Azeitona – O sanfoneiro pesadinho

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Nascido na Bahia, Valter dos Santos, o Azeitona, foi o sanfoneiro que participou do início do Trio Nordestino, junto com Cobrinha e Coroné, ele formava o trio “Azeitona e Seus Vaqueiros”. Em 1959, Azeitona partiu para a carreira solo.

O sanfoneiro Azeitona (1933-2000) radicou-se em Fortaleza, discípulo do rei Luiz Gonzaga, de quem ganhou sua primeira sanfona e com quem aprendeu os primeiros acordes, manteve-se fiel as raízes do bom forró pé-de-serra e continuou conhecido até o fim de sua carreira, de mais de 50 anos.

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Mesclando músicas cantadas com instrumentais, todas muito balanças. Gravado em 8 canais, com um belo 7 cordas de base, destaque para a faixa “Sapo, Sapo” o melô do sapo, de Jararaca e Ratinho e para a instrumental “Siry com molho”, um forró de Clementino Moura, que também foi também arranjador desse disco.

Azeitona – O sanfoneiro pesadinho
1984 – Fermata

* 01. Baião de andarahy (Azeitona – Didi)
* 02. Siry com molho (Clementino Moura)
* 03. Sapo, sapo (Jararaca – Ratinho)
* 04. Tá no dendê (Azeitona – Didi)
* 05. Pesadinho (Clementino Moura)
* 06. Légua tirana (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)
* 07. Ciriaco (Azeitona – Didi)
* 08. Olê Laurindo (Luiz Queiroga)
* 09. Para fumo (Azeitona – Didi)
* 10. Chôro rejane (Clementino Moura)

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6 comments

  • Helton

    eu considero ele como um dos últimos safoneiros, ligitimos. Eu tive a honra de ser o coronhia da igreja nossa Senhora da saúde que estava no dia do velório.

  • Alexandre barros ( xandinho)

    Eu no meus 17 para 18 anos, juntos com o sanfoneiro waldiney chegamos a tocar no seu trio onde a filha do sanfoneiro era a empresaria; tive o prazer de conhecer o maior sanfoneiro onde eu desde criança adorava suas musicas sinto sua falta suas musicas, ele era um grande mestre hoje esta do ladinho de nosso senhor e o luiz gonzaga fazendo uma grande festa para os anjos e os santos dançarem. Azeitona voce foi e sempre sera o nosso mestre

  • Aimbere Botelho do Amaral

    Azeitona

    O ar de vossa graça
    Passeia pela casa
    E tem o cheiro do passado
    Ah esta saudade que se move
    Constante no CD
    Vossos dedos como nervos
    Se entranham na sanfona
    Arrancam suspiros inquietos
    Ao xote de dois a dois
    Pelo mundo dos sertões
    Tangidos para os abrigos
    Rebanhos de notas musicais.
    A terra ocre das encostas
    Escorada nos pés-de-serra
    Compõe a cena do mundo.
    O voo rasante dos pássaros
    No calor da caatinga
    Segue a trilha das donzelas
    Em busca d’água no poço.

    Sua voz também fazia blague,
    Poucos clientes apareciam,
    Nas noites de quinta-feira,
    Saudando cada um
    Com respeito e com carinho,
    Até mesmo as muriçocas
    Que também tomavam a delas
    Nas pernas das mulheres
    Escondidas sob as mesas
    Tinham dele a atenção.

    Vossa estátua é devida
    Numa praça da cidade
    Telúrica criatura
    A pele negra resplandecente
    Azeitona pendente do ramo
    Cheia de suco e sabor
    A sanfona no pescoço
    No matulão a beleza
    De onde ia sacando
    Seus filtros de sedução.

    No salão movia casais
    Até mesmo solitários dançarinos
    Puxando de sua caixa de som
    Fábrica de fantasias
    O drama de cada um
    Em notas musicais.
    Ah saudade daquele tempo
    Em que dois mundos se faziam
    E rodopiavam conosco
    Pela graça de vossa sinfonia.

    Aimberê Botelho do Amaral

    Fortaleza, 30 de julho de 2014

  • FRANCISCO DAS CHAGAS NOGUEIRA VASCONCELOS

    Dancei muito ao dom do sanfoneiro AZEITONA na barraca subindo ao Céu na praia do futuro na década de 80 e 90 , grande sanfoneiro, tempos muito bom.

  • Francisca Felipe de Souza Santos

    gostaria de saber mais dele pois , acho que ele é meu padrinho conheci ele eu era muito pequena, gostaria de saber se é a mesma pessoa o nome da esposa dele se não mim engano é Eliane e das suas filhas uma chamava, Maria e a outra Valéria e outro Emanuel gostaria muito de encontrar algum deles. Se possível

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