CD – Miltinho Edilberto – Como alcançar uma estrela

Quem não é de São Paulo ou quem começou a freqüentar o forró há pouco tempo, certamente não entenderá completamente a postagem de hoje, mas no final da década de 1990, Miltinho ajudou a criar o circuito do forró universitário paulista e foi durante um bom tempo uma das principais atrações para os forrozeiros da cidade, dancei muuuito ao som desse cara.

Cantor, compositor, folclorista, poeta, contador de causos, repentista, multi-instrumentista e pesquisador do folclore brasileiro, Miltinho Edilberto é considerado um dos mais completos violeiros do país. Seu trabalho transita entre diversas vertentes musicais da cultura tradicional brasileira, que vão desde o forró pé-de-serra ao trava-língua.

A capa acima foi enviada pelo ‘Jakaré’ para complementar a publicação, é a capa do re-lançamento, de 2000, com o título de “O forró de Miltinho Edilberto”, pelo selo Deck Disk.
Paulista do interior do estado, o violeiro é respeitado por medalhões da música regional como Xangai, Elomar e Renato Teixeira, de quem é afilhado musical e parceiro.

No palco, toca violão e viola de 10 cordas misturando forró com uma entonação caipira autoral, resultando numa mistura de xote, xaxado, baião e embolada, acrescida de uma boa dose de picardia. O primeiro disco, “Viola Que Fala”, de 1998, tinha pouco de forró, era um trabalho de música sertaneja de raiz, que lhe rendeu o Prêmio Sharp daquele ano na categoria regional.

Em 1999 lançou esse disco pela Universal, “Como Alcançar uma Estrela”, que mais tarde seria relançado pela Abril Music como “O Forró de Miltinho Edilberto, ao vivo”. Nessa época, Miltinho abria espaço no palco de seus shows para Janaína Pereira, que posteriormente criaria o grupo Bicho de pé; foi nesse mesmo palco que vi pela primeira vez o genial Yamandú Costa que acabara de chegar do sul e ainda não era nada conhecido.

Ouvi muito todas as músicas desse CD, sou suspeito porque elas me causam uma certa nostalgia, porém olhando agora, vejo que o “Xote da internet” continua totalmente atual, assim como “Heroína” e a minha preferida é: “Coração virado” anteriormente gravada pelo Trio Sabiá.

Miltinho Edilberto – Como alcançar uma estrela
1999 – Universal

01 – Como alcançar uma estrela (Miltinho Edilberto)
02 – O sonho (Miltinho Edilberto)
03 – Heroína (Miltinho Edilberto)
04 – Quem tá parado é viado (Miltinho Edilberto)
05 – Xote na internet (Miltinho Edilberto)
06 – Forró de viola (Miltinho Edilberto)
07 – Um beijo se quer (Miltinho Edilberto)
08 – Mar tá pra peixe (Miltinho Edilberto)
09 – Luz do desejo (Miltinho Edilberto)
10 – Maria Joana (Miltinho Edilberto)
11 – Coração virado (Miltinho Edilberto)
12 – Não há nada igual ao forró (Miltinho Edilberto)
13 – Nóis é jeca mais é jóia (Juraildes da Cruz)
14 – The end (Miltinho Edilberto)

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Os Filhos do Nordeste – Filho de forrozeiro

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Roubei esse disco lá na casa do Tick, tínhamos que postar alguma coisa sobre Os Filhos do nordeste, de quem somos fãs, mas eu só tinha gravações desorganizadas, é sempre bom ter o acervo organizado, sendo assim, dos dois discos com Zé Cacau, aí vai o primeiro!

Sem sombra de dúvida, um dos melhores trios em atividade, radicado na cidade do Rio de Janeiro, tem Bacurau, Robertinho e Jacinto em sua formação atual .

Até chegar a essa formação, o sanfoneiro Bacurau tocou com vários músicos, na primeira gravação, em 1979, ainda com o nome de Os Filhos do norte, o zabumbeiro era Tizil e o vocalista Zé da Ema.

Nesse disco, de 1982, o vocalista é Zé Cacau, que recém chegara vindo d’Os 3 do nordeste, produção de Antônio Barros e um repertório e arranjos realmente indefectíveis.

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Destaque para o 7 cordas, para a voz do Bacurau no coro, para a forma única com que a bateria se insere na mixagem e para o nome que veio o “Forró de tamanco”, dessa vez.

Esse disco é todo bom, recheado de forrós de primeiríssima qualidade, mas em todo caso, as músicas que mais me agradam são a faixa título, “Filho de forrozeiro”, “Pra fazer besteira”, “Minha Rosinha” e “Sinto saudade do meu nordeste”, aproveitem, isso é que é forró!!!

Os Filhos do Nordeste – Filho de forrozeiro
1982 – Ariola

01. Que nem sapo na lagoa (Cecéu)
02. Filho de forrozeiro (Cecéu – Janjão)
03. Homem com H (Antonio Barros)
04. Bate coração (Cecéu)
05. Prá fazer besteira (Antonio Barros)
06. De tamanco mulher (Antonio Barros)
07. São João menino (Antonio Barros)
08. Minha Rosinha (Nininha – Cacau)
09. Morena linda (Severino Ramos)
10. Forró na casa de Tomé (J. S.)
11. Eu sou o dono dela (Canário Belga – Bacural)
12. O espinho e a flor (Edson Duarte)
13. Sinto saudade do meu nordeste (Fábio Cerilo – Tizil)

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