (Bráulio de Castro – Moskemberg)
08. A mulher que virou homem (Elias Soares – Jackson do Pandeiro)
09. A dona do mercado São José (Elias Soares – Manoel Eufrazio)
10. O filho do Maranhão (Assunção Correia – Antônio Rodrigues)
11. Morena cravo e canela (Iranilson – Gilson Carlos)
12. O cajueiro de Pirangi (Elino Julião)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Texto – Massacre de uma cultura

Estava navegando pela rede e procurando curiosidades sobre o forró, seus artistas e fomentadores. Encontrei um sítio muito interessante “A nova democracia”, nele, em particular, achei dentre os vários textos, esse, bastante fundamentalista.

O texto fala sobre a vida e as convicções de Assis Ângelo, jornalista e estudioso da cultura popular brasileira, autor de diversos livros sobre música e arte, letrista de músicas, roteirista, narrador de cinema e radialista.

Segue o texto.

Massacre de uma cultura
Tão Brasil é mais um trabalho de Assis em defesa da cultura popular genuinamente brasileira: da literatura e da arte como expressão mais sincera do povo — algo que ele já vem promovendo há muito tempo. O programa, ao vivo, tem entrevistas com pessoas de expressão dentro do melhor da cultura nacional, muito bom humor e espontaneidade.

— Não sigo nenhum roteiro, é tudo feito na hora. Puro improviso. Além disso, como viajo bastante — agora mesmo estive no Piauí e no Maranhão fazendo palestras sobre cultura popular brasileira —, por onde passo, registro em vídeo algo como manifestações populares, e reservo um espaço de dois ou três minutos para exibir o que gravei — conta Assis.

— A partir da cultura popular eu mostro o Brasil, porque é a partir dela, através do povo, que um país revela a sua identidade. Somos um povo fantástico e damos a nossa identidade, o nosso perfil, para constituir a nação. É um programa diferente dos que estamos acostumados a ver na televisão brasileira, hoje. Por lá não passa nenhum Chitãozinho e Xororó, a não ser que eles queiram tocar moda de viola sem os vibratos de cabra que a dupla tem — não só essa, mas todas as duplas de ‘sertanojo’ — assim eu aceito.

E vibra outro golpe:

— Inclusive a dupla Chitãozinho e Xororó, começou a carreira cantando músicas maravilhosas. De repente, mudou para sertanojos. Digo sertanojo para não ofender nenhum sertanejo como: Tonico e Tinoco, Capitão Furtado, Cornélio Pires, Serrinha, Tião Carreiro e Pardinho, Rolando Boldrin, Luiz Gonzaga, e muitos outros autênticos sertanejos — explica Assis, que estreou Tão Brasil com o grupo Os Demônios da Garoa.

Sembre muito bem humorado, Assis diz que “vibrato de cabra” é o nome dado por maestros, arranjadores e músicos eruditos ao momento em que um cantor, não tendo mais voz, continua a cantar, produzindo um som que chega a ‘ferir’os ouvidos mais sensíveis. — Para conhecer os vibratos de cabra, basta ouvir Chitãozinho e Xororó, Zezé de Camargo e Luciano, e outras imundícies iguais que têm por aí. Quando falo imundície, não estou me referindo às pessoas, mas ao trabalho que elas fazem — diz Assis.

Francisco de Assis Ângelo nasceu em João Pessoa, PB, em setembro de 1952. Cursou artes plásticas na Universidade da Paraíba e música com grandes mestres paraibanos, mas preferiu dedicar-se ao jornalismo como profissão, reunindo todo o seu conhecimento musical e das artes plástica para desenvolver um jornalismo que mostra o que chama de Brasil real e não ilusório, o Brasil que não tem espaço nos meios de comunicações eletrônicos, preocupado somente com os mais estranhos modismos, e que não retratam nosso país e nosso povo. O Brasil verdadeiro como arte é o das manifestações populares, dos ritmos regionais, da música de qualidade, dos cordelistas e repentistas, dos poetas do povo, o Brasil literário, o Brasil que vem do trabalho, enfim, aquilo que é manifestação verdadeiramente popular.

Assis, irremediavelmente nordestino, orgulhosamente brasileiro — e vice-versa — começou sua carreira trabalhando em jornais e rádios, em João Pessoa, onde foi repórter e locutor noticiarista. Depois, foi editar um jornal da rede Chateaubriand, em Caruaru, PE. Não pretendia sair do Nordeste para trabalhar em jornais do Rio/São Paulo, mas, em 1976, ficou gravemente doente e teve que cuidar da saúde em São Paulo. Acabou ficando. Conseguiu um emprego no jornal Folha de São Paulo, como repórter policial, onde trabalhou por oito anos. Já consolidado na profissão, partiu para os programas de rádio, sempre com a mesma perspectiva de valorizar a cultura popular.

— Minha intenção é mostrar o Brasil para os brasileiros. Por onde passo sempre procuro imprimir a nossa digital brasileira. Consegui ligar música, artes plásticas e jornalismo, e poder trabalhar com isso. Acredito que noventa por cento dos músicos e dos artistas em geral, no Brasil, já estiveram em algum dos meus programas. Só na Rádio Capital foram cerca de quatro mil. Músicos como Rolando Boldrin, Inezita Barroso, Dorival Caymi, Fagner, Luiz Vieira, Carmélia Alves, Oswaldinho, Dominguinhos, Chico César, Renato Teixeira, assim como cordelistas e repentistas, cineastas, jornalistas, dramaturgos, poetas, romancistas — continua. Entre outras, Assis já passou pelas rádios paulistas: Jovem Pan, Atual, Mulher e Capital, em algumas mantendo uma alta audiência e em outras, como na Capital, com o São Paulo Capital Nordeste, liderando absolutamente o horário.

— Pela audiência que sempre tive, pode-se notar que o povo gosta do que é bom, desde que tenha essa opção. Quer dizer, é mentira essa conversa de que o brasileiro gosta mesmo é de pagode, funk, ou sertanojo. O que falta é divulgação da verdadeira música popular para que o povo posa fazer escolhas.

MASSACRE DE UMA CULTURA

Segundo Assis, o brasileiro hoje não tem opção literária, musical, ou de qualquer outro tipo. Ele vê passar na televisão, ouve no rádio, lê nos jornais, e absorve tudo como a única coisa disponível, possível de alcançar.

— Lembremos de Joseph Goebbels, ministro da propaganda, de Hitler: esse nazista “orientava” para o fato de que uma mentira, tantas vezes repetida, torna-se verdade. E isso ilustra o que acontece no Brasil hoje, quer dizer, uma coisa desprezível, de tantas vezes repetida, torna-se um produto aceitável. E é aceitável porque não dão oportunidade ao povo de conhecer algo melhor — declara Assis.

— Afirmo que mente quem diz que o povo não gosta da música brasileira. O problema é que não toca música brasileira para o ouvinte brasileiro, para o teles-pectador. Para o leitor dos jornais, das revistas, da mesma maneira, não divulga na sua forma impressa, a verdadeira cultura popular, o melhor das massas brasileiras. Então, não se pode admirar aquilo que não se conhece. Atualmente, o que vale é a cultura de massa, que chamam de popular, mas não tem nada de popular. É a massificação de algo, que de tanto ser repetido, e censurado o verdadeiro, fica o enganoso na cabeça das pessoas. Com isso, pessoas estão fazendo canções que na verdade não são brasileiras, mas ritmos estrangeiros disfarçados. Nestas, dizem besteiras que não tem nada a ver conosco, e espalham alienação absoluta entre o povo, que diz respeito aos seus valores culturais e a si próprio — afirma Assis.

— O USA manda o lixo do lixo para cá, para as gravadoras onde ele tem passe livre, de graça. Manda o que não presta, porque enquanto mais deixarem o povo doido, melhor é para eles, já que povo alienado não pode fazer escolha e compra qualquer mercadoria.

Absolutamente crítico, Assis defende que as músicas feitas atualmente, dentro de modismos descartáveis, são, pura barulheira de péssimo nível.

— Isso nada tem a ver com trabalho experimental: é barulheira em permanente repetição, que fere os ouvidos e aliena as pessoas. Experimentalismo é algo fantástico, que músicos como Tom Zé e Hermeto Pascoal fazem muito bem. Por isso, não vamos confundir Tom Zé, Hermeto e outros grandes artistas da música brasileira, que fazem experimentalismo, com essas besteiras que estamos acostumados a ouvir à exaustão nas corporações eletrônicas, que são os funk, pagodes, sertanojos, entre outros — despacha Assis Ângelo.

Para ele, a execução desse tipo de música, que chama de barulheira, nas rádios é puramente uma intenção “comercial”, sem respeito algum pelo povo. Faz parte de um acordo entre gravadoras, rádios e artistas. Quer dizer, o artista canta aquilo, a gravadora manda, as rádios compram e os executam. Esses artistas não têm pátria, são terríveis. Fazem essas imundices que chamam de música, que, na verdade, não passam de mercadorias de qualidade das mais desprezíveis.

— Eles fazem música para a gordinha, para a loira, a morena, o caminhoneiro, a vovó, a mãe, e tudo mais, de acordo com o que a ‘onda’ manda, e a ‘onda’ é única. Não têm a cultura, a narrativa, a psicologia e a arte dos grandes compositores brasileiros, que fazem música de um modo geral, inclusive retratando o cotidiano. O que esses alienados fazem é um produto ruim para ser consumido e alienar. E isso chamam de música, produtos que fazem mal à nossa saúde mental e orgânica, à nossa memória, aos nossos tímpanos, ao nosso humor.

Acrescenta Assis, descrevendo uma artimanha idêntica àquela usada nas eleições, com candidatos majoritários que não passam de embuste, para no final culparem o povo, dizendo que ele não sabe votar:

— É massificação, um negócio fascista. O monopólio das comunicações não dá uma chance para os artistas que fazem música cultural popular aparecerem e, por conseqüência, não permitem que as pessoas escolham entre o bom e o ruim. É o que existe de pior: matar um cidadão privando-o da sua cultura.

GOVERNO CONIVENTE

Enquanto isso, segundo Assis, o Ministério da Cultura completa o arrocho contra o povo. — Gilberto Gil é o que eu chamo de ‘ministro de si próprio’. Ele deveria estar representando a cultura brasileira, mas ao invés disso, prefere ocupar o espaço dele no mundo. Depois que se tornou ministro o seu cachê aumentou em muito, e hoje faz shows por 100, 150 mil reais. Além disso, usa o cargo para ter trânsito livre no mundo inteiro, viajando de um canto para outro, enquanto diz que não há verba no Ministério. Infelizmente é o Brasil do oportunismo — constata contrariado.

Em meio a toda essa adversidade, muitos brasileiros fazem músicas fantásticas e lutam para que a expressão genuinamente brasileira sobreviva.

— O que estamos vendo hoje na música brasileira, que aparece nas rádios e televisões, não é representativo. Não é o que o artista brasileiro está criando, porque este não aparece. Mas ele existe e está aí gravando — conta Assis.

E o próprio Assis é um desses que luta bravamente. O seu programa apesar de não ser na televisão propriamente dita, reforça a idéia de mudar a programação da televisão brasileira, repleta de intrigas sobre a vida de artistas e de receitas culinárias sofisticadíssimas para um povo, que em muitos casos, nem tem o que comer.

— O Brasil é um país com uma quantidade assustadora de pessoas arrastadas à miséria e um índice de analfabetismo imenso. Um quarto da população vive na pobreza total, “em baixo de ponte”, como se diz, sem ter o que comer, sem escola, nada. Enquanto isso, ligamos a televisão, e existe televisão até em baixo das pontes, exibindo uma receita conten do camarão ou ostra, ou o que mais for para a população brasileira. Isso é um desaforo. Além das mentiras e calúnias, de tanta coisa espúria e indecente — explica.

— Cheguei à conclusão que a televisão não é feita para servir ao povo, mas a um reino encantado no Brasil. Aqui existe uma televisão feita para ficção, e há muito tempo. É o Brasil real e o irreal, da sofisticação e da pobreza absoluta, e isso é o que vivemos. Por isso, gosto de mostrar o Brasil desconhecido para muitos brasileiros. E mesmo com tantos problemas, cada vez que eu conheço algo novo do Brasil, sinto mais orgulhoso em ser brasileiro — acrescenta. — Amo o Brasil e por isso, lamento o fato do Lula estar governando para meia dúzia de brasileiros ‘poderosos’ e principalmente para os norte-americanos, sendo marionete nas mãos deles. É um jogo de poderosos em que o povo é rechaçado. Mais lamentável ainda nesta situação é que um presidente sai, o outro entra e continua tudo igual, mudando somente o nome do partido. Fui um dos que ajudou a fundar o PT aqui em São Paulo e hoje não tenho mais partido. Uma vez perguntei ao poeta Carlos Drummond de Andrade sobre a sua preferência partidária e ele me respondeu: “Meu filho, homem de partido é partido” — finaliza.’

Para ver esse texto na íntegra, clique aqui.

(Não deixe de ler os demais textos da página “A nova democracia”)

Trio Nordestino – Pau-de-arara é a vovózinha

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Esse é o segundo álbum lançado pelo Trio Nordestino; o disco original foi gravado pela Copacabana, mas esse exemplar em particular é um re-lançamento de 1974, pelo selo Som. Essa era a formação original: Lindú, Cobrinha e Coroné.

Criticando o bairrismo e o preconceito que surgia na época, Waldeck Artur de Macedo, o Gordurinha, padrinho do Trio, escreveu um texto interessante na contra capa explicando, ou melhor, contextualizando a música que dá nome ao disco “Pau-de-arara é a vovózinha”, como ele mesmo escreveu: ‘um baiãozinho, despretencioso como todo baião que se preza’.

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Destaque para o rojão “Tá chegando mais” de J. B. de Aquino, música que também trata da migração para os centros comerciais do sudeste, e para “Mulata no coco” de Geraldo Nunes e Oscar Barbosa, uma das melhores músicas que o Trio gravou.

Trio Nordestino – Pau-de-arara é a vovózinha
1964 – Copacabana

#01. Pau-de-arara é a vovózinha (Gordurinha)
#02. A bochechuda (Riachão – Lindolfo Barbosa)
#03. Velho pageú (João Silva – Miguel Lima)
#04. Tá chegando mais (J. B. de Aquino)
#05. Lamento acauã (Alexandre Alves – Lindolfo Barbosa)
#06. Piauí, Ceará (Gordurinha)
#07. Zé e Maria (Juracy Alcantara)
#08. Samba bom (João Grillo – Zé Cobrinha)
#09. Mentira deslavada (F. Xavier – Antonio de Souza – F. Nunes)
#10. Chora ingazeira (Julio Ricardo – Garcia Santos)
#11. Vai chamar o Zé (Zé Pitanga – Coronel Narcizinho)
#12. Mulata no côco (Geraldo Nunes – Oscar Barbosa)

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Jorge de Altinho – Cor e brilho

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Esse é o último disco que o nosso colaborador virtual “Nordestino” nos enviou… Será que tem mais coisa no baú? Espero que sim!! Agradeço imensamente, a todos os nossos colaboradores e espero que continuem nos enviando discos para que o nosso forró navegue livremente pela rede, permitindo que cada pessoa escolha o que quer ouvir.

Esse é o oitavo dos 16 LPs, isso de um total de 37 álbuns, cada disco é diferente, e em cada um, pode ter certeza, tem alguma pedrada escondida. Nesse, em particular, de música pra música, são arranjos diferentes, as vezes nem parece que estão no mesmo disco.

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Alguns arranjos são muito pra frente, abusando dos metais e guitarras, entre outros mais cadenciados, bons pra se dançar e se ouvir. Participação especial de Fagner na faixa “Cariri”. Destaque para “Pra você gostar” e “Ninguém desata esse nó”, ambas de Cecéu e para “Sede de amar” de Onildo Almeida.

Jorge de Altinho – Cor e brilho
1988 – RCA Victor

01. Andorinha só não faz verão (Jorge de Altinho / Ezequias Rodrigues)
02. Pra você gostar (Cecéu)
03. Bem querer (Petrúcio Amorim / Jorge Silva)
04. Sede de Amar (Onildo Almeida)
05. Cariri (Jorge de Altinho / Everaldo Boavista)
06. Saudade de nós (Jorge de Altinho)
07. Sai de tu (Janduhy Finizola)
08. Ninguém desata esse nó (Cecéu)
09. Só a gente tem (Jorge de Altinho / Jaguar)
10. Forroliando (Jorge de Altinho)
11. Cor e brilho (Jorge de Altinho)
12. Desencanto (Jorge de Altinho)

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Os 3 do nordeste – No clima do forró

Mais uma colaboração do Marcos Antônio, de Patos – PB. Amigo pessoal do Aécio Nóbrega, que hoje é radialista, além de grande fomentador cultural e aficcionado pelo forró pé-de-serra. Atualmente ele tem um programa de forró pé de serra na Radio Panati FM de Patos – PB. As capas foram enviadas posteriormente pelo Lourenço Molla.

Produzido pelos próprios 3 do nordeste, junto com a banda “Potência máxima”, que também participa dos arranjos, feitos juntamente com Zé Pacheco. Seleção de repertório de Aécio Nóbrega, com composições de Cecéu, João Silva e Pinto do acordeon, entre outros.

Aécio juntou-se a Zé Pacheco e Parafuso após a saída do Mestre Zinho. Destaque para “Até te encontrar” de Pinto do acordeon, um arrasta-pé bem pra frente, a curiosidade dessa música, fica por conta dela ter sido re-gravada pelo Mestre Zinho no seu último CD, em ritmo de xote e com uma letra levemente diferente e sob o nome de “Relampago e trovão”.

Os 3 do nordeste – No clima do forró
1990 – Polydisc

01 Pout Pourri

  • Tatá (João Silva – J.B. Aquino)
  • Recado a São João (Cecéu)
  • Fazenda nova (Parafuso – Antonio Ceará)
  • Vou botar outra em seu lugar (Pinto do acordeon)

02 No clima do forró (Roberto Moraes – Marcelo Lancellott)
03 Sonhos alados (Agripino Aroeira)
04 O troco (Pinto do acordeon – Aécio Nóbrega)
05 Piriri piriri (Roberto Moraes – Ramon Ulisses)
06 Mexe mexe (Pinto do acordeon)
07 Até te encontrar (Pinto do acordeon)
08 Tudo pra te dar (Roberto Moraes – Marcelo Lancellott)
09 Segura segura (Roberto Moraes – Marcelo Lancellott)
10 Baião de luto (Pinto do acordeon)

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Negrão dos 8 Baixos – Só dou castigo

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Completando os 3 discos que peguei emprestado com o Magrão, aqui vai o terceiro, Negrão dos oito baixos. Vamos ver se ele tem mais alguma raridade pra disponibilizar pra gente. Eu sempre confundo os discos do Negrão, pois as capas são muito parecidas, realmente só dá pra diferenciar mesmo pelas contra-capas.

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A seleção de repertório mistura músicas cantadas, de duplo sentido, dentro dos vários ritmos que compõem o forró, com músicas instrumentais, soladas por esse exímio especialista no fole de oito baixos, o instrumento mais famoso e importante do sertão, o pé-de-bode.

Direção artística de Luiz Mocarzel, supervisão de produção de Roberto Ramos e arranjos de Oswaldinho. Destaque para o xote “Vivendo e aprendendo” de Alcymar Monteiro e Zé Orlando e para o instrumental “Forró em Lamarão”.

Negrão dos 8 Baixos – Só dou castigo
1982 – Copacabana

1. Só Dou Castigo (A. Ramos / André Araújo)
2. Forró Desenfadado (André Araújo)
3. Time dos Coroas (João Caetano / Roderi / Ki)
4. Forró Em Irecê (André Araújo / Zé Peduro)
5. Forró Em Lamarão (André Araújo)
6. Estou Querendo (A. José / Cavalcanti)
7. Balão Saudoso (André Araújo / J. Cardoso)
8.

  • O Fole Elétrico (André Araújo / Arcênio de Araújo)
  • Três da Tarde (Lido)

9. Vivendo e Aprendendo (A. Monteiro / Zé Orlando)
10. São João Colorido (Roderiki / N. Terranova / André Araújo)
11. Chamego das Morenas (Baú dos 8 Baixos / André Araújo)
12. Tributo a Januário (A. da Bahia / Alfredinho)

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Trio Virgulino – Beijo moreno

Texto e áudio enviados pelo DJ Rick de SP, as capas são do DJ Vini, de BH.

O “Trio Vigulino” originalmente chamado “Trio Virgolino” foi criado em 1980, por três músicos de Parnamirim, uma cidade pequena de Pernambuco. Integra esse trio Enok Virgulino, voz e acordeon; Roberto Pinheiro, voz e zabumba e Adelmo Nascimento, voz e triângulo.

O Trio Virgulino com “u”, e não com “o”, como seria a grafia correta, por se tratar, enfim, de homenagem ao “rei dos cangaceiros” Virgolino Ferreira da Silva, lançou seu primeiro disco em 1986 (pelo selo Sabiá, da extinta gravadora Copacabana) e esse é o álbum apresentado hoje. Esse LP nomeado Beijo Moreno (faixa-título assinada por João Libório), se transformou em CD 20 anos depois, com duas músicas a mais: “Dança da Nova Era” e “Vítima”.

Um dos grupos que impulsionou o movimento Forró Universitário no sudeste do Brasil é com certeza o trio da música popular brasileira em atividade, que mais viaja ao exterior (Espanha, França, Portugal, Inglaterra, Estados Unidos) divulgando a música regional do nordeste.

Nesse ano o Trio Virgulino foi indicado ao prêmio TIM 2008 na categoria música regional.

Trio Virgulino – Beijo moreno
1986 – Sabiá

01. Assim ficou bom demais (Bosco Carvalho – Roberto Agra)
02. Vou embora para o sertão (Enok Virgolino)
03. Sanfoneiro do forró (Bosco Carvalho – Roberto Agra)
04. Feira de pequi (Bosco Carvalho – Roberto Agra – Geraldo Dantas)
05. Carimbô em Parnamirim (Enok Virgolino)
06. Flor de girassol (Enok Virgolino – Jurandir Pavan)
07. Meu corta jaca (Roberto agra – Francisco Agra)
08. Beijo moreno (João Libório)
09. Asas que voltam (Ataide Gouveia – Enok Virgolino)
10. Segundo a profecia (“Barragem do chapéu”) (Bosco Carvalho – Geraldo Dantas)

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O silêncio da Sanfona: Sivuca e sua Obra

Recebemos um texto do Cacai Nunes, músico, produtor artístico e cultural, pesquisador e fomentador do forró, residente em Brasília -DF. (Caricatura feita e publicada por Léo Martins, no seu blog, aliás, muito bom também)

A quem pertence a obra de um artista depois de sua morte?
Ao público que o consagrou ou aos herdeiros que deixou?

“O trabalho de resgate, os pesquisadores lembram, é fundamental, já que a memória de Sivuca está fragmentada. ‘Meu pai não teve a preocupação de ficar juntando nada. Só queria tocar. Tem disco que não se encontra em lugar algum do mundo. Se você não reedita, o que acontece? O artista morre de novo’, aponta Flávia, que, embora entristecida, ainda acredita no diálogo para resolver o imbróglio. ‘Isso não combina em nada com o jeito de ser do meu pai.’”(Trecho retirado do meio do texto)

Ele achou esse polêmico texto que fala sobre a disputa sobre os direitos autorais da obra do Sivuca, entre sua filha e sua esposa. Falando assim, parace um assunto besta, mas se olharmos mais de cima, veremos que é um problema que pode afetar qualquer artista, ou qualquer obra.

A matéria completa foi publicada no Jornal O Estado de São Paulo em 12/05/08 e pode ser lida no site do Ministério da Cultura ou no blog Acervo Origens, do nosso amigo Cacai Nunes.

DVD – Zenilton e seus sucessos

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Inaugurando a seção de DVDs que somente agora, felizmente, começam a registrar os nossos ídolos forrozeiros, aqui vai um DVD que o Madruga deixou conosco.

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Na contra capa, o DVD trás um resumo da história e trajetória do Zenilton, com detalhes diferentes dos quais eu havia levantado diretamente com ele pelo telefone. Até ai tudo bem, quanto mais pessoas contarem a mesma história, mais fatos novos vão aparecer e com isso enriquecer os parcos registros que temos sobre essa parte tão nobre da cultura brasileira, a música.

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Novamente cito que os contatos que estão no encarte são para norte e nordeste do Brasil, para shows aqui no sudeste, favor entrar em contato com o Madruga (11) 7671 5716, que foi uma peça fundamental, juntamente com o Trio Alvorada, na realização desse show maravilhoso e único que assistimos no Festival Rootstock 2008.

Zenilton e seus sucessos
2008

01 Ela voltava (Zenilton – João Lourenço)
02 Mulher gosta de dinheiro (Zenilton)
03 Mulher gosta de carinho (Zenilton – João Lourenço)
04 Rio das pedras (Zenilton – Durval Vieira)
05 Não vendo a casa (Zenilton – Durval Vieira)
06 Acabou-se tudo (Zenilton)
07 O boi lambeu (Zenilton – Durval Vieira)
08 Insônia (Zenilton – João Lourenço)
09 Diz paixão (Zenilton – Alcimar Monteiro)
10 A velha debaixo da cama (Jonas de Andrade)
11 Todo castigo é pouco (Zenilton – João Lourenço)
12 O delegado do amor (Zenilton – Durval Vieira)
13 Gemedeira (Zenilton – Durval Vieira)
14 Rio São Francisco (Zenilton)
15 Milho cru (Zenilton – Tio Jovem)
16 Deixei de fumar (Zenilton – Durval Vieira)
17 É Só capim (Zenilton – Tio Jovem)
18 Meu casamento (Zenilton)

1 ano sem Marinês

Completando um ano de ausência da eterna rainha do Xaxado, recebemos de seus familiares, através do Madruga, esse convite para a missa de um ano de seu falecimento.


Fica aqui nossa homenagem a ela, com muitas saudades.

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