CD – Trio Marrom – Forró Pé de Serra

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Colaboração do Jhonatas Pasternack, de São Paulo – SP

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“…to mandando os arquivos do último CD do Trio Marrom que peguei recentemente…”

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É um CD promocional, a formação atual é Corisco, Zé Luiz e Nego Café.

Trio Marrom – Forró Pé de Serra

01 A Poeira Voa
02 Garota Xiboquinha
03 Amor Doce
04 Saudade do Meu Nordeste
05 Forró Reveilon
06 Do Amor Maricota
07 Forró de Pé de Serra
08 Amor Pra Valer
09 Menina Pra Frente
10 Laue Amor

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CD – Nordestinos do Forró – vol.1

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Colaboração do William Vieira, de Natal – RN

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“a banda nordestinos do forró, surgiu em Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco formada por: sanfona: Orlando zabumba: Baiano triângulo: Titica vozes: Alcimar e Fernanda Borges.

A banda faz muito sucesso em todo nordeste e ganhou o Brasil cantando sucessos de Luiz Gonzaga e outros compositores. A banda já lançou 15 CDs. vale a pena conferir.”

Nordestinos do Forró – vol.1
2004

01 A Morte do Vaqueiro
02 Vai Boiadeiro
03 Cigarro de Palha
04 Estrada do Canidé
05 Karolina Com K
06 Cenário de Amor
07 Siá Filiça
08 Eu esse ano
09 Festejar São João
10 Tem tanta Fogueira
11 Eu Fiquei tão Triste
12 Xote das Meninas
13 Estopim da Bomba
14 Neném Mulher
15 Bate Coração
16 De Volta pro Aconchego
17 Assum Preto
18 Matulão
19 Milonga
20 Forró Bodó
21 Confidência
22 O Santo é de Barro
23 Rua do Sol
24 Palha do Coqueiro
25 Vem Morena

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Jackson e Almira

Copacabana Palace 1957 - 1958 3

*Foto enviada pelo Sandrinho Dupan, de Campina Grande – PB

…Copacabana Palace

Texto – Estão roubando o meu baião

*Texto enviado pelo Luciano José.

A globalização não é um fenômeno da época atual, mas está nas origens do sistema capitalista. Não há relação de produção capitalista sem algum processo de globalização. Queremos com isso dizer que o forró que atualmente conquista o público brasileiro em massa e se faz presente em várias partes do mundo é de qualidade musical bastante duvidosa. O retrato musical forrozeiro atualmente pintado no Brasil é musiquinha comercial de baixo nível.

Não podemos considerar o forró moderno ou estilizado ou eletrônico como forró porque simplesmente não há qualquer vinculação com os elementos ligados à tradição da música nordestina. O forró universitário merece nosso respeito, pois pretende estabelecer um diálogo com as raízes da música regional nordestina e dialogar com seus mestres.

Forró moderno é Luiz Gonzaga que ao longo da carreira soube moldar sua sonoridade aos novos tempos e conquistar variados admiradores. Forró moderno é Jackson do Pandeiro que revigorou a tradição com a inclusão de instrumentos elétricos e adicionou ao ritmo do forró a batida do samba, o pulsar do frevo e as várias manifestações folclóricas nordestinas. Moderno é Dominguinhos que, mesmo fazendo incursões em outras sonoridades e estilos nunca esqueceu a base do forró gonzagueano do pé da serra. Moderno é Marinês que, enveredando pela MPB, pelo carimbó e pela balada romântica, foi capaz de contribuir para o surgimento da versatilidade do canto de Elba Ramalho. Em suma, aquilo que representa a modernidade já está presente no tradicional. Um realimenta o outro, mas um não avacalha nem desfigura o outro.

O forró eletrônico ou estilizado ou moderno não é e nunca será forró. Na época em que surgiu, final dos anos 90, as gravadoras, as emissoras de rádio, os programas de TV, a pirataria e empresários inescrupulosos que visavam aumentar seus faturamentos, se uniram para desqualificar a música nordestina e embrutecer o público na escolha de uma única forma de “compor” e ouvir música. O gosto popular não pode ser o critério para qualquer definição de qualidade artística de um dado produto cultural. Sabemos que há uma indústria cultural capitalista que financia aquilo que deve ser consumido em termos de arte. Respeitamos a democracia, mas não a confundimos com o democratismo que veicula o baixo nível e a ingerência do mercado como figura determinante para estabelecer valor a algo ou forjar juízos de gosto. Pierre Bourdieu, sociólogo francês contemporâneo, já advertia que o juízo de gosto não é resultado de uma decisão individual isolada e inata, mas é uma construção histórica e condicionado a relações de poder surgidas no embate entre diferentes ambientes sociais.

Portanto, não é tão simples como possa parecer alguém dizer que qualquer um “pode ouvir de tudo e escolher o que mais lhe agrada”. Nessa hora se faz necessário recorrer ao apelo presente na música “Estão roubando o meu baião” do grande artista popular Zenilton, sanfoneiro ligado as tradições do forró que nunca dispensou a modernidade: “Chame a polícia/Prenda o ladrão/Estão roubando o meu baião/Dizendo que é vanerão//O forró nunca foi música/Não existe vanerão/Na verdade o que existe/É xote, marcha e baião/O baião do pé da serra/ Quem trouxe foi Gonzagão//Forrobodó é forró/Festa desorganizada/A cultura nordestina/Está sendo desprezada/Se pagar para tocar/O CD vai para as paradas”.

Luciano José (Prof. de Filosofia, poeta e apreciador do forró)

CD – Tio Crispiniano – Pedaço desse chão

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Colaboração da Gorete

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No auge do movimento do forró universitário, essa banda estava presente no cenário musical da época.

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Um forró com várias influências de outros ritmos e tendências musicais.

Tio Crispiniano – Pedaço desse chão
2001

01 – Saudade Louca (Fabio Freire)
02 – Pedaço Desse Chão (Fabio Freire)
03 – Pra Ti (Pedro Cunha – Fabio Freire)
04 – Minha Mulher (Fabio Freire)
05 – Forró Na Rede (Johnny Frateschi)
06 – Vambora (Fabio Freire)
07 – Maria (Fabio Freire)
08 – Tio Crispiniano- O Herói Brasileiro (Fabio Freire)
09 – Cheiro Dessa Noite (Fabio Freire)
10 – Arenga
11 – Fina Flor (Jairzinho Oliveira)

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Livro – Luiz Gonzaga – SongBook

Luiz Gonzaga - SongBook

Colaboração do Fred Letro, de Belo Horizonte – MG

Luiz gonzaga - SongBook verso

“…É o melhor começo para quem está querendo aprender a tocar, não só acordeon, mas o Forró Pé de Serra. Seja ele em qualquer instrumento.”

Texto – Projetos independentes levam a música e a dança nordestina às ruas de capitais do sudeste

Com o pouco apoio cultural por parte do governo para esse segmento musical que é o forró pé de serra, ou por conta da falta desse apoio, espontaneamente, adeptos do forró tradicional, com ajuda das redes sociais, reúnem-se em espaços públicos de algumas cidades para dançar, cantar e celebrar o forró.

Em Belo Horizonte – MG, semanalmente, centenas de pessoas se encontram para dançar na rua, no bairro do Prado. O ‘Forró de Rua’ é uma atividade que surgiu da iniciativa de um amante do forró pé de serra e da necessidade de se facilitar o acesso ao forró para a população, assim como acontece no nordeste do País.

Em São Paulo – SP acontecem encontros de cunho semelhante, em parques da cidade, onde grupos encontram-se para dançar. É o caso do ‘Forró dos Amigos’ que acontece mensalmente em um parque na zona norte da cidade e reúne centenas de casais para dançar ao som do forró. E outra iniciativa também reúne esporadicamente dançarinos e apreciadores durante a tarde em um outro parque, esse na zona oeste da capital paulista.

No Rio de Janeiro – RJ, sabemos de iniciativas de ativistas culturais e músicos que proporcionaram, durante anos, uma grande reunião de forrozeiros em praça pública, com apresentações a vivo e discotecagem.

Em Brasília – DF, um encontro de forrozeiros acontece esporadicamente, por iniciativa de um amante do forró tradicional, colecionador, DJ e músico, que reúne os adeptos do ritmo no ‘Forró de Vitrola’ em suas edições “Pé de Passagem”, em uma das passagens para pedestres da capital federal, oferecendo acesso gratuito a quem quiser dançar.

Em Recife – PE, há registro de dois encontros de rua também muito interessantes e que acontecem há alguns anos, como a ‘Caminhada do Forró’, que acontece anualmente no bairro do Recife e o bloco carnavalesco que faz questão de exaltar o forró tradicional durante o carnaval, que acontece todo o domingo, que é a “Troça Carnavalesca Sanfona do Povo”. O bloco arrasta multidões ao som do forró e de marchinhas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Marinês, entre outras.

É grande a importância desse tipo de evento, não só para as pessoas que já frequentam o forró, mas principalmente para as pessoas que ainda não conhecem o forró. Ou seja, os forrozeiros de “carteirinha” se deleitam com os encontros, com a dança e com a música e as pessoas em geral, que ainda não conhecem a cultura nordestina, tem a oportunidade de aproveitar e ampliar seus conhecimentos sobre a cultura regional brasileira.

Os projetos contam aparelhagens de som simples, uma boa seleção de músicas em mp3, ou com músicos filantropos que fazem um som ao vivo e o pessoal que não se aguenta de vontade de dançar, dessa forma, esses encontros contagiam a todos que passam, com o balanço do forró pé de serra.

Organize seu grupo, convide os amigos e vamos ocupar o espaço público, afinal as ruas e parques são para se dançar. Divulgue para que todos os amigos compareçam para aproveitar e conhecer mais sobre a cultura nordestina e sobre o forró.

José Marcondes de Souza (Jornalista e Forrozeiro)

João Bosco – São João em Pé de Serra

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Por conta dos homônimos famosos, tive dificuldades para coletar informações sobre o João Bosco.

seloaselob

Se alguém souber informações sobre ele, por favor envie pra gente complementar a publicação.

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Destaque para “Nordeste querido” de João Bosco e C. Mendes

João Bosco – São João em Pé de Serra
1979 – Take Play

01 São João em pé de serra (João Bosco)
02 Canto da Siriema (R. Nonato – João Bosco)
03 Ovo de Bacural (Enauro – Xôxu)
04 Aquela rosa (João Bosco – Capataz do Rojão)
05 Xote do Xavier (João Bosco – S. Filho)
06 Ai Rosinha (Heleno Luiz)
07 Nordeste querido (João Bosco – C. Mendes)
08 Não te quero mais (João Bosco)
09 To contigo e não abro (E. Ferraz – M. Neto)
10 Nordeste 1920 – Terra prometida (C. Cesar – T. Damito)
11 Com saudade de você (João Bosco – A. Gorfinho)
12 Não tem que chorar (João Bosco – S. Filho)

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DVD – São João Cultural – Homenagem aos 150 anos de Campina Grande

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Colaboração do Sandrinho Dupan, de Campina Grande – PB

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“…estou com o vídeo do DVD São João Cultural; é um DVD com vários artistas em homenagem aos 150 anos de Campina Grande…

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Tem a participação de Biliu de Campina, Luizinho Calixto, Sandra Belê, Amazan, Tom Oliveira, Antenor Cazuza, Adauto Ferreira, Heloísa Olinto, além de declamações, poetas, repentistas, aboiadores…”

Texto – ‘Forró: do tradicional ao moderno’

O Brasil é certamente o país mais multicultural do mundo, e assim como abriga diversas tendências musicais, a expressão cultural brasileira se manifesta de diferentes formas em cada região, o forró, por sua vez, abrange o Brasil inteiro.

O forró é uma manifestação cultural nordestina, desde suas raízes até suas ramificações diversas, é inegavelmente uma contribuição para a diversidade cultural brasileira e mundial.

Hoje, com a globalização, o forró novamente conquista o mundo, já tendo seus representantes residentes e atuantes em algumas capitais europeias. Vivemos um momento de grande expansão desse movimento que retrata esse gênero musical tão criativo e arraigado no coração do brasileiro.

Atualmente o forró se divide em 3 categorias:

1. O forró tradicional (Pé-de-serra) foi apresentado ao Brasil por Luiz Gonzaga na década de 1950 e se caracteriza por ser tocado com apenas zabumba, triângulo e sanfona. E resiste, até hoje, no trabalho de artistas excepcionais que fomentam esse segmento importante e autêntico da música brasileira.
2. O forró moderno, também conhecido como estilizado ou eletrônico, que surgiu no final da década de 1980 e se caracteriza no uso de instrumentos elétricos e bandas com grandes quantidades de componentes, um andamento mais acelerado, muitos instrumentos, back vocais e dançarinos. Gigantescos espetáculos de som e luz.
3. O forró universitário, que é confundido com o forró pé de serra por ter um formato muito semelhante, suas diferenças se resumem a roupagem, temática das letras e variações harmônicas. O estilo surgiu no final da década de 1990 e foi uma verdadeira febre, tocando em todas as rádios e TVs do País. Fato que ajudou a resgatar o forró como identidade do povo brasileiro.

O Brasil, se observado como um todo, tem esses 3 tipos de público, e democraticamente, não se pode excluir nenhuma das 3 tendências do forró, dizendo isso é ou isso não é forró.

Existem núcleos de forró pé de serra nas principais capitais sudestinas, sendo que São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro são as principais. Núcleos unidos pela música e pela dança. O forró tradicional, que atravessa gerações e mantém a tradição, renovando-se a cada ano.

Além de suas legiões de seguidores residentes no nordeste, existem milhares de nordestinos imigrantes e seus descendentes espalhados por todo Brasil, que levaram consigo, em suas preferências, o forró moderno.

Em todo Brasil, existem muitos fãs que certamente ainda guardam no coração lindas lembranças da febre do movimento forró universitário. O sudeste, por ter sido o epicentro desse fenômeno, concentra a maior parte desse público.
Atualmente, podemos entender o forró buscando uma visão mais ampla desta face da cultura regional brasileira, com a existência de distintos públicos dentro desse segmento com diferentes tendências.

Para quem não tem muita familiaridade com o assunto, pode-se abordar as diferentes tendências do forró, conhecendo desde os trios tradicionais, as grandes bandas do forró moderno e os ícones do forró universitário que fizeram sucesso no início dos anos 2000.

Hoje o Forró Tradicional tem como seus representantes mais antigos: Antonio Barros e Cecéu, Genival Lacerda e Os 3 do Nordeste; seguidos de Elba Ramalho, Alceu Valença, Flavio José, Trio Nordestino, Trio Juazeiro, Edson Duarte, Tiziu do Araripe, Trio Xamego e Trio Virgulino; e a nova geração de jovens como Chambinho do Acordeon, Lucy Alves, Mestrinho do Acordeon, Trio Dona Zefa, Trio Alvorada e Diego Oliveira, entre outros.

Aguns dos representantes em evidência do Forró Moderno são: Garota Safada, Aviões do Forró, Cavalo de Aço, Calypso, Calcinha Preta, Mastruz com Leite, Dorgival Dantas, Amazan, Frank Aguiar, Francis Lopes, Wesley dos Teclados, Luan e o Forró Estilizado, entre outros.

Dentro do Forró Universitário temos desde seu precursor, a banda Falamansa e outras bandas que formaram e dão continuidade para essa tendência, como: Rastapé, Bicho de Pé, Circuladô de fulo, Peixelétrico, Ó do Forró, Chama Chuva, entre outros.

Como hoje as gravadoras já não tem mais o poder supremo sobre o que devemos ou não ouvir, cada pessoa pode ouvir de tudo e escolher o que mais lhe agrada.
Você já fez isso?
Qual tipo de forró lhe agrada mais?

José Plínio Cunha (Prof. de Música e forrozeiro)

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