Tororó do Rojão – Segura menino

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Manoel Apolinário da Silva, 65 anos, alagoano do município de Matriz do Camaragibe, completa 35 anos dedicados à música popular e típica do Nordeste, o Tororó do Rojão, como é conhecido.

Ele aprendeu a viver da música regional, do forró pé-de-serra, com outro nordestino, Luiz Gonzaga, para quem trabalhou como motorista. Em seguida teve a oportunidade de compor a sua banda, tocando triângulo.

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De lá para cá gravou um compacto, dois discos de vinil e um CD: “O povo não quis acreditar”. O CD só saiu graças ao apoio do poder público, depois de muita pressão. Tororó do Rojão tem um estilo que se assemelha ao estilo de Jacinto Silva e ao de Genival Lacerda no inicío de sua carreira.

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Desse disco eu destaco duas faixas em especial que muito me agradam, são elas “Segura menino”, faixa que da nome ao disco e é de autoria de Antonio Firmino da Paz e do Xoxo, também destacaria “A minha é pura”, do próprio Tororó do Rojão.

Tororó do Rojão – Segura menino
RN – 1981

01. Segura menino (Antonio Firmino da Paz – Xoxo)
02. Noite de fogueira (Osair Paiva da Guia)
03. Fazenda mola (Tororó do Rojão – Pedro Ananias)
04. Zé mané (Tororó do Rojão – Piauzinho)
05. Oh! Zé (Osair Paiva da Guia)
06. Eu tenho direito de ser feliz (Osair Paiva da Guia)
07. A minha é pura (Tororó do Rojão)
08. Brejeiro é pura (Tororó do Rojão)
09. Segura o rojão (Luiz Barcelos de Mendonça)
10. O forró vai começar (Tororó do Rojão)
11. Mulher faladeira (Tororó do Rojão – João de Souza)
12. Benzinho vem cá (Osair Paiva da Guia)

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Para sabar mais sobre Tororó do Rojão, acesse o site Brasil em Vinil

Genário – Forró de vanguarda

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Genário ficou conhecido como um dos sanfoneiros que integrou o Trio Nordestino, ele entrou no lugar do Lindú após sua morte em 1983.

Esse disco tem um lado todo instrumental e outro com músicas cantadas, como é de 1981 é de antes da sua participação no Trio Nordestino, onde influiu bastante nos arranjos, letras e levadas, tornando-se bem nítida a diferença entre a sua liderança e a do Lindú.

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Destaque para a produção artística de Abdias, assistente de produção Marquinhos (Marcos Farias) e os arranjos e sanfonas do Maestro Chiquinho do acordeon.

Genário – Forró de vanguarda
1981 – Veleiro

01. Forró de vanguarda (Genário)
02. Depois se vê (Genário)
03. Chamego do Borel (Genário – Borel)
04. Debulhadinho (Genário)
05. Arrastão (Camarão)
06. Apressadinho (Genário)
07. Nas assas do pensamento (Genário)
08. Morena da minha rua (Florival Ferreira – Edson Duarte)
09. Mutirão da pedreira (Julinho – João do Vale)
10. Chamgo bom (Genário – D. Matias)
11. O cirandeiro (Julinho)
12. Mundo de flores (Tito Mendes – Chico Xavier)

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Zé da Ema – A cama

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Conseguimos descobrir pouquíssima coisa sobre o Zé da Ema.

Em 1979, participou como vocalista dos Filhos do Norte, já com o sanfoneiro Bacurau, e que posteriormente passaria a se chamar Os Filhos do nordeste com a entrada do Zé Cacau.

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Esse disco, de 1981, pela Copacabana, destaques para o forró “Muita mulher” e para o baião “Vou casar com ela”.

Zé da Ema – A cama
1981 – Copacabana

01. A cama (Antonio Vieira – José Pereira dos Santos – Nino Ja)
02. Arrasta-pé na casa grande (Adailton Amaral – Severino Candido)
03. Muita mulher (Adailton Amaral – Antonio Vieira)
04. Forró apertadinho (Adailton Amaral – Severino Candido)
05. Vou casar com ela (Adailton Amaral – Antonio Vieira)
06. Amor que não morreu (Biu Virginio – J. E. Valença)
07. O sol quer sair (Biu Virginio – Fernando Borges)
08. Amor de Mariana (Severino Candido – Adailton Amaral)
09. Côco de roda (Adailton Amaral – Antonio Vieira)
10. Sanfoneiro bole-bole (Inacio Virgolino – Edilson Valença)
11. Paixão danada (Manoel Vidal – Adailton Amaral)
12. Forró tamanduá (Antonio Vieira – José Antonio)

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Zenilton – O cachimbo da mulher

As letras que exploram o vasto vocabulário da língua portuguesa, brincam com as palavras e deixam no ar o sentido das frases, sempre estiveram presentes nas músicas do forró. No começo com muito bom gosto e sutileza, porém, do final da década de 1970 até o fim dos anos 80, o duplo sentido das composições passou a ficar mais evidente e com menos cuidado ao escolher as palavras. Posteriormente, as bandas de forró dos anos 90 e 2000 até tentam utilizar a lógica maliciosa do duplo sentido em suas composições, mas falham ao não exibir a mesma sutileza e recursos lingüísticos.

Um dos grandes representantes do forró que explorou fortemente essa faceta ou sub-gênero do forró pé-de-serra é, sem dúvida, o pernambucano Zenilton, que começou a gravar no fim da década de 1960, ainda com letras um pouco mais comportadas e com o passar do tempo foi acentuando cada vez mais nas letras das músicas que gravava, o forró de duplo sentido. Passou, entre outras, pelas gravadoras Chantecler, Tropicana e Copacabana, onde permaneceu por toda a década de 1980 voltando-se totalmente para o estilo.

Nesse disco, de 1981, Zenilton exacerba o verbo com um balanço muito bom, ainda com produção de Lindú, do Trio Nordestino, e sanfonas do maestro Chiquinho do acordeon e algumas composições de Durval Vieira, outro representante fiel da brincadeira com as palavras.

Destaque para o baião “Rio das pedras” regravado pelo Trio Virgulino em ritmo de xote, “Ta querendo desquitar” e “O pão da minha prima” regravadas pelos Raimundos e “Deixei de fumar” música de Durval Vieira e Graça Góis, mulher de Genival Lacerda, que é o representante máximo na exploração do duplo sentido no forró. Quem nunca ouviu “Quero um beijinho”?? Um xote safado de primeira!

Zenilton – O cachimbo da mulher
1981 – Copacabana

01. Deixei de fumar (Durval Vieira – Graça Góis)
02. Rio das pedras (Durval Vieira – Zenilton)
03. O herdeiro (Durval Vieira – Zenilton)
04. Cana caiana (Zenilton – Tio Jovem)
05. Tá querendo desquitar (Zenilton – Guriatã de Coqueiro)
06. O pão da minha prima (Zenilton – Tio Jovem)
07. Bacalhau à portuguesa (Durval Vieira – Hernandes)
08. Primeiro de abril (Antonio Brasileiro – Roderiki)
09. Loteria federal (Ely Fonte Verde – Roderiki)
10. Caminho de Santos (Durval Vieira – Broto do Rojão)
11. Quero um beijinho (Durval Vieira – Salim Mansur)
12. Quem avisa, amigo é (Marcelo Reis – Belinho)

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Os Trapalhões – O forró dos trapalhões

A formação mais conhecida de ‘Os Trapalhões’ não é a que ficou imortalizada no guiness como o grupo humorístico que ficou mais tempo com um programa humorístico no ar.

A primeira formação estreou em 1966 na TV Excelsior de São Paulo com o nome ‘Os Adoráveis Trapalhões’. Reunia na sua fórmula quatro tipos: o galã Wanderley Cardoso, o diplomata Ivon Cury, o estourado Ted Boy Marino e o palhaço Renato Aragão.

Posteriormente em 1975, consolidou-se a formação mais famosa: o cearense Didi Mocó, o carioca Manfried Sant’anna, o Dedé, o sambista participante de ‘Os Originais do Samba’ Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, também carioca e o mineiro Mauro Faccio Gonçalves, o Zacarias.

Nesse disco, em 1981, com sanfona e produção de Sivuca, Didi, após os primeiros 15 anos de sucesso na telinha, realiza o sonho de gravar um disco do ritmo que mais o agradava com interpretação dos trapalhões e composições de artistas já consagrados.

Detalhe interessante é o fato do Mussum não participar da gravação, talvez por seu contrato com a RCA junto com o grupo “Os originais do samba”.

Destaque para “A velha debaixo da cama” música de Jonas de Andrade do Trio Nortista, “Seca e chuva” se Sivuca e Glorinha Gadelha com vocais do próprio Sivuca e “Cajuína” de Caetano Veloso.

Os Trapalhões – O forró dos trapalhões
1981 – Ariola

01. A velha debaixo da Cama (Jonas de Andrade)
02. Belorizontem (Vital Farias)
03. As pessoas e a espingarda (Manézinho Araújo – Kirino)
04. Rio de São Sebastião (Renato Aragão)
05. Seca e chuva (Sivuca – Glorinha Gadelha)
06. Terral (Ednardo)
07. Cajuína (Caetano Veloso)
08. O casamento da filha do faceta (Domínio Público Adapt: Renato Aragão)

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Jacinto Silva – Gírias do norte

Jacinto Silva começou a sua carreira desde cedo, quando ainda era garoto, com apenas 8 anos em 1942. Fazia apresentações acompanhado por um conjunto regional em feiras e festas da cidade alagoana de Palmeiras dos Indios.

Jacinto Silva foi construindo, através de sua peculiar forma de cantar e compor, uma vertente do côco que se transformou em seu legado pessoal para a música brasileira, o Côco Sincopado. (esse texto foi retirado do texto: Jacinto Silva – O desmantelo que constroi, de Gilson Oliveira)

Nascido em 1933 em Palmeira dos índios-AL, gravou de 1962 a 2000, desse período conseguimos coletar cerca de 20 obras.

Nesse disco ouvimos uma canção na qual se caracteriza claramente o estilo sincopado de se cantar o côco é a que dá seu nome ao álbum.

Jacinto Silva – Gírias do norte
Região – 1981

01. Caderneta de poupança (João Caetano – Adolfo D´modinha)
02. Nordeste sofredor (Ramos Paiva – Genésio Guedes)
03. A profissão de cada um (Juarez Santiago – Alondo D´modinha)
04. Vou a Palmares (Juarez Santiago)
05. Não sou otário (Zé do brejo – Jacinto Silva)
06. São João 2001 (Roberto Peixoto – Djalma da Hi-fi)
07. Gírias do norte (Jacinto Silva – Onildo Almeida)
08. Filosofia no forró (Manuel Alves – Tiago Duarte)
09. Terra do folclore (Ze Lagoa – Jacinto Silva)
10. Sabiá da mata (Ivan Bulhões – Jacinto Silva)
11. Profecia do Padre Cícero (Jacinto Silva – Onildo Almeida)
12. A saia vira balão (João Caetano – Bibio do Acordeon)

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Trio Nordestino – Ô bicho bom!

O Trio Nordestino, “que passou a existir a partir de 1957” é, dentre todos, o trio veterano em atividade musical, no País. O título, no começo, uma patente sem registro oficial, foi disputado pelos trios baiano (Lindú, Cobrinha e Coroné) e paulista (Xavier, Heleno e Toninho), mas quem o criou foi Luiz Gonzaga e a sua mulher, Helena.

O Trio Nordestino original era formado por Zito Borborema, paraibano; Miudinho, cearense; e Dominguinhos, pernambucano.

Da segunda formação do Trio Nordestino participaram Lindolfo Barbosa, o Lindú; Edvaldo dos Santos, o Coroné; e Cobrinha. Com essa formação, e sob as bênçãos de Gonzaga, o trio passaria a se fazer importante no cenário da música popular brasileira.

Tocavam nos forrós de Salvador até que através de Gordurinha, foram introduzidos, num de um programa de rádio, ao Rio de Janeiro e ao Brasil. Começava ali o Trio Nordestino.

Conhecer a história deste grupo é tão importante quanto conhecer a história de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos. Suas músicas estão no repertório de todos aqueles que hoje fazem um bom forró. Eles são os intérpretes da famosa Procurando tu, que fez o trio vender um milhão de cópias nos anos 70.
(Trechos extraídos de um texto do Assis Ângelo)

Trio Nordestino – Ô bicho bom!
Copacabana – 1981

01. Amor de doido (Pedro Bandeira – Lindolfo Barbosa)
02. O sol com a mão (Jacinto Limeira – Evaldo Lima)
03. O bicho bom (Juarez Santiago – Hamilton de Oliveira)
04. O neném (Cecéu)
05. O sucesso da Zefinha (Anastácia)
06. Todos querem bronquear (Chico Xavier)
07. Meu pitiguari (Agripino Aroeira – Rosilda Santos)
08. Quebra Cabeça (Severino ramos – Coronel Rodrigues)
09. Fazendo amor (Onildo Almeida)
10. Pagode Quente (Jacinto Limeira – Lindolfo Barbosa)
11. Minha doença é você (Cecéu – Mariazinha)
12. Marileide minha (Chico Xavier – Lindofo Barbosa)

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João do Vale – João do Vale

João Batista do Vale nasceu em Pedreiras, no interior do Maranhão em 11 de Outubro de 1934. Aos 13 anos foi para São Luis – MA, onde participou de um grupo de bumba-meu-boi já como compositor de versos. Aos 15 anos foi para o sul do país, parando em diversas cidades e arranjando empregos como garimpeiro, pedreiro, ajudante de caminhão.

Em 1950 chegou ao Rio de Janeiro e empregou-se numa obra de construção civil no bairro de Ipanema. Como já tinha algumas composições, em sua maioria baiões, começou a frequentar as rádios para mostrar seu trabalho.

A partir de então começou a ter suas canções gravadas por grandes ídolos da época, que imortalizaram sua obra, mesmo assim, João do Vale não tinha muito crédito com as gravadoras, tanto que nesse tempo gravou seu primeiro disco, O poeta do povo, em 1965 e só quando Chico Buarque reuniu-se com Fagner e com o produtor Fernando Faro em 1981 para que o compositor gravasse o segundo disco da sua carreira, com o primeiro time da MPB como convidado.

Quem quiser se aprofundar mais em sua vida e sua obra, vale a pena dar uma olhada na biografia de João do Vale: Pisa na Fulô Mas Não Maltrata o Carcará, (Lumiar Editora), escrito pelo jornalista Márcio Paschoal, misturando acontecimentos políticos, econômicos e sociais à fascinante trajetória de vida do artista.

João do Vale, João do Vale
CBS – 1981

01. Na asa do vento (João do Vale – Luiz Vieira)
02. Pé do lageiro (João do Vale – José Cândido)
03. Estrela miúda (Luiz Vieira – João do Vale)
04. Bom vaqueiro (João do Vale – Luiz Guimarães)
05. O canto da ema (João do Vale – Alventino Cavalcante – Ayres Vianna)
06. Carcará (João do Vale – José Candido)
07. Morceguinho (o rei da Natureza) (João do Vale)
08. Morena do grotão (João do Vale – José Cândido)
09. Uricuri (segredo do sertanejo)
10. Fogo no Paraná (João do Vale – Helena Gonzaga)
11. Pipira (João do Vale – José Batista)
12. Pisa na fulô (João do Vale – Ernesto Pires – Silveira Jr.)
13. Minha história (Raimundo Evangelista – João do Vale)

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