Entrevista: Neuza Flores dos Anjos, por Érico Sátiro
Entrevista com Neuza Flores dos Anjos feita pelo Érico Sátiro para a revista Genius, edição 38;
29 de maio de 1967. Foi nessa data que a vida da baiana Neuza Flores dos Anjos mudou radicalmente. Nascida em 11 de agosto de 1942 na pequena Itororó, cidade localizada no sul da Bahia, de onde não tem lembranças, Neuza mudou-se ainda pequena com sua família para o interior de São Paulo, onde seus pais, Seu Laurindo e Dona Adélia, tentariam uma vida melhor. Sexta de um total de sete filhos (quatro mulheres e três homens), ela se recorda das dificuldades enfrentadas pela família àquela época: “Era duro, eu era de uma família muito humilde. Meu pai foi trabalhar na lavoura em troca, praticamente, de comida para a gente. Era uma época muito difícil.” Após um tempo, uma de suas irmãs foi trabalhar em São Paulo (capital) e aos poucos foi levando, um a um, os irmãos e os pais. Na capital, todos começaram a trabalhar para ajudar no sustento da família. “Até eu, com 14 anos, comecei a trabalhar em uma firma. Somente minha mãe ficava em casa cuidando das coisas. A vida deu uma melhorada”, conta Neuza. E assim ela foi se virando, trabalhando em vários empregos, até o dia 29 de maio de 1967, quando ela foi embora para o Rio de Janeiro para viver ao lado de Jackson do Pandeiro, seu marido até 1982, quando o Rei do Ritmo faleceu.
Em uma manhã chuvosa de sábado, em seu simpático apartamento de 3 quartos no bairro Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa/PB, onde reside com José Clementino Feitosa, conhecido como Zezé, seu companheiro há 10 anos, Neuza Flores, com a simpatia e carisma que lhe são característicos, concedeu essa entrevista exclusiva para a Revista GENIUS.
GENIUS – Antes de conhecer Jackson do Pandeiro pessoalmente, você já era uma fã dele? Já gostava do forró?
Neuza – Quando eu morava no interior de São Paulo, eu não conhecia forró, pois lá se tocava mais música sertaneja, mas quando fui para a capital e ouvi Jackson do Pandeiro, eu me apaixonei pela voz dele, nem conhecia a pessoa. Era uma voz muito diferente, aqueles graves dele, aquilo me encantou demais.
GENIUS – E como vocês se conheceram?
Neuza – Jackson do Pandeiro foi a São Paulo fazer uma de suas últimas apresentações com Almira Castilho, de quem estava se separando – e disso eu não sabia. Era no forró de Pedro Sertanejo1, em um domingo à noite, e eu nem gostava de sair aos domingos, pois teria que trabalhar cedo na segunda-feira, mas mesmo assim combinei de ir com uma amiga. Chegando lá, na parte superior, onde funcionava um bar, encontrei Jackson e Almira em uma mesa, sentados, tomando um conhaque – lembro como se fosse hoje. Eu queria tanto conhecê-los que fui lá e me apresentei: “Meu nome é Neuza Flores, sou uma fã e vim aqui só pra conhecer vocês”. Jackson me deu um abraço, eu apertei a mão de Almira, abracei-a também, e ele ainda me convidou para tomar uma bebida. Agradeci, pedi licença e fui sentar em outra mesa com minha amiga. Após o término do show, olhei no relógio, fiquei preocupada com a hora e já estava indo embora quando apareceu Ary Lobo, também cantor de forró, dizendo que Jackson estava me chamando. Eu estranhei e perguntei para Ary Lobo: “E Almira? Almira não é a esposa dele?”. Ele apenas me respondeu que Jackson do Pandeiro estava ali me esperando. Então eu fui ao encontro de Jackson, que logo me convidou para jantar, mas eu expliquei que não poderia porque teria que trabalhar cedo e também porque meus pais estavam me esperando, pois não tinha costume de chegar tarde em casa. Além disso, eu perguntei: “E você não é casado? Cadê Almira?”. Ele me respondeu: “Morena, você não lê jornal não?”. Eu disse: “Seu Jackson, você já viu quem trabalha em uma metalúrgica ter tempo para ler jornal?”. Pois bem, ele me explicou que tinha se separado de Almira2 e me convenceu a jantar e deixar minha preocupação com o emprego de lado. Fomos a um restaurante próximo e ficamos lá, ele tomando aguardente, tocando violão, e nisso o tempo foi passando. Quando já era perto de umas quatro da manhã, falei que precisava pegar um ônibus para ir embora e ele se ofereceu para me deixar em casa. Chegando lá, meus pais já estavam preocupados, mas nós descemos, eu apresentei Jackson a eles, que também eram fãs, e minha mãe foi logo se encantando, fazendo café, mandando comprar pão, aquela puxação de saco, né? E Jackson ali, gostando. Ficamos a manhã toda e, após o almoço, Jackson pediu aos meus pais autorização para eu ir embora com ele para o Rio de Janeiro. Minha mãe respondeu: “Se for para o bem dela, que Deus abençoe vocês”. Meu pai disse a mesma coisa. Mas eu perguntei a Jackson: “E eu? Você não perguntou a mim. Eu tenho meu emprego, não posso ir”. Mais uma vez ele me convenceu a parar de pensar no meu emprego, dizendo que no trabalho é assim, de uma hora pra outra eles mandam embora. Eu realmente pensei: “Minha vida não é muito boa aqui, não custa tentar”. Aí fui embora com ele, no mesmo dia. Foi em 29 de maio de 1967, eu tinha 24 anos. Isso não me sai da memória. E vivemos felizes, sabe?
GENIUS – E chegando ao Rio, como foi o início lá?
Neuza – Quando chegamos, como Jackson dividia a casa com a irmã dele, Severina, falou pra ela que eu era uma pessoa que ele tinha levado pra ajudá-la na casa – risos. “Jackson, conta essa estória direito…”, Severina disse. Isso chegou nos ouvidos de Almira rapidinho, que entendeu tudo: “Que nada, ele não levou pra ajudar ninguém não. É mulher que ele levou pra ele mesmo!”, teria dito. Almira era esperta, ela entendeu logo, mas também ficou com aquela ciumeira, porque eu era novinha, bonitinha. Depois Jackson contou toda a verdade e disse que inventou aquilo apenas porque ainda estava em processo de separação com Almira.
GENIUS – Quando vocês começaram a se relacionar, ele já não estava mais no auge da popularidade. Era realmente uma fase ruim na carreira?
Neuza – Eu peguei um tempo ruim e uma parte boa. Houve uma fase dura mesmo, em que as músicas sumiram, alguns artistas nordestinos tiveram até que vender seus instrumentos para sobreviver. Jackson ainda aparecia em programas de tv, ia a forrós, viagens de vez em quando, mas era mais escasso, era mais difícil, já não era como antes. A parte boa retornou nos anos 70, na época em que Gilberto Gil gravou “Chiclete com Banana”3. A partir daí o negócio deu uma clareada, aquela música levantou. Mas na verdade pra mim sempre foi tudo bom, eu estava ao lado dele nas horas ruins e boas, isso que é o importante, né não?
GENIUS – Você chegou a se apresentar nos shows com Jackson do Pandeiro, tocar, fazer parte do coro, compor. Como foi que ele lhe iniciou na música?
Neuza – Demorou um pouco porque eu não tinha prática, não era do meio. Mas ele foi me lapidando em casa, ensaiando. Quando viu que eu estava afinadinha, chegando onde ele queria, ele me colocou para participar do coro. Foi no início dos anos 70. Eu participei das gravações e das apresentações. Acho que uma das primeiras foi no programa da TV Cultura4.
GENIUS – E os instrumentos? Você chegou a tocar agogô, não foi?
Neuza – Foi, toquei somente agogô, mas foi uma história interessante. Quando nós acompanhamos Alceu Valença em um festival, durante os ensaios, em casa, Alceu sugeriu a Jackson para que eu tocasse um instrumento. Eu era péssima em instrumentos, mas Alceu disse pra eu tocar agogô porque era mais fácil. Foi aí que eu fui me desinibindo mais.
GENIUS – Certa vez Jackson lhe elogiou publicamente, em uma matéria jornalística5, falando bem de sua voz e afirmando que você era melhor que Almira em dueto…
Neuza – Eu tinha a voz muito afinada. Ele ficou admirado na primeira vez que eu fui fazer coro com ele em casa. Ele estava cantando uma música e eu entrei para fazer dueto, ele ficou admirado com o que ouviu. Pra quem não cantava, né? Ele me elogiava em tudo, dizia que eu era tudo na vida dele.
GENIUS – Você tem 3 músicas compostas sob o pseudônimo de Mascotte, duas delas gravadas por Jackson. De onde surgiu esse nome?
Neuza – Risos. Esse Mascotte foi Jackson mesmo que colocou. Ele não queria colocar Neuza, então, como no conjunto só tinha homens, disse que eu era a mascotinha. Aí colocou Mascotte.
GENIUS – E como foi sua participação nessas composições?
Neuza – A primeira foi “Dá licença”6. Jackson gostava muito de candomblé, e essa era uma música de terreiro que minha mãe cantava. Então eu cantarolava em casa: “Dá licença aí, dá licença aí…”. Pausa – Neuza se emociona ao lembrar de sua mãe e Jackson. Ele começou a escutar, prestou bem atenção, pegou o violão e começou a tirar o tom. Eu não sabia a letra toda, mas ele começou a pesquisar os nomes – Jackson tinha um dicionário de candomblé – mudou umas coisas e completou a letra. “Xodó no forró”7 foi uma música que Durval Vieira8 fez e levou pra Jackson gravar. Durval ia lá em casa ensaiar, mostrar músicas. Um dia ele levou essa, meu marido gostou e Durval ofereceu a parceria, registrando o nome de Mascotte. Já “Forrofofó”9 foi minha autoria sim. Eu queria fazer um forró e estava em casa sozinha, então comecei a cantar. De repente chegou a compositora Italúcia e começou a me ajudar: “Coloca essa palavra, aqui, troca essa ali…”. O título e a melodia foram eu que fiz. Marinalva10, que também frequentava muito nossa casa, ouviu a música e me pediu para gravar.
GENIUS – E “Chegou a hora da fogueira”11, que você gravou solo?
Neuza – De Lamartine Babo, né? Foi a única que eu cantei sozinha. Jackson quis me meter nessa gravação. Saiu direitinho, mas eu fiquei muito nervosa, com um medo danado de errar. O instrumental foi do Conjunto Borborema12. Depois não surgiram outras oportunidades.
GENIUS – Com quem Jackson tinha mais amizade no meio artístico, na época em que você viveu com ele?
Neuza – Olha, Jackson era muito querido no meio artístico, praticamente todos gostavam dele. Quase não tinha inimigos, apenas não se dava muito com Jorge Veiga13, eram como gato e rato. Já Luiz Gonzaga ele nem gostava nem desgostava. Mas Clara Nunes ia lá em casa, Baby Consuelo ia também. Ele também tinha amizade com Raul Seixas, todo mundo gostava de Jackson, era muito humilde. Também ajudou muita gente, como Zé Calixto, Antônio Barros, Genival Lacerda, Bezerra da Silva. Nós que gravamos o primeiro disco de Bezerra da Silva14.
GENIUS – O que Jackson mais gostava de escutar em casa?
Neuza – Ele escutava praticamente apenas forró, cantava umas coisas de Luiz Gonzaga, mas até Jorge Veiga ele adorava ouvir também. Aquelas músicas românticas de Orlando Silva ele gostava, cantava com o violão, Jackson era um pouco romântico também, viu? Só que pra cantar, ele gostava mesmo era do forró.
GENIUS – E aquela fase em que vocês participaram do Universo em Desencanto15, como foi?
Neuza – Foi em uma época que o compositor Sebastião Batista era de lá e nos convidou para conhecer. Ele chegou pra Jackson e falou: “Jackson, eu conheci um ensinamento muito bom e gostaria que você também fosse conhecer, é em Belfort Roxo”. Lá, Jackson conheceu o fundador, Manoel Jacinto, e começou a frequentar e se aperfeiçoar. Daqui a pouco apareceram artistas como Tim Maia, Procópio Ferreira, Lady Francisco, de quem peguei grande amizade, e outros. Íamos semanalmente lá, saíamos à rua, todos de branco, com aquele emblema do Universo em Desencanto. Nós lemos o livro, cada um tinha o seu. Ficamos uns quatro a cinco anos, aproximadamente, frequentando.
GENIUS – O que os fez abandonar essa filosofia?
Neuza – Como em todas as religiões, sempre tem umas coisinhas que a gente vai desgostando. Acho que Jackson viu alguma coisa que não gostou e começou a se afastar aos poucos. Se teve algum motivo específico, eu não me lembro. Jackson também não falou.
GENIUS – E o dia a dia de Jackson do Pandeiro? Quais eram as atividades?
Neuza – O hobby dele era ficar em casa tocando seu violãozinho, sentado em um tamborete. Também adorava ficar desmontando e refazendo os pandeiros. Tirava os guizos, as tarraxas e encourava o pandeiro de novo. Às vezes, quando Cícero16 comprava um zabumba, levava direto pra ele ouvir: “Nego véi, não gostei desse som, vamos comprar outro couro pra esse zabumba”, dizia Jackson para o irmão. Comprava a pele e refazia o zabumba. Era desse tipo de coisa que ele gostava. Não era muito de sair, era caseiro.
GENIUS – Jackson faleceu muito cedo, com 62 anos, quando já tinha alguns problemas de saúde. Ele não costumava se cuidar?
Neuza – Ele tinha diabetes, pressão alta e fumava muito, não costumava se cuidar não. Como gostava muito de música, acabava deixando a saúde em segundo plano. Quem cuidava da diabetes dele era eu. Na última viagem que ele fez, eu não fui e a coisa engrossou. Ele, por exemplo, gostava muito de café e quando parava nos locais para tomar, eu tinha que ir na cozinha pedir para não colocarem açúcar. Se eu não estivesse, ele tomava com açúcar mesmo, do jeito dele.
GENIUS – Depois do falecimento dele, como ficou sua vida?
Neuza – Mudou tudo de novo, pra pior. Eu era dependente dele e passei a não ter aquela ajuda que eu tinha, nem apoio. Passei por um baque desse e não tive apoio, fiquei sem chão. Voltei pra São Paulo sem nada, minha irmã foi me buscar, não tive ânimo pra trabalhar, mas tinha que me virar. De 1982 a 2005 eu fiquei em São Paulo sempre com uma ocupação, trabalhando em firmas, com o que aparecia. Quando eu trabalhava nas firmas, as coisas não eram tão ruins, mas quando eu passei a trabalhar de diarista a situação piorou, porque não tinha nada fixo. Eu cheguei a perder a vontade de viver. Pausa – emociona-se novamente. Depois minha cunhada me ajudou e me chamou para morar com ela e sair daquela situação.Morei também com minha irmã. Fui arrumando uns trabalhos e assim fui vivendo, até que Fernando Moura17 me achou em Mauá e passou a se comunicar comigo sobre o livro que estava escrevendo. Consegui me aposentar e depois recebi a notícia de que o Governo da Paraíba poderia me conceder uma pensão vitalícia, desde que eu passasse a residir aqui. Eu não tinha nem dinheiro pra passagem, mas deram um jeito e foram me buscar. A partir daí as coisas melhoraram, peguei amizade com muita gente em João Pessoa, estou aqui há 14 anos. Fernando Moura me ajudou bastante também. Hoje estou feliz.
GENIUS – Você acha, atualmente, que Jackson do Pandeiro tem o seu verdadeiro valor reconhecido? Quais as expectativas para o centenário?
Neuza – Eu acho que é reconhecido sim, mas esse reconhecimento foi muito tardio, no meu entender deveria ter sido há muito tempo. Mas, como se diz, está de bom tamanho. Quanto ao centenário, pelo que vi, ele está sendo muito homenageado e espero que continue assim. Estou achando bom.
1Pedro Sertanejo, sanfoneiro, compositor e radialista baiano, falecido em 1997, foi um dos pioneiros na difusão do forró em São Paulo, com sua casa de shows. Fundou o selo Cantagalo e era pai do consagrado músico Oswaldinho do Acordeon.
2Mesmo após o início do processo de separação, Jackson e Almira ainda atuaram juntos algumas vezes. Jackson teve 3 uniões em sua vida: uma rápida e turbulenta com Maria da Penha Filgueiras, em 1938, ainda em Campina Grande; com Almira Castilho, de 1954 até o início de 1967, e Neuza Flores, de 1967 a 1982.
3“Chiclete com Banana” (Gordurinha/Almira Castilho), sucesso gravado por Jackson do Pandeiro em 1959, foi regravada por Gilberto Gil em 1972 no LP “Expresso 2222”.
4Programa MPB Especial, dirigido por Fernando Faro, gravado em 1972 pela TV Cultura. Em 2012, o vídeo do programa com Jackson do Pandeiro, composto de entrevista e apresentações musicais, foi lançado em dvd pelo selo Discobertas.
5Jornal Diário de Notícias, Rio de Janeiro/RJ, 1973, edição 15536.
6“Dá licença” (Jackson do Pandeiro/Mascotte) foi lançada por Jackson do Pandeiro em 1978, no LP “Alegria minha gente”.
7“Xodó no forró” (Durval Vieira/Mascotte), música em homenagem a Dominguinhos, foi lançada por Jackson em 1978, no LP “Alegria minha gente”.
8Cantor e compositor alagoano, falecido em 2014, foi o autor de centenas de músicas do forró, principalmente de duplo sentido, gravadas por nomes como Genival Lacerda, Clemilda, Sandro Becker e outros. Um dos seus maiores sucessos foi “Tem pouca diferença”, gravada por Jackson do Pandeiro em 1981 e regravada por Gal Costa, com participação de Luiz Gonzaga, em 1984.
9“Forrofofó” (Italúcia/Mascotte) foi gravada por Marinalva no LP “Tardes Nordestinas”, de 1978.
10Cantora e compositora paraibana, era irmã da famosa “rainha do xaxado” Marinês. Gravou dezenas de Lps de forró, falecendo em 2004.
11“Chegou a hora da fogueira” (Lamartine Babo) foi gravada por Neuza Flores em 1976. no LP “Mutirão”.
12O Conjunto Borborema acompanhava Jackson do Pandeiro em suas gravações e apresentações, tendo como base os músicos Cícero (zabumba) e Tinda (triângulo), irmãos de Jackson, e Severo (acordeon), além de outros que fizeram parte de sua formação ao longo dos anos, como o paraibano Manoel Serafim (pandeiro).
13Sambista carioca, falecido em 1979, conhecido como “caricaturista do samba”, foi uma das influências musicais de Jackson do Pandeiro.
14LP “O Rei do Coco”, lançado em 1975 por Bezerra da Silva, teve como diretor musical Jackson do Pandeiro.
15Espécie de doutrina ou filosofia, também conhecida como Cultura Racional, criada por Manoel Jacinto Coelho, que pregava conhecimentos ditados por um ser extraterreno, o “Racional Superior”.
16Geraldo Gomes, mais conhecido como Cícero, era o irmão mais novo de Jackson do Pandeiro. Acompanhava o irmão tocando zabumba no Conjunto Borborema.
17Jornalista e escritor, autor da biografia “Jackson do Pandeiro – O Rei do Ritmo”, em parceria com Antônio Vicente, lançada em 2001.