CD – Coletânea – Fole de 8 a 80 baixos

Quem não gosta de um forrózinho instrumental ?

A sanfona tornou-se obrigatória em qualquer forró que se preze, mas e antes dela, já havia forró?
Na china, 3000 anos antes de cristo, foi inventado um instrumento de sopro que gerava som a partir da vibração de palhetas, que é base do acordeon. Em 1829, na Europa, foi registrada a primeira patente do acordeon, daí em diante ele foi sendo aperfeiçoado aos poucos enquanto era produzido artesanalmente até que em 1872 nasce a primeira fábrica a Paolo Soprani, na Itália, para finalmente, em 1900, ser difundido pelo mundo.

Em 1947 surge a primeira fábrica brasileira de acordeões, a Todeschini. Foi nessa virada de século que o acordeon chegou definitivamente ao Brasil através da imigração italiana e alemã, e provando sua versatilidade, rapidamente adaptou-se aos ritmos locais.

No nordeste, tornou-se sinônimo de bom forró, ainda nas suas versões mais limitadas, porém muito mais complexos, o famoso “8 baixos”. No lado direito do acordeon encontra-se o teclado, com até quatro oitavas, e o campo de registros para timbres de diferentes instrumentos. O fole é responsável pela dinâmica e interpretação da música, através da sua abertura e fechamento.

No lado esquerdo encontram-se os botões, os baixos, que variam desde 2 para crianças até os profissionais de 120 baixos. Esses estão distribuídos de acordo com o círculo das quintas. O intervalo entre o baixo e o contrabaixo é de uma terça maior. Na diagonal os acordes apresentam-se nessa ordem: maior, menor, sétima e diminuta.

Há dois tipos de acordeon, o diatônico ou piano apresentado acima, e o cromático apresentando botões dos dois lados, sendo que no lado direito a disposição dos botões segue a ordem das escalas cromáticas.

Essa coletânea tem, além de grandes sucessos, as melhores músicas concebidas nos foles de 8 baixos. Execuções de Zé Raimundo, Edvaldo do acordeon, Os cabras do baião, Reginaldo Prieto, João Dias, Zezé Pereira, Zé Pereira, Zé Bicudo e Zé do Estado.

Coletânea – 20 Super sucessos – Fole de 8 a 80 baixos
1998 – Polydisc

01 – O sanfoneiro só tocava isso (Heraldo Lobo – Geraldo Madeiros)
02 – Pau de arara (Guio de Moraes – Luiz Gonzaga)
03 – Purtêra veia (Sebastião Martins)
04 – Forró na fazendinha (Assis Barros)
05 – Dengosa (Reginaldo Prieto – Abenildo Lucena)
06 – Forró no varandão (Sebastião Martins – Ivanildo Martins)
07 – Alegria do sertão (Raymundo Mundola)
08 – O tocador quer beber (João Dias – Ataíde Lira)
09 – Arrasta pé em Macaparana (Sebastião Martins)
10 – Não pise no meu calo (Raymundo Mundola)
11 – Forró em També (Sebastião Martins)
12 – Na casa de dona Rosinha (Zezé Pereira – Euclides Farias)
13 – Forró do Zé do Fole (Ernesto Pires)
14 – Mastigadinho danado (Zé bicudo – Sandro Rogério)
15 – Cavalo manco (Elias Salomão)
16 – Eu e Lourdinha no forró (Zé Pereira – Sandro Rogério)
17 – Arrasta pé no brejo (Elias Salomão)
18 – A feira de Caruaru (Onildo Almeida)
19 – Pagode em São Vicente (Sebastião Martins)
20 – Fim de festa (Zito Borborema)

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Zé da Ema – A cama

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Conseguimos descobrir pouquíssima coisa sobre o Zé da Ema.

Em 1979, participou como vocalista dos Filhos do Norte, já com o sanfoneiro Bacurau, e que posteriormente passaria a se chamar Os Filhos do nordeste com a entrada do Zé Cacau.

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Esse disco, de 1981, pela Copacabana, destaques para o forró “Muita mulher” e para o baião “Vou casar com ela”.

Zé da Ema – A cama
1981 – Copacabana

01. A cama (Antonio Vieira – José Pereira dos Santos – Nino Ja)
02. Arrasta-pé na casa grande (Adailton Amaral – Severino Candido)
03. Muita mulher (Adailton Amaral – Antonio Vieira)
04. Forró apertadinho (Adailton Amaral – Severino Candido)
05. Vou casar com ela (Adailton Amaral – Antonio Vieira)
06. Amor que não morreu (Biu Virginio – J. E. Valença)
07. O sol quer sair (Biu Virginio – Fernando Borges)
08. Amor de Mariana (Severino Candido – Adailton Amaral)
09. Côco de roda (Adailton Amaral – Antonio Vieira)
10. Sanfoneiro bole-bole (Inacio Virgolino – Edilson Valença)
11. Paixão danada (Manoel Vidal – Adailton Amaral)
12. Forró tamanduá (Antonio Vieira – José Antonio)

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