Banda de pífanos de Caruaru
A Banda de Pífanos de Caruaru tem suas origens no ano de 1924, quando Manoel Clarindo Biano, sertanejo das Alagoas, herdou de seu pai dois pífanos (ou pifes), um bombo, um prato e a missão de manter viva a Zabumba Cabaçal criada por seu avô, banda de pífanos, ou “esquenta mulher”, como é conhecida nas Alagoas, ou banda cabaçal, ou terno de zabumba, dentre outras denominações que variam conforme a região.
Manoel juntou a família, seus filhos Benedito e Sebastião, e um amigo e começaram a percorrer o nordeste, fugindo da seca e da miséria, fazendo apresentações em quermesses, novenas, casamentos, batizados, enterro de “anjos” e até mesmo para o lendário Lampião (1927). Foi nessas andanças que aportaram em Caruaru, no ano de 1939, onde continuaram com seus shows. 1955 marca a perda de s. Manoel. A missão de manter viva a tradição foi delegada aos seus filhos, e agora também aos seus netos: Luiz, que permaneceu por pouco tempo, e Amaro (filhos de Sebastião) e Gilberto e João (filhos de Benedito), agora batizados com o nome de Banda de Pífanos de Caruaru.
A música da “Bandinha” ultrapassou os limites do estado de Pernambuco, chegando aos ouvidos, nos anos 60, dos tropicalistas Jards Macalé, de nosso atual ministro Gilberto Gil e, mais pra frente de Caetano Veloso. Do encontro entre os instrumentistas e Caetano nasceu “Pipoca Moderna”, que permitiu, embora os Biano só tivessem descoberto, por acaso, a veiculação da música alguns anos depois, o reconhecimento nacional da Banda de Pífanos de Caruaru.(texto extraído do sítio entre cantos)
Banda de pífanos de Caruaru
1976 – Continental
01. Pipoca moderna (Caetano Veloso – Sebastião Biano)
02. Caboré (Sebastião Biano)
03. Frevo Danado (Ronaldo Maciel – Rui Ferreira)
04. Arrasta pé corneta (Sebastião Biano)
05. Lamentação (Plácido de Souza)
06. Flor de muçambê (Manoel Alves – João Biano)
07. Carimbó do pífano (Sebastião Biano)
08. O tocador rebate a marcha (Sebastião Biano)
09. Levanta Poeira (Sebastião Biano)
10. O choro dos pífanos (Sebastião Biano)
11. Cabo da vassoura (Sebastião Biano)
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