José Alves – A versatilidade de

Capa 6

Colaboração do Jhonatas Pasternack, de São Paulo – SP.

Selo A 4Selo B 3

“Um disco que traz Sambas, Balada, Bolero e Samba canção.

Verso 6

opaDestaco desse disco a faixa ‘Machadeiro Mau’ de J. Cavalcanti e Venancio tambem bem conhecida na voz de Anastácia como ‘Pau Brasil’.”

José Alves – A versatilidade de
Egal

01 Machadeiro Mau (Samba Balanço) (J. Cavalcanti – Venancio)
02 Chuva Da Moral (Samba Balanço) (J. Cavalcanti de Castro)
03 Eterna Lembrança (Samba Balanço) (Péricles Sales – Mendonça Jr.)
04 Meu Recado (Samba Balanço) (Péricles Sales – Mendonça Jr.)
05 Tudo Acontece (Samba Balanço) (M. Salema – Edú Corrêa)
06 Deixa Teu Pranto Cair (J. Cavalcanti – Mewton Queiroz)
07 Foi Tudo Ilusão (Balada) (J. de Castro – Péricles Sales)
08 Brinde Musical (Samba Canção) (Raimundo Olavo)
09 Maledicência (Samba Canção) (Raimundo Olavo – Péricles Sales)
10 Lamento Do Passado (Samba Canção) (Jackson de Souza José – F. Mendonça)
11 Agradeço Amor (Bolero) (J. Cavalcanti – Raimundo Alves)
12 Sei Errar (Samba Canção) (Raimundo Olavo – Péricles Sales)

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Gordurinha – Gordurinha

Capa 5

Colaboração do Jhonatas Pasternack, de São Paulo – SP.

Selo A 3Selo B 2

“Aí um raro disco do Gordurinha gravado em 1968.
Maioria das composições são do próprio Gordurinha.

Verso 5

Destaco as faixas ‘Quero Chorar Um Samba’ (também gravada por Ary Lobo) e ‘Pedido A Padre Cicero’ ambas de Gordurinha e ‘De Pontinho Em Pontinho’ de Carlos Magno e Venancio.”

Gordurinha – Gordurinha
1968 – Musicolor

01 Poema dos Cabelos Brancos (Gordurinha)
02 Luz e Trevas (Gordurinha)
03 Era Uma Vez o Meu Verão (Gordurinha)
04 Eu Sem Caminho (Gordurinha)
05 Quero Chorar Um Samba (Gordurinha)
06 Resto de Vida (Gordurinha)
07 Uma Prece Para os Homens Sem Deus (Gordurinha)
08 Lei do Divórcio (Normindo Alves/Sam)
09 Zé da Loteria (Carlos Magno)
10 Pedido a Padre Cícero (Gordurinha)
11 Temporal de Samba (Joca de Castro)
12 De Pontinho Em Pontinho (Carlos Magno/Venâncio)

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CD – Oswaldinho do Acordeon – Krakatoa

cover

Colaboração do Raul Victor.

cd

Esse disco tem a curiosidade de ser quase igual ao CD Vesúvio, de 1993, com a diferença de ter uma música a menos.

contra

Qual dos discos foi lançado primeiro? Vesúvio ou Krakatoa? Qual é o original e qual o relançamento?

Oswaldinho do Acordeon – Krakatoa

01. Krakatoa (Oswaldinho do Acordeon)
02. Got a Match? (Chick Corea)
03. Vesúvio (Oswaldinho do Acordeon)
04. Tico-tico no Fubá (Zequinha de Abreu)
05. Pra Ti Sevilla (Oswaldinho do Acordeon / Marcos Farias)
06. Route 405 (Hirotaka Izumi)
07. Bandoneon (Astor Piazzolla)
08. Juberlam (Pedro Sertanejo)
09. Looking Up (Michel Petrucciani)
10. Pau-de-Arara (Guio de Morais / Luiz Gonzaga)

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Jorge do Rojão – Single – A saudade invadiu meu peito

Jorge do Rojão - A saudade invadiu meu peito - Folder

Colaboração do Jorge do Rojão

“Esse é mais um xote daqueles bem românticos, pra se fechar os olhos e dançar a dois, bem agarradinho! E nessa dança, permitir-se sentir os floreios da sanfona de Jorginho junto com a guitarra sofisticada de Paulio Celé. Para aconchegar os acordes e notas, garantindo o balanço do compasso, o zabumba de Ivan Rodrigo e percussão geral de Abner Brasil. Gravado em 2017 no estúdio Casa na Árvore.

Lançado em Janeiro de 2018 nas plataformas digitais, para o mundo inteiro ouvir. E agora disponível para download grátis aqui no Forró em vinil.”

Jorge do Rojão – Single – A saudade invadiu meu peito
2018

01 A saudade invadiu meu peito (Jorge do Rojão – Juninho Circuladô)

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CD – Arlindo dos 8 Baixos – Mistura Harmônica

Frente p

Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB.

Selo p

Participações de Gennaro e Cezzinha, que gravaram os acordeons no disco.

Verso p

A maioria das músicas é instrumental, com exceção de “Pra ver Matuto Sambar” e “Com 8 Baixos é melhor” ambas de autoria de Aracílio Araújo, que canta as duas faixas.

Arlindo dos 8 Baixos – Mistura Harmônica
2008

01-Ricaon (Moacir Santos)
02-Marimbondo (Gennaro)
03-Espinha de bacalhau (Severino Araújo)
04-Pra ver Matuto Sambar (Aracílio Araújo)
05-Triunfo (Dominguinhos)
06-Peguei a Reta (Porfírio Costa)
07-Carrapeta (Arlindo dos 8 Baixos)
08-Homenagem a Januario (Dominguinhos)
09-Bossa Nova em 8 baixos (Zé Calixto)
10-Forró do Seu Moura (Clementino Moura – Otílio Moura – João Tomas)
11-Com 8 Baixos é melhor (Aracílio Araújo)
12-(Pot-Pourri)
Limpiando la hebilla (Luis Calaff)
Deusa do Mercado de Sao José (Elino Julião)

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CD – João Mossoró – O tempo

capa

Colaboração do Nando Nogueira

cd

Esse é o mais recente trabalho do João Mossoró, que atualmente reside no Rio de Janeiro – RJ.

verso

“Faz tempo que este potiguar de voz ‘Gonzaguiana’ e inquestionável talento persegue o sucesso. João Mossoró é, sem dúvida, um nome sem o qual não se poderá contar a história da música nordestina mais autêntica. Oriundo do famoso ‘Trio Mossoró’, João chega a este seu décimo trabalho solo, sob as bênçãos de consagrados nomes da música popular brasileira.

Produzido por Rubinho de Paula e Chico Roque, o repertório eclético passeia entre o tradicional e o moderno, trazendo compositores consagrados. Poucos artistas brasileiros conseguiriam reunir em um único CD autores dessa categoria. Todo este conjunto de fatores, aliados à reunião de grandes músicos, me faz acreditar que tudo acontece no tempo de Deus, e este mesmo Deus já determinou: O tempo de João Mossoró… É agora!!!” (Paulinho Rezende)

João Mossoró – O tempo
2017

01. Xote Milagroso (Chico Roque – Paulinho Resende)
02. Doutor (Neneo)
03. Laço de Fita (Chico Xavier)
04. O Tempo (Paulo Debetio – Paulinho Resende)
05. Perfume de Mato (Rubinho de Paula – Carlinhos Conceição – João Mossoró)
06. Hoje Não, Saudade (João Mossoró – Gebardo Moreira)
07. Tentação (Rubinho de Paula – Carlinhos Conceição)
08. Seu Olhar Não Mente (Nanado Alves – Ilmar Cavalcante)
09. Final dos Tempos (Chico Pessoa)
10. Espumas ao vento (Accioly Neto)

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Texto – Forró pra gringo ouvir – Por Érico Sátiro

*Colaboração do Érico Sátiro, originalmente publicado no Ralabucho Podcast.

No final de 2016, uma lista de suas músicas preferidas para praticar atividades físicas, divulgada pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama, tornou-se notícia no Brasil por uma inclusão inusitada: a faixa “Perro Loco”, da banda Forro in The Dark, grupo formado em Nova York no ano de 2002, por três brasileiros lá radicados, e que mistura ao forró elementos da música pop, como a adição de guitarras e saxofones. Será então que o nosso forró definitivamente se popularizou no exterior? Ainda não tanto, até porque “Perro Loco” não é exatamente uma canção de forró tradicional, porém, isso não quer dizer que o ritmo nordestino não tenha uma boa aceitação em terras estrangeiras. Muito pelo contrário, basta perceber o sucesso que os músicos do estilo conseguem ao realizar turnês em outros países, em especial na Europa. Além disso, assim como o Forro in The Dark, há outros grupos formados no exterior explorando o forró, a exemplo do Matuto, também nos Estados Unidos, e o Bel Air de Forro, na França, o que ajuda a difundir o gênero ao redor do mundo.

A admiração do público e da crítica estrangeira é grande a ponto de haver determinados discos de música nordestina que foram lançados exclusivamente no exterior, até mesmo de artistas consagrados no estilo. Sivuca, Oswaldinho, Dominguinhos, Camarão e João do Vale são exemplos de músicos brasileiros que tiveram álbuns lançados ou reeditados somente no exterior. Há algum tempo, não havia alternativa ao público brasileiro para escutar tais discos, senão comprá-los em outros continentes. Com o advento da internet, surgiu a oportunidade de importá-los através de lojas online ou “baixar” os arquivos por meio de sites de compartilhamento. Atualmente, embora ainda exista a possibilidade de adquiri-los em sites estrangeiros de CDs, pode-se ouvir a maioria desses álbuns em plataformas de streaming como Spotity ou Deezer. O reconhecimento do público estrangeiro ao valor do forró não é novidade, mas a existência desses discos é mais uma mostra, em tempos de invasão do “breganejo” e dos “forrós de plástico” nas festas juninas, que a autêntica música nordestina nunca vai acabar. Confiram abaixo alguns desses CDs que foram lançados ou reeditados somente no exterior:

oswaldinho Forró Novo – Oswaldinho (1997) – Com apresentações e participações em festivais em diversas partes do mundo, o acordeonista Oswaldinho, conhecido por explorar ritmos como jazz, rock, blues e até o erudito em seus discos, lançou na Alemanha, pelo selo Piranha´s, o seu disco mais nordestino da carreira, utilizando apenas sanfona, triângulo e zabumba. São 13 faixas instrumentais gravadas pelo filho do forrozeiro Pedro Sertanejo, mesclando canções de sua autoria com clássicos de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, em um dos melhores álbuns de sua discografia.

julinho Accordeon do Brasil – Julinho do Acordeon (1992) – o acordeonista e maestro cearense João Aguiar Sampaio, o Julinho, falecido em 2008, é autor de canções como “De Juazeiro a Crato” (Julinho/Luiz Gonzaga), “Dengo maior” (Humberto Teixeira/Julinho) e “Carapeba” (Julinho/Luiz Bandeira), todas gravadas por Luiz Gonzaga, além de “Magoada” (Julinho/João do Vale), interpretada por Clara Nunes, e da instrumental “Baiãozinho bom” (Julinho/Evaldo Gouveia), uma de suas composições mais conhecidas. Exímio instrumentista, Julinho também se apresentou em vários países e gravou diversos LPs em sua carreira, além desse CD lançado na França, em 1992, pelo selo Kardum. No encarte, texto escrito pela francesa Dominique Dreyfus, biógrafa de Luiz Gonzaga.

camarão Camarão plays forró – Camarão (1998) – Reginaldo Alves Ferreira, o Camarão, falecido em 2015, recebeu em 2003 o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, o que demonstra a importância do sanfoneiro para a cultura do seu Estado. Dono de um estilo próprio de tocar acordeon, o músico gravou em 1995, no Recife, as músicas do CD Camarão plays Forró, lançado somente na Europa, em 1998, pelo selo Nimbus, da Inglaterra. Com capa extraída de tela da artista plástica Isa Galindo, o CD, com interpretações no autêntico estilo pé de serra, traz ainda o também falecido Arlindo dos 8 Baixos em quatro faixas, além de contar com a participação da cantora Joana Angélica nos vocais.

music for maids Brazil: Forró – Music for maids and taxi drivers (1990) – Apesar de ter uma versão lançada no Brasil, esse disco não poderia faltar na lista. Em 1981, o produtor e músico pernambucano Zé da Flauta gravou, em condições estruturais improvisadas e experimentais, duas fitas com músicas de Toinho de Alagoas e Duda da Passira, autênticos representantes do forró. Após vendê-las para a Visom Digital, recebeu o pedido de mais duas fitas, que foram gravadas com Heleno dos 8 Baixos e José Orlando, em 1982. Vários anos depois, os quatro discos foram compilados e lançados nos Estados Unidos e Europa com o título de “Brasil: Forró – Music for maids and taxi drivers”. O sucesso foi tão grande que, além de ter recebido um prêmio na Inglaterra de melhor capa de CD internacional, em 1990, pela xilogravura de Marcelo Soares, o disco foi indicado ao Grammy Awards na categoria traditional folk, em 1991. “Por causa de um disco de forró, estávamos na festa de premiação dando de cara com nomes como Natalie Cole, Keith Richards (Rolling Stones), Aerosmith, Billy Idol, Quincy Jones…”, relembra Zé da Flauta. O êxito da empreitada também acabou rendendo uma edição nacional do CD e um novo disco de forró: Pé de Serra Forró Band.

forro band Dance music from the countryside – Pé de Serra Forró Band (1992) – Com o sucesso do “Music for maids and taxi drivers”, Zé da Flauta foi procurado por Tiago de Oliveira Pinto (brasileiro radicado na Alemanha), do Departamento Latino-Americano da Haus Der Kulturen Der Welt (Casa das Culturas do Mundo), de Berlim, para fazer um disco semelhante, a ser lançado na Alemanha. O produtor reuniu, então, Duda da Passira (acordeon), Heleno dos 8 Baixos (fole de 8 baixos), Tavares da Gaita (gaita, reco-reco), Raminho (zabumba, triângulo) e Quartinha (zabumba, triângulo) para formar o Pé de Serra Forró Band. “Eles (Casa das Culturas do Mundo) têm um estudo completo sobre o pífano e possuem todos os ritmos nordestinos escritos em partituras, coisas que nós não temos”, impressiona-se Zé da Flauta. As gravações foram feitas no Recife, em fevereiro de 1992, e o disco lançado na Alemanha pela própria Haus Der Kulturen Der Welt.

joão do vale O poeta do povo – João do Vale (1965) – Autor de centenas de músicas, o cantor e compositor maranhense João Batista do Vale teve, no entanto, uma curta discografia. “O poeta do povo”, seu primeiro disco de carreira, foi lançado no Brasil em 1965, com boa aceitação do público e da imprensa especializada. “Nesse LP, João do Vale canta com muita convicção, muita naturalidade e fervor, um punhado de composições suas, acompanhado por um bom violão e ritmo”, enfatizou o crítico L. P. Braconnot¹, à época do lançamento. Apesar da qualidade, a obra nunca foi editada em CD no nosso país. Em 2014, no entanto, pelo selo Doxy Music, o LP ganhou uma reedição na Europa em que, junto com o bolachão, vem uma versão em compact-disc. Entre as faixas, clássicos como “Carcará” (João do Vale/José Cândido), “Pisa na fulô” (João do Vale/Ernesto Pires/Silveira Jr.), “A voz do povo” (João do Vale/Luiz Vieira” e “Peba na pimenta” (João do Vale/José Batista/Adelino Rivera).

dominguinhos Domingo Menino Dominguinhos – Dominguinhos (1976) – Contando com um time de primeira ao seu lado, formado, entre outros, por Wagner Tiso (piano elétrico), Gilberto Gil (violão), Toninho Horta (guitarra), Moacyr Albuquerque (baixo) e Jackson do Pandeiro e seus irmãos Tinda e Cícero (percussão), Dominguinhos gravou, em 1976, um dos grandes discos de sua brilhante carreira. Misturando jazz aos ritmos tradicionais da música nordestina, o acordeonista pernambucano imprimiu a sensibilidade marcante do seu instrumento em cada faixa do álbum, deixando-o mais com cara de MPB do que de forró. “Tem que tocar pra fora, com alegria, com prazer, senão, mando todo mundo embora. O Wagner Tiso e o Toninho Horta, acostumados a tocar com o Milton Nascimento, de vez em quando começavam a entortar, a fazer aquele som fechado, de lata velha. Mas aí, eu explicava que meu som é diferente, e como eles são flexíveis, compreendiam”, declarou um exigente Dominguinhos². A incorporação do jazz e outros elementos em sua música também gerou a incompreensão de alguns críticos, como o jornalista José Ramos Tinhorão, que, à época, teceu pesados comentários sobre o disco³. A edição em CD do disco permanece inédita no Brasil, tendo sido lançada somente no Japão, em 2015. No repertório, quase todas as faixas são de autoria do próprio Dominguinhos e de Anastácia, com exceção para “Gracioso”, do flautista Altamiro Carrilho.

samba nouvelle Samba Nouvelle Vague – Sivuca (1961/1962) – Embora este não seja um disco de forró, não poderia faltar na relação, principalmente pela importância do autor para a música nordestina. Foi durante o período em que residiu na França, que Severino Dias de Oliveira, o Sivuca, paraibano de Itabaiana, gravou os álbuns “Sivuca e os ritmos brasileiros de Silvio Silveira” (1961) e “Samba Nouvelle Vague” (1962), interpretando choros e diversas canções da bossa nova, como “Samba de uma nota só” (Newton Mendonça/Tom Jobim). Nas gravações, que também contaram com outros músicos, Sivuca foi o responsável, além do acordeon, pelos pianos, vocais, arranjos e guitarras (somente no disco de 1962). Em 2005, a Universal Music da França reuniu os dois álbuns em um único CD, com o mesmo título do LP de 1962. Foi disponibilizado na Europa e ainda é possível encontrá-lo com certa facilidade em lojas estrangeiras na internet.

richard Richard Galliano au Brésil – Vários (2014) – Apesar do título, o CD nada mais é que a trilha sonora do documentário “Paraíba, meu amor”, do diretor suíço Bernard Robert-Charrue, que se apaixonou pelo forró ao conhecer o ritmo e produziu este filme sobre o gênero, direcionado ao público europeu e lançado em 2008. Nas gravações, o acordeonista francês Richard Galliano passeia, toca pela Paraíba e observa o som de nomes como Dominguinhos, Chico César, Pinto do Acordeon, Aleijadinho de Pombal e Os 3 do Nordeste. O repertório do disco, disponibilizado somente na Europa em 2014, em formato de CD duplo, é composto pelos áudios extraídos exatamente dos números musicais do filme.

acustico 1acústico 2 Forró Acústico – Accordéon du Nordeste du Brésil, volumes 1 e 2 – Vários (2007/2008) – Em 2006, o produtor belga Damien Chemin, então residente em Sergipe, idealizou um projeto de pesquisa de artistas do forró, principalmente naquele estado e em Alagoas, que resultou na coletânea “Forró Acústico – Accordéon du Nordeste du Brésil”, lançada em dois volumes pelo selo francês Cinq Planètes. As gravações, que foram realizadas nas próprias casas e bairros dos músicos, fora dos padrões convencionais de estúdio, traziam nomes pouco conhecidos em outras regiões como Olivan do Acordeon, Cachoeira, Bodocó e Batista do Acordeon, ao lado de músicos de maior destaque como os irmãos Mestrinho e Erivaldinho, filhos do também forrozeiro Erivaldo de Carira. Os discos circularam pela Europa e Japão, tiveram boas vendas e ganharam destaque na imprensa internacional, como a revista francesa Mondomix⁴.

cobra Forró do Baú – Cobra Verde (2009) – Admirado com o talento do sanfoneiro sergipano Soenildo Santos Mendonça, ou simplesmente Cobra Verde (também participante da coletânea “Forró Acústico – Accordéon du Nordeste du Brésil”), o diretor do selo Cinq Planètes, Philippe Krümm, famoso na Europa pelo seu conhecimento sobre o acordeon, pediu que Damien Chemin produzisse um disco solo de Cobra Verde para seu selo. O CD foi gravado em Aracaju, em 2009, mas foi lançado na França e distribuído na Europa, EUA e Japão pela L’autre Distribution. Com embalagem caprichada, trazendo livreto com várias fotos em 28 páginas, o álbum apresenta cinco execuções instrumentais e diversos convidados nos vocais nas outras faixas, como o cantor, repentista e instrumentista Genovitor, a falecida cantora Clemilda e o baiano Adelmário Coelho, que interpreta “Carreiro Novo”, de Jacinto Silva. “Chamamos diversos artistas e amigos para participar do CD. Todos gostaram da idéia de participar do primeiro trabalho solo de Cobra Verde, que é muito respeitado em Sergipe”, afirma Chemin. Bem recebido pela crítica europeia, o disco impulsionou o músico em uma pequena turnê pela França e Bélgica, além de participação em um festival de música popular na Argentina.

festa A festa – Luiz Gonzaga (1981) – Lançado em abril de 1981 e recebido pela crítica com certa discrição, o 39º LP do Rei do Baião trouxe regravações clássicas como “Paraíba” (Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga) – canção criada inicialmente como um jingle para a campanha política de José Américo de Almeida, na Paraíba – e “Cacimba Nova” (José Marcolino), ao lado de outras músicas que, embora não tenham se tornado emblemáticas, deram brilho à continuidade do consistente e autêntico repertório de Luiz Gonzaga. O álbum registra também diversos convidados especiais: Emilinha Borba, Gonzaguinha, Nelson Valença, Dominguinhos, Zé Marcolino e Milton Nascimento. Sobre este último, que participa da faixa “Luar do Sertão” (Catulo da Paixão Cearense), Gonzaga relatou: “O contato com Milton Nascimento foi simples. Nós nem ensaiamos, todo mundo sabe cantar essa música. Só tive cuidado em afinar com ele, porque ele tem uma extensão de voz muito grande(…). Ele é uma figura interessante, fala pouco, muito pouco”⁵. Embora o disco tenha sido disponibilizado neste ano em plataformas digitais, a edição em CD permanece inédita no Brasil, tendo sido lançada no Japão, em 1995, pela BMG Ariola. Raríssima, a mídia em compact-disc é oferecida atualmente pela bagatela de quase mil reais no site do Mercado Livre.

Referências:
1. Braconnot, L. P. Coluna Discos, Tribuna da Imprensa, 25 de outubro de 1965.
2. Souza, Tárik de. Coluna Acontece, Jornal do Brasil, 1º de agosto de 1976.
3. Tinhorão, J.R. “O sanfoneiro que subiu para cair”, Jornal do Brasil, 16 de agosto de 1976.
4. http://blogs.mondomix.com/accordeon.php/2010/09/25/forro-la-musique-des-cacheros-du-nordest.
5. Dreyfus, Dominique. Vida do viajante: a saga de Luiz Gonzaga. Editora 34, 1996, 1ª edição.

CD – Coletânea – Rabequeiros de Pernambuco

capa

Colaboração do Cláudio Rabeca, de Recife – PE.

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“Cláudio Sérgio Ribeiro Correia é potiguar radicado no Recife. Músico, compositor, cantor e produtor musical, vivenciou, desde criança, as tradições sertanejas do Rio Grande do Norte, principalmente o forró. Iniciou a carreira artística profissional em 1999 e toca, além da rabeca, viola de dez cordas, violão, guitarra e percussão. Paralelamente à carreira solo, integra o Maracatu Estrela Brilhante do Recife, o Cavalo Marinho Estrela de Ouro (Condado/PE) e o Quarteto Olinda. Produziu o CD duplo Rabequeiros de Pernambuco e promove sua circulação por diversas cidades do Brasil.”

verso

O álbum duplo é um registro único e de grande importância para a discografia do forró, fruto de um grande encontro que reuniu vinte e quatro (24) rabequeiros pernambucanos. Entre eles destacam-se : Maciel Salú, Siba, Renata Rosa, Mestre Luiz Paixão, Dinda Salu e Antúlio Madureira.

Coletânea – Rabequeiros de Pernambuco
2011

CD1:

01. Baião Novo (Mestre Luiz Paixão) Mestre Luiz Paixão
02. Novas Águas (Alberone) Alberone
03. A Roda do Vento (Renata Rosa) Renata Rosa
04. Seu Bartolomeu (Murilo Silva) Murilo Silva
05. Depois Eu Penso (Zé Cafofinho) Zé Cafofinho
06. Em Cantos na Mata (Nylber da Silva) Nylber da Silva
07. Prelúdio Amoroso (Aglaia Costa) Aglaia Costa
08. A Semente da Melancia (Domínio Público) Mestre Antonio Teles
09. Seu Dedé (Gustavo Azevedo) Gustavo Azevedo
10. No Serrado do Sertão (Maciel Salú) Maciel Salú
11. Tapera de Palha (Rafa da Rabeca) Rafa da Rabeca
12. Baiano/Toada do Cavalo (Cavalo Marinho de Bombo) (Domínio Público) Mestre Zé de Bibi

CD2:

01. Maria Trubana (Domínio Público) Mestre Araújo
02. A Rabeca Secreta (Adriano Salhab) Adriano Salhab
03. Puxe o Arco Diritinho (Dinda Salú – Cristiano Salú) Dinda Salú
04. Toada de Abertura/Mergulhão (Cavalo Marinho de Bombo) (Domínio Público) Biu de Dóia
05. Rabeca Enxerida (Cláudio Rabeca) Cláudio Rabeca
06. Ali (Siba) Siba
07. Caminhos (Sônia Guimarães) Sônia Guimarães
08. Chorinho em Juripiranga (Pedro Côra) Pedro Côra
09. Semente Vermelha (Antúlio Madureira) Antúlio Madureira
10. Ciranda Amarela (Marcio Viana – Maciel Viana) Marcio Viana
11. O Namorador (Geraldo Zino) Manoel Pereira
12. Saudação (Salatiel da Rabeca) Salatiel da Rabeca

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CD – Conjunto Regional Samba Matuto – Conjunto Regional Samba Matuto

capa

Colaboração do Guga Amorim, de Recife – PE.

cd

“O Conjunto Regional Samba Matuto se propõe a reestruturar a cultura do Samba Matuto (de gafieira ou de latada) através de uma instrumentação vinda do Universo do Forró e apresentando um trabalho autoral de músicos/compositores pernambucanos.”

verso

Um ótimo disco, aparentemente simples, porém é na simplicidade que se nota sua riqueza musical e cultural, desde a proposta do Conjunto, até o álbum em si. Repleto de músicas inéditas, autorais, arranjos tradicionalistas, muito bom gosto e uma mixagem excelente. Formação: Benjamin Ruschi, Guga Amorim e Victor Ramon.

Conjunto Regional Samba Matuto – Conjunto Regional Samba Matuto
2013

01-Samba matuto (Benjamin Ruschi – Tinê)
02-Amanhã eu faço (Walgrene Agra – Cesar Pereira)
03-Aventura da idade (Nilton Jr.)
04-Até parece (Guga Amorim – Adiel Luna – Yuri Rabidi – Cláudio Rabeca)
05-Lágrimas de Santo (Benjamin Ruschi)
06-Mauna Kea (Victor Ramon)
07-Raio de Sol (Benjamin Ruschi)
08-O aniversário do cara (Walgrene Agra – Ednaldo Lima)
09-Foi o que pensei (Guga Amorim – Tom Rocha – Alexandre Urêa)
10-Samba Son (Guga Amorim)

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CD – Carol Sant’Anna – Samba + Forró

capa

Colaboração da Carol Sant´Anna, natural do Rio de Janeiro – RJ.

cd

Nascida no subúrbio carioca, Carol Sant´Anna cresceu entre baterias e blocos. Frequentava Escolas de Samba com a família e, aos finais de semana entre infância e adolescência, aos domingos participava do pagode no quintal de seu bisavô, onde amadureceu entre repiques, pandeiros, tantans e agogôs.

Esta história tomou rumo profissional em 2001, quando começou a estudar música. Desde então coleciona alguns feitos notáveis. Participou do grupo Rio Maracatu durante 11 anos, como cantora e percussionista.
Estreou na Marquês de Sapucaí aos 16 anos, e desde 2009 é ritmista da Bateria da Estação Primeira de Mangueira.

verso

Em 2010, lançou disco com ‘Forró de Ponta’, grupo em que era vocalista e zabumbeira, a partir de 2010 percorreu a Europa em algumas turnes e atualmente reside em Londres, onde ajuda a difundir e sustentar a musicalidade brasileira na Europa.

Carol Sant’Anna – Samba + Forró

01 Pé inchado (Gigante do Acordeon – Cacau Professor)
02 O amor eu encontrei (Beto Sousa – Antonio Ceará)
03 Desabafo (Antonio Barros)
04 Gingado da morena (Carol Sant’Anna – Gigante do Acordeon – Cacau Professor)
05 Se foi mais um verão (Vandré Sá)
06 Docinho de bem querer (Carol Sant’Anna)
07 No forró sozinho (rodrigo Nem)
08 A festa do beijo (Roberto Virgulino)
09 Estação primeira (Carol Sant’Anna)
10 Se o cavaco chora (Carol Sant’Anna)
11 Cação do sal (Milton Nascimento)
12 Nádegas (Carol Sant’Anna)
13 Samba diferente feat Dughettu (Vadinho Freire)

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