Gravadoras X Internet
Para os que adoram uma boa discussão, aqui tem um pouco mais de argumentos para apimentar esse assunto e fomentar uma solução mais inteligente e menos arbitrária para a questão da liberdade de circulação de informação, no nosso caso, que também já fomos tolhidos há alguns meses, e no caso da maioria dos inúmeros demais blogs musicais.
“Um dos grandes ganhos para os pesquisadores e amantes da música brasileira foi a proliferação de sites e blogs de trocas de músicas. Preciosidades voltaram a circular, antigos LPs ganharam versão digital, e centenas de milhares de pessoas puderam ter acesso a um acervo inestimável, que certamente motivou muita gente a comprar, pedir e cobrar de lojistas, que por sua vez pressionaram gravadoras, que algumas vezes relançaram parte do acervo que mantinham fora de circulação por ser “pouco comercial”.
Mas evidentemente as trocas pela Internet não se limitam às gravações esgotadas. A facilidade de circulação de informações e downloads faz com que os fãs de música troquem gravações caseiras, registros ao vivo e, claro, músicas em catálogo e lançamentos recentes.
Um fã de música brasileira que more numa das centenas de pequenas cidades do interior do Brasil não tem acesso a lojas de disco, ou conta com uma oferta restrita apenas aos sucessos radiofônicos. Estas trocas aumentam a curiosidade, estimulam as vendas, promovem a divulgação.
Evidentemente, as gravadoras pensam o contrário. Preocupadas com a revolução digital inexorável que vem mudando as regras do comércio musical, tentam vetar, impedir, proibir a circulação de músicas pela Internet. Ou pelo menos buscam uma forma de taxar, lucrar com essa onda.
Há muitos e bons blogs de música brasileira na Internet. Não tenho vergonha de dizer que várias gravações que aqui comentei foram ouvidas pela primeira vez de forma gratuita, baixadas na rede. Não tenho dúvida de que muita gente leu, ficou interessado, foi até uma loja e comprou o CD. Não ganhei nada com isso, mas a gravadora certamente teve lucro. Ou seja: divulgar o produto de graça é bom, não parece?” (Trecho inicial do texto de Daniel Brasil, ver texto na íntegra)
por favor. Descubram para mim quem canta este forró dos anos 90: ” Se eu te perco um momento amor eu me desespero/ ah ah ah como eu te quero/ na primavera no mar azul são flores belas dizem que tu ah ah ah és tão bonito..