60 anos da Asa Branca
Neste sábado, 3 de Março de 2007 as 10h na PRAÇA DA SÉ em SÃO PAULO
Sábado, às 10 horas, um “pelotão de choque cultural contra a mesmice e a burrice nacionais” invadirá a Praça da Sé, marco zero da capital paulista, cantando e tocando músicas do repertório de Luiz Gonzaga, o rei do baião. Na ocasião, serão lembrados os 60 anos de gravação da clássica toada Asa Branca, ocorrida no dia 3 de março de 1947, num estúdio do Rio de Janeiro.
Abrirão o evento os poetas repentistas Sebastião Marinho e Luzivan Matias, que serão sucedidos no palco por grandes artistas do forró como: João Silva, Anastácia, Trio Sabiá, Trio Virgulino, Lino de França, Bicho de Pé, Trio Juriti e Charanga além dos emboladores pernambucanos Caju & Castanha, Mestre Azulão, Nininho de Uauá, Valdeck de Garanhuns, Costa Senna, Roberto Melo, Carlos Randall, Joel Marques e Constância Alencar, entre outros.
Após isso, o jornalista paraibano Assis Ângelo, que abrilhantará o evento, lançará seu novo livro ao público, o “Dicionário Gonzagueano, de A a Z”. Dessa forma também será lançado um folheto escrito de forma coletiva pela Editora Luzeiro – a mais antiga em atividade no País – reunindo décimas desenvolvidas a partir do mote “Foi Voando nas Asas da Asa-Branca/ Que Gonzaga Escreveu a sua História”, do cordelista baiano Marcus Haurélio, que também participará do ato. A capa do folheto é do consagrado designer Jô Oliveira.
Segundo Assis Ângelo, idealizador do evento, esse 3 de março não pode passar em branco porque: “a data nos faz lembrar que não é todo dia que o nosso cancioneiro ganha uma música da beleza de Asa Branca, ave migratória, símbolo dos migrantes nordestinos, que nunca receberam desta cidade-babel uma homenagem à altura da sua coragem e dedicação ao trabalho”. O “pelotão de choque cultural servirá de alerta para uma tomada de consciência diante da mediocridade reinante na indústria cultural”. Assis conclui: “A identidade de um país é a digital do povo”.