Cap17- Forró Eletrônico (década de 1990) – Livro – O que é o Forró? (2022)
“Moderno”, “Eletrônico”, “Estilizado”, “…de Plástico”, entre variadas e controversas denominações, servem para caracterizar esse caminho adotado por grupos musicais contemporâneos, desgarrados do ramo tradicional do Forró, traçando uma linha que, temática, musical e ritmicamente falando, afastou-se e hoje não tem mais qualquer ligação com os ritmos que compõem o estilo original.
Durante a década de 1990, com grande aproveitamento das ferramentas de divulgação, rádios e grandes produções, o Forró Eletrônico, passou a atingir e ser consumido por um número cada vez maior de pessoas e vem sofrendo mutações, ao longo de sua existência, que começou no final dos anos de 1980.
Como precursores desse movimento, ainda em 1987, a Banda Nordestinos do Ritmo já explorava elementos que passariam a ser usados a partir de então. Caracteriza-se pela formação de bandas com muitos músicos em cima do palco, instrumentos elétricos, mais de um vocalista, sensuais dançarinos e dançarinas, arranjos modernos e andamento acelerado.
Com o Forró Eletrônico circulando em todo nordeste, impulsionado por um sistema próprio de gravação de discos e domínio comercial das rádios, o Forró Tradicional saiu de cena e a maior parte das casas noturnas dedicadas ao segmento fecharam.
Observamos cinco diferentes variantes no Forró Eletrônico:
Forró das Antigas: sanfona muito presente. O zabumba e o triângulo saem de cena e a arquitetura rítmica da banda é feita pela bateria, que construiu suas levadas a partir das células rítmicas do zabumba.
Forró Romântico: sanfona menos presente e encoberta pelos teclados, sintetizadores e elementos da música pop mundial. Uma das principais características são as versões de músicas internacionais.
Forronerão: influência muito forte do Vanerão, toda construção rítmica é feita a partir da música gaúcha. Tem em comum com o Forró o acordeon muito presente.
Forró Estilizado: fusão de estilos e uma estrutura musical construída com a bateria de Vanerão um pouco mais lento e percussões comuns na música baiana, como repiques, timbal e congas.
Forró Piseiro: estrutura igual a do Forró Estilizado, mas com as bases rítmicas e efeitos eletrônicos reproduzidos pelo sintetizador de um teclado, acompanhados orgânicamente por guitarra e sanfona.
Parte do livro: O que é o Forró? Um pequeno apanhado da história do Forró./ Ivan Dias e Sandrinho Dupan. 2022 ISBN978-65-997133-0-9
Projeto contemplado pela 2a Edição do Fomento ao Forró, da “Secretaria Municipal de Cultura” da cidade de São Paulo.
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