Jackson do Pandeiro – O cabra da peste
Colaboração do José de Sousa, natural de Guarabira – PB. Curiosamente esse disco teve uma faixa censurada na época da ditadura, então garimpei a bendita faixa na rede pra completar a publicação. Segue o comentário enviado pelo José de Sousa.
“Há muito tempo que eu gostaria de falar alguma coisa sobre esse disco, porém, só agora surgiu a oportunidade. Para se gravar um bom disco, com intuito de agradar o público e obter sucesso, alguns requisitos básicos não podem faltar, são eles: uma boa gravadora, um bom produtor, um bom arranjador. E é claro, um bom repertório musical.
Livrando o repertório musical, o mais; foi o que, na minha modesta opinião, faltou no LP ‘Cabra da peste’ do Jackson do Pandeiro, que, por não ter muita fidelidade com as grandes gravadoras por onde passou, onde obteve inúmeros sucessos, foi parar nessa “bendita” {prá não dizer o contrário} onde gravou esse trabalho, que eu considero o mais fraco de toda sua carreira.
E ainda mais, na época do regime militar, que deu a bela contribuição de censurar e obrigar a retirada da música ‘Polícia feminina’ do LP, existem pouquíssimos discos desse com essa faixa, e a gravadora, por ser tão boa, não se deu nem mesmo ao trabalho de corrigir a capa.
Mas acalmando-se os ânimos, e por tratar-se de um disco do Jackson, mesmo com todos esses pesares, não deixa de ser um disco importante pra quem quer completar a coleção. não deixem de adquirir.”
O repertório é bem interessante, se formos observar com carinho, destaque para “Bodocongó” de Humberto Teixeira e Cícero Nunes, “Secretária do diabo” de Osvaldo Oliveira e Reinaldo Costa, “Capoeira mata um” de Alvaro Castilho e De Castro e “A ordem é samba” de Jackson do Pandeiro e Severino Ramos.
Jackson do Pandeiro – O cabra da peste
1966 – Continental
#01. Capoeira mata um (Alvaro Castilho – De Castro) Balanço
#02. Tá roendo (Figueirôa – Maruim) Samba
#03. A ordem é samba (Jackson do Pandeiro – Severino Ramos) Samba
#04. Pinicapau (Codó) Baião
#05. Forró quentinho (Almira Castilho) Forró
#06. Bodocongó (HUmberto Teixeira – Cicero Nunes) Baião
#07. Secretária do diabo (Osvaldo Oliveira – Reinaldo Costa) Forró
#08. Vou sambalançar (Antonio Barros – Jackson do Pandeiro) Samba
#09. Alegria do vaqueiro (Zé Katraca) Baião
#10. Forró do Biá (Luiz Moreno – Jeronimo) Forró
#11. Polícia Feminina (Severino Ramos – José Pereira) Forró
#12. Papai vai de trem (Ivo Martins – Jackson do Pandeiro) Baião
Para baixar esse disco, clique aqui.
Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.
Parabens ao José de de souza pela postagem desse excelente disco do Jacson, e pelos comentários sobre o artista. Isso demostra que êle realmente conhece o nosso forró. A qualidade do Audio do LP está ótima.
Oi Ze, infelixmente eu discordo do amigo em dizer que este é o mais fraco dos discos de Jackson (como fã incondicional do Jackson eu não consigo vê disco ruim deste artista) eu tenho o lp original com a tal faixa e qdo vc fala que Jackson desta gravadora a Continental ,alem deste ele gravou outros discos e que tiveram boa aceitação por esta gravadora passaram inùmeros artistas famosos em todos os seguimentos e assim como o amigo acha este disco fraco na sua opinião ja na minha ele é um dos mais fortes e importante da carreira deste grande artista e seu coterraneo, quero aproveitar e dizer que estou pronto pra servir ao forroemvinil assim como o amigo vou disponibilizar algumas raridades em breve, não so do Jackson. Ivan por favor entre em contato comigo pois tive um probleminha no computador mas agora ta legal. Um grande abraço tb ao Zé de Guarabira e vamos trocar ideias
Antonio José
É como disse Genival Lacerda: “Acabou-se o forró como grandes forrozeiros faziam: Não há mais um Luiz Wanderley, um Jackson, um Jacinto” (publ. Jornal do Commércio 31-04-2004).
Pois vejam como é a chita pra uns ela é feia, mas pra outros é bonita. Eu sempre me amarrei nesse disco do Jackson que é quase todo de forró sambado. E ainda tem “A Ordem é Samba” que foi uma resposta musical de Jackson a seu Luiz Gonzaga que o criticara anteriormente dizendo que o seu forró não era genuíno. O disco pra mim é bom de cabo a rabo!
Abílio Neto – pesquisador musical
Outra coisa, esse disco nunca foi de 1963. Nessa época Jackson pertencia à gravadora Phillips. O disco original é de 1966 pela Continental. Foi relançado dez anos depois pela Musicolor e em 1978 pela Continental.
Agora, o que não dá para aguentar é a sucessora da Continental, Warner Music, ter lançado o disco sob a forma de CD em 2001 sem a capa original e sem a música Polícia Feminina, troféu de colecionadores.
Discordo totalmente,este LP pra mim e um dos mais importantes de Jackson do Pandeiro,as musicas gravadas neste LP foi gravada exclusivamente para uso bem especifico..so não posso revelar aqui detalhes,mais tem uma historia interessante este disco..so tenho a dizer que e um tesouro este disco..
muito obg! jakson è rei.
“A ordem é samba” teve regravação por Ney Matogrosso, acompanhado pelo grupo Pedro Luís e a Parede, em 2014.
quem é a mulher da capa? esse foi o primeiro disco de jackson do pandeiro?