Gordurinha – Súplica cearence

Essa é mais uma colaboração do DJ Vinícius de BH, que, mesmo sem saber, nos ajuda a manter a constância na publicação dos álbuns de forró. Outro dia ele veio a São Paulo e deixou uns LPs aqui em casa, esse é um deles, é um disco difícil de se achar um original em bom estado e importante para marcar a presença do Gordurinha (Waldeck Artur Macedo), fazendo um breve apanhado de seus maiores sucessos, na época. Cantor, compositor e radialista, nasceu em 10/08/1922, em Salvador – BA.

Essa é uma coletânea, que depois seria re-lançada em 1987, é uma boa oportunidade para se ouvir as já conhecidas composições, na voz de seu autor. Aos 16 anos aprendeu a tocar violão. Cursou até o segundo ano de medicina, mas abandonou os estudos para seguir a carreira artística. Ganhou o apelido de Gordurinha dos amigos de rádio porque era magro demais.

“Waldeck Artur de Macedo começou a trabalhar na Rádio Sociedade da Bahia aos 16 anos. Foi lá que ganhou o apelido Gordurinha, uma ironia, já que na época era notadamente magro. Desde o início chamou a atenção por sua capacidade humorística, fazendo piadas e sátiras de quaisquer situações. Fez fama como humorista de rádio, e também trabalhou em uma companhia teatral, com a qual viajou por todo o país. Essa fama fez com que seu talento de compositor fosse subestimado. Nos anos 40 tentou a sorte no Rio de Janeiro, mas, não obtendo o mesmo sucesso que em Salvador, resolveu ir para Recife, onde atuou nas rádios locais. Disposto a tentar a vida no Rio mais uma vez, conseguiu entrar para a Rádio Nacional em 1952. Nas décadas de 50 e 60 gravou seus cinco discos, onde cantava suas músicas humorísticas acompanhado por orquestras.” (Trecho extraído do Blog do neto do Gordurinha)

Gordurinha – Súplica cearence
1967 – Continental

01. Súplica cearense (Gordurinha – Nelinho)
02. A cadeia da Vila (Gordurinha)
03. Oito da Conceição (Gordurinha)
04. Baianada (Gordurinha – Carlos Diniz)
05. Tenente Bezerra (Gordurinha)
06. Qual é o pó (Barbosa da Silva)
07. Poeira de morte (Florentino Coelho – Eloidee Warthon)
08. Eu preciso namorar (Gordurinha)
09. Vendedor de caranguejo (Gordurinha)
10. Quando os baianos se encontram (Gordurinha)
11. Não sou de nada (Gordurinha – Valter Silva)
12. Passe ontem (Umberto Silva – Luiz Mergulhão)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

7 comments

  • waldeck luiz

    oi tudo bem
    estou muito emocionado em ver este artigo sobre meu avo.
    agradeco em nome de minha familia por voce estar ajudando a manter acessa a chama de gordurinha
    obs nao tenho esse vinil se souber de alguem que tenha e queira vender por favor me contate

  • waldeck luiz

    salve gordurinha e nelinho
    Sabe hoje e um dia de desabafo, estava contente ate agora pois o brasileiro nunca esta totalmente feliz,esta assistindo o programa do faustao e pra minha surpresa o rappa entrou cantando suplica cearense,pra minha surpresa maior na hopra de dar creditos a musica fizeram homenagem a luiz gonzaga nada contra mas ( porra ) desculpe o palavarao estou indignado, essa musica e de gordurinha e nelinho,nem falaram o nome dele.que pena
    gostaria de dizer mais ,mas nao quero ofender ninguem so digo

  • dam teles

    pô eu naum entendi esse disco do gordurinha súplica cearence. eu tenho um disco do gordurinha chamado súplica cearence só que a capa é diferente e as musicas tbm como pode?
    a relação do meu é assim!!
    lado a
    súplica cearense
    vendedor de caranguejo
    pedido a padre cicero
    poema dos cabelos brancos
    tô doido pra ficar maluco
    o marido da vedete
    lado b
    baiano burro nasce morto
    chiclete com banana
    uma prece para os homens sem deus
    oito da conceição
    mambo da cantareira
    calouro teimoso

    esplica?
    eu até queria postar pra vcs mais eu naum sei como eu vou remasterizar se alguem trabalha com isso me avise ok

  • IEDO

    Talento puro, dono do hino nordestino
    suplica cearence,poeira de morte e tantas outras, mais uma vez parabenizo voces.
    isso sim e cultura

  • leide warthon de macedo

    olá. meu nome é leide warthon de macedo. sou filha do (gordurinha) e é com muito prazer que venho até aqui agradecer o carinho de todos vcs com meu adorado e talentoso pai.estou muito emocionada com tantas palavras de afeto,carinho e reconhecimento pelo seu talento. agora estou mais feliz ainda por saber que depois de tantos anos praticamente no anonimato o papai está realmente fazendo o sucesso mais do que merecido, só lamento demais o fato dele não poder estar aqui para ver todo o seu trabalho reconhecido.tenho muito orgulho de ser filha desse grande homem e profissional exemplar(gordurinha)o grande amor da minha!!(leide warthon de macedo)

  • Rodrigo

    Por muito tempo procurei músicas que fizeram parte da minha infância e que me lembram de momentos com meu pai ja falecido, esse disco é sensacional. Só lembrando que: O forró é patrimonio nordestino e não vamos deturpar essa obra com comentários preconceituosos, do mesmo jeito que o rock e outros ritmos tiveram sua evolução natural o forró tambem teve, não misturando o forró atual com o “forró axé” mas muitas bandas, cantores e compositores como Aciole Neto e Flávio José foram preteridos pela mídia nacional por bandas universitárias paulistas e mineiras, é uma pena, porem aqui no nordeste são fortes e apoiam a evolução do forró ao contrario do ilustrissimo Dominguinhos que prefere apoiar as bandas sulistas e esquece que o forró evului como qualquer outro ritmo, seja em romantismo, comicos ou de duplo sentido como algumas músicas de Luis Gonzaga e Trio Nordestino. Vamos deixar de lado o preconceito e tratar o nordestino como autêntico brasileiro.

  • nelson de barros camargo

    O pessoal está enganado. O Gordurinha está mais vivo do que nunca princiopalmente quando se descobre que sua obra cantada e composta está cada vez mais atualizada do ponto de vista da situação social do Brasil atual, e não só do nordeste.
    O Brasil que não é mostrado na midia, onde carro e luz elétrica não chegam. Ma sde verão chegar os “médicos cubanos”.

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