CD – Genival Lacerda – O photógrafo

Esse é o primeiro álbum do genival que foi lançado apenas em CD, um ano depois do seu último vinil “O brinquedo da menina”, que por sua vez, foi lançado também em CD. Sendo assim é praticamente um vinil, não é mesmo? Tem doze faixas e com uma capa psicodélica estilo anos 80, bem no formato que estamos acostumados.

Produção do próprio Genival Lacerda, assistencia de produção de Graça Gois e arranjos, sanfonas e percussões de Marcos Farias. Destaque para a primeira faixa, o xote “Mulher feia” de Graça Góis e Patricio Lima, para outro xote, “A minha torta” de Antônio Brasileiro e Genival Lacerda, e para quem acha que Genival é só forró, lá vai um samba, “Samba pras moças” de Grazielle e Roque Ferreira, gravado originalmente pelo Zeca Pagodinho.

Genival Lacerda – O photógrafo
1997 – RGE

01 Mulher feia (Graça Góis – Patricio Lima)
02 Mulher namoradeira (Antônio Brasileiro – Genival Lacerda)
03 O fotógrafo (Zezum – Graça Góis)
04 Não faz assim não (Graça Góis – Durval Vieira)
05 A minha torta (Antônio Brasileiro – Genival Lacerda)
06 Todo mundo mistura (Graça Góis – Durval Vieira)
07 Eu quero ir (Graça Góis – Durval Vieira)
08 Samba pras moças (Grazielle – Roque Ferreira)
09 Menina da festa (Zezum – Graça Góis)
10 A baiana de verdade (Zezum – Graça Góis)
11 Barriga sex (Arandas Jr. – Genival Lacerda)
12 Encaçapo na caçapa (Artur Moreira – João Gonçalves)

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CD – Mestre Ambrósio – Mestre Ambrósio

“Em outubro de 1992, surgia em Recife uma banda denominada Mestre Ambrósio, composta por jovens que têm suas influências essencialmente na música nordestina, na música de Luiz Gonzaga, de Jackson do Pandeiro, tocando e dançando o maracatu, o coco de embolada, o baião, a ciranda.

Eles vieram com o propósito de fortalecer o que tem de melhor no Nordeste do Brasil, com uma cara jovem, sem no entanto se afastarem de suas raízes e tradições. O nome da banda, Mestre Ambrósio, é um personagem do cavalo marinho, um folguedo típico da zona-da-mata, norte de Pernambuco. É uma espécie de Bumba-Meu-Boi, que é encenado na rua.

A banda Mestre Ambrósio é formada por Siba (rabeca, viola, guitarra e voz), Hélder Vasconcelos (fole de 8 baixos – tipo de sanfona, percussão e vocal), Mazinho Lima (baixo, triângulo e vocal), Sérgio Cassiano (percussão e vocal), Maurício Alves e Eder ‘O’ Rocha, ambos percussionistas.” (Veja o texto na íntegra)

Eu tenho a gravação desse CD há um bom tempo, mas não tinha o original, outro dia achei um exemplar num sebo aqui em São Paulo, para minha surpresa, no encarte encontrei os autógrafos do Sérgio Cassiano e do Siba.

Em 1996 foi lançado o primeiro álbum, uma produção independente, pelo selo Rec Beat – caracterizada pelo forró e outros ritmos da cultura pernambucana, vendeu cerca 20 mil cópias e teve produção de Lenine e Marcos Suzano.

Esse é o trabalho deles que mais se aproxima do forró, quase todas as músicas poderiam tocar num forró que o povo ia dançar até se acabar. As músicas são todas boas, algumas cantadas e algumas instrumentais, sob o comando da rabeca e do 8 baixos.

Dancei muito ao som desse CD, destaco uma sequência de instrumentais que se encaixam uma na outra, parecendo, para os menos atentos que é uma música só, são elas “O circo de Seu Bidu”, “Baile catingoso” e “Mensagem pra Zé Calixto”, todas elas de autoria do Siba. E das cantadas, creio que a que mais marcou foi “Usina” de Paulírio e Chico Antônio.

Mestre Ambrósio – Mestre Ambrósio
1996 – Rec Beat Discos

01 José (Siba)
02 Se Zé Limeira sambasse maracatu (Siba)
03 Pé-de-calçada (Siba)
04 Forró de primeira (Heleno dos 8 baixos – Helder Vasconcelos)
05 Jatobá (Siba)
06 Estrela amazona (Cavalo marinho do mestre Batista) (Folclore)
07 Três vendas (Siba)
08 O circo de Seu Bidu (Siba)
09 Baile catingoso (Siba)
10 Mensagem pra Zé Calixto (Siba)
11 Usina (Tango no mango) (Paulírio – Chico Antônio)
12 Pipoca moderna (Sebastião Biano – Caetano Veloso)
13 A roseira (Onde a moça mijou) (Luiz Oliveira – Waldemar Oliveira)
14 Benjaab (Siba – Lenine)
15 Matuto do salame (Siba)
16 A feira de Caruaru (Onildo Almeida)

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CD – Edmilson do Pífano – Soprando no canudinho

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Pra abrir essa postagem, ai vão duas frases do Zé da Flauta, produtor desse disco.

“Pífano, pífaro e pife são a mesma coisa. Um instrumento de influência indígena feito de taboca, uma espécie de bambu, com sete orifícios, um para soprar e seis para dedilhar.”

“As maiores características do tocador de pife é ser humilde e não entender nada de música. Faz por pura intuição e inspiração. Edmílson do Pífano, um dos maiores tocadores que eu conheço, me disse que fazia música no ônibus, quando viajava e via as músicas passando pela janela.”
(Veja o texto na íntegra)

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“Filho de uma família onde todos tocam pífano, ele se destaca por suas composições lindas e ingênuas, de grande valor musical e as vezes dificílimas de se tocar em tal instrumento” (Trecho do encarte)

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Esse é o terceiro trabalho de Edmilson do Pífano, nascido em Lajedo – PE, gravado, produzido e mixado por Zé da Flauta. Eu tinha essa gravação desde o século passado, mas não tinha o CD original. Quem me apresentou esse som foi o Xeleléu, do Rio de Janeiro – RJ, aquele cujo lugar está garantido.

Edmilson do Pífano – Soprando no Canudinho
1997

01 – Forró de dois amigos (Edmilson do Pífano – Ratinho dos oito baixos)
02 – Forró em menor (Edmilson do Pífano)
03 – Arrasta pé no Asa Branca (Edmilson do Pífano)
04 – Xote gaucho (Edmilson do Pífano)
05 – Soprando no canudinho (Edmilson do Pífano)
06 – Forró na casa grande (Edmilson do Pífano)
07 – Ema chorosa (Edmilson do Pífano)
08 – Xaxado com o pé (Edmilson do Pífano)
09 – Marchinha das coroas (Edmilson do Pífano)
10 – Menina dengosa (Edmilson do Pífano)

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CD – Xangai – Cantoria de festa

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Cantoria de Festa é o 12º álbum da carreira do Xangai, que é considerado o mais virtuoso dos cantadores de sua geração. O disco reúne diversos ritmos do interior e do nordeste, entre eles, forró, rastapé, xote, ligeira, baião, côco, galope e rojão.

Sua seleção de repertório visa homenagear algumas figuras carimbadas da nossa música regional, como Jackson do pandeiro, Déo do Baião, Jacinto Silva e Marinês, entre outros.Produzido por Mario de Aratanha e Xangai, direção musical e arranjos de João Omar e Xangai, Bandolim de Armandinho e sanfonas de Osvaldinho do acordeon.

Destaque para a música de abertura, “Nóis é jeca mais é jóia” de Juraildes da Luz, faixa que quase foi o título do disco, “Não é brincadeira” de Maciel Melo e para o pot-pourri “Buchada com Aruá – Pisa Manero” de Jacinto Silva e de Juvenal Lopes e Dilson Dória, respectivamente.

Xangai – Cantoria de Festa
1997 – Kuarup Discos

01 Nóis é Jeca mais é Joia (Juraildes da Cruz)
02 Vou de Tutano (Jackson do Pandeiro – José Cavalcante de Albuquerque)
03

  • Serra da Borborema (Agripino Aroeira)
  • Balanço da Sereia (Deo do Baião)
  • Quem casou, casou ! (Elias José Alves)

04 Não é Brincadeira (Maciel Melo)
05 Galope à Beira Mar Soletrado (Xangai – Ivanildo Villa Nova)
06 Meu Cariri (Rosil Cavalcanti – Dilu Melo)
07 Rei do Sertão (José Edison Dias)
08 Função (Elomar)
09 Clariô (Elomar)
10 Florzinha (Juraildes da Cruz – Braguinha Barroso)
11

  • Buchada com Aruá (Jacinto Silva)
  • Pisa Maneiro (Juvenal Lopes – Dilson Dória)

12 Qué qui tu tem Canário? (Xangai – Capinam)
13 Catingueira (Onildo Almeida – José Maria Assis)
14 Ai que Saudade de São João (Hélio Contreiras)

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CD – Zé Ramalho – 20 anos – Antologia acústica

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Esse álbum, composto por dois CDs, é como se fosse um resumo da carreira do Zé Ramalho, reunindo seus grandes sucessos até então, com arranjos acústicos, fato que mais me agrada. Dedico essa postagem ao camarada Bruno, do Rio de Janeiro – RJ.

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O bacana de se ter um exemplar original, desse álbum específicamente, é ter o encarte, com diversas fotos e imagens. E que conta, música a música, suas letras, a contextualização do momento em que foram compostas, seus significados, motivações e sobre o sucesso que atingiram, etc.

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Acima uma fotinho ampliada desse encarte, Zé tirando um som com o Dominguinhos, que gravou brilhantemente as sanfonas do disco. Cada música tem uma combinação diferente de músicos e arranjadores, entre eles, além do próprio Zé Ramalho, Robertinho do Recife e Geraldo Azevedo.

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Ouvi muito todos os sons desse disco, então não sei dizer ao certo que música mais me agrada, todas são muito boas, algumas são boas pra dançar e outras são só pra ouvir e tentar entender suas letras, bastante psicodélicas.

Zé Ramalho – 20 anos – Antologia acústica
1997 – BMG

Disco 01:

01 Avôhai (Zé Ramalho)
02 Chão de giz (Zé Ramalho)
03 Beira-mar (Zé Ramalho)
04 Vila do Sossego (Zé Ramalho)
05 Canção agalopada (Zé Ramalho)
06 A terceira lâmina (Zé Ramalho)
07 Eternas ondas (Zé Ramalho)
08 Garoto de aluguel (Zé Ramalho)
09 Táxi lunar (Alceu Valença – Geraldo Azevedo – Zé Ramalho)
10 Kryptônia(Zé Ramalho)

Disco 02

01 Frevo Mulher (Zé Ramalho)
02 Banquete de signos (Zé Ramalho)
03 Força verde (Zé Ramalho)
04 Admirável gado novo(Zé Ramalho)
05 Galope rasante (Zé Ramalho)
06 Bicho de 7 cabeças (Geraldo Azevedo – Zé Ramalho)
07 Mulher nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor (Otacílio Batista – Zé Ramalho)
08 Pepitas de fogo (Zé Ramalho)
09 Jardim das acácias II (Zé Ramalho)
10 Batendo na porta do céu [Knockinon’ heaven’s door] (B.Dylan)

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CD – Trio Sabiá – Trio Sabiá

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Eu gostaria de poder dizer que esse é um dos melhores trabalhos do Trio Sabiá, de quem sou grande fã, mas isso seria uma incoerência, afinal a maioria dos discos lançados pelo trio é muito boa. Esse CD, em particular, me foi presenteado pelo próprio Tio Joca, em 1997.

Quase 10 anos depois, conseguimos ter acesso ao estoque do Magno, que participou da produção desse CD, entre outros títulos que publicaremos oportunamente aos finais de semana.

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Direção musical do Trio Sabiá, arranjos do Tio Joca e do Trio Sabiá, gravado em São Paulo em 36 canais, participações especiais de Oswaldinho do acordeon e Cézar do acordeon, Lau tocando baixo e guitarra e Zézinho Pitoco na bateria. Gosto muito de todas as faixas, de tão bom, creio que esse disco merecia ter sido lançado em LP também.

Trio Sabiá – Trio Sabiá
1997

01 De coração virado (Miltinho Edilberto)
02 Bolinha de mim (Jorge de Altinho)
03 Você não soube me amar (Antônio José – João Silva)
04 Paixão louca (Gilvan Neves)
05 Saudade dói (Aluízio Cruz)
06 Amor querendo paz (Nequinha – Assis Lima)
07 No escuro é bem melhor (Trajano Menezes – Zito)
08 Amar – amar (Jorge de Altinho)
09 Garota (Raiumndinho do acordeon)
10 Sonho de vaqueiro (Manoel laurindo – José de Almeida)
11 Saudade (Manoel Fernandes – Tio Joca)
12 Não se solta mais balão (Osvaldo Aragão – Aluízio Cruz)
13 Salvação (Tônia Santos)
14 Forró de banda (Téo Azevedo)
15 Forró pra Jéfferson (instrumental) (Tio Joca)

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CD – Tom Zé e José Miguel Wisnik – Parabelo

“Parabelo” é a trilha sonora de um espetáculo do Grupo Corpo, fundado em Belo Horizonte – MG em 1975, a cada ano, eles lançam um novo espetáculo com nova coreografia e trilha. Este disco foi feito com apoio do Ministério da cultura, Pronac e Ministério das comunicações.

Esse trabalho reuniu Tom Zé, Antônio José Santana Martins, nascido em 11 de outubro de 1936 em Irará -BA, compositor, cantor, arranjador e ator, tendo participado ativamente da Tropicália nos anos 1960 e se tornado uma voz alternativa influente no cenário musical brasileiro. E José Miguel Wisnik, que é músico, compositor e professor de Literatura Brasileira na USP.

Mas o que isso está fazendo num blog de forró? Simples, é nesse CD que foi gravado um dos forrós que mais fez sucessos nas pistas paulistanas na virada do século. Destaque pra ela, “Xiquexique”, com sanfonas de Toninho Ferragutti e percussão de Marcos Suzano.

Tom Zé e José Miguel Wisnik – Parabelo
1997

01 Emerê (Tom Zé – José Miguel Wisnik)
02 Emoremê (Tom Zé – José Miguel Wisnik)
03 Assum branco (Tom Zé – José Miguel Wisnik)
04 Baião velho (Tom Zé – José Miguel Wisnik)
05 Uauá (Tom Zé – José Miguel Wisnik)
06 Canudos (Tom Zé – José Miguel Wisnik)
07 Bendegó (Tom Zé – José Miguel Wisnik)
08 Cego com cego (Tom Zé – José Miguel Wisnik)
09 Xiquexique (Tom Zé – José Miguel Wisnik)

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