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CD – Jorge do Rojão – Energia

Colaboração do Jorge do Rojão, de São Paulo – SP.

“O disco ‘Energia’ é o terceiro álbum do Jorge do Rojão, gravado em Salvador – BA, com um pouquinho do tempero baiano, e mixado e masterizado em São Paulo – SP pelo maestro Omar Campos.

O disco tem naturalmente forrós, baiões e xotes, está bem balançado e muito bom para se dançar. Pra galera dançar até o suor derramar!

Além dos instrumentos que vemos tradicionalmente nos discos de forró, podemos ouvir também o berimbau e o atabaque em algumas faixas. A música ‘Mareia’, por exemplo, é um Ijexá.”

 Jorge do Rojão – Energia
2018

01 Forró na neve (Jorge do Rojão)
02 Tem triangueiro ai (Jorge do Rojão)
03 Forró em Floripa (Jorge do Rojão)
04 Só o amor dessa menina (Jorge do Rojão – Neguinho Garoa)
05 São Paulo terra da garoa (Fernando Pereira)
06 Chiado da chinela (Jorge do Rojão)
07 Cara metade (Paulinho Motta)
08 Energia (Jorge do Rojão)
09 Mareia (Jorge do Rojão – Pedro Vaz)
10 Não chora morena (Jorge do Rojão)
11 Xote do Cissão (Cícero Matheus)
12 Baião invertido (Jorge do Rojão)

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CD – Os Gonzagas – Onde estará

Colaboração do Jader Finamore, de João Pessoa – PB

Mais um disco d’Os Gonzagas, banda jovem de João Pessoa, musicas autorais, renovando e cantando.

Participações especiais de Dorgival Dantas e Biliu de Campina.

 Os Gonzagas – Onde estará
2018

01 Touchscreen (Zé Neto)
02 Forró em Campina (Yuri Gonzaga – Carlos Henrique – Zé Neto – Felipe Alcântara)
03 Tão simples (Carlos Henrique – Isabelle Fernandes)
04 Onde estará (Zé Neto – Felipe Alcântara)
05 Encare a maré (Zé Neto)
06 Não deu (Hugo Leonardo)
07 Passarinho (Zé Neto – Gabriella Grisi)
08 Coco lá de casa (Carlos Henrique – Isabelle Fernandes)

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CD – Vingefang – Tidensekko

Colaboração da Miriam Ariana, de Kopenhagen, Dinamarca

“Lene Høst and Miriam Ariana are two folk musicians with roots in Scandinavia.

They have travelled and lived in France, Brazil, Sweden and Tanzania, where they have absorbed the different styles of music and cultures of these countries. They met at the Academy of Music and Dramatic Arts in Odense, where both studied folk music. Here they discovered a common passion for the interface between music and dance which represents a universal language that has the capacity to unite people across cultures.

With two voices, a violin, piano, and guitar, Lene and Miriam have created a repertoire consisting of cool Scandinavian tones, evocative French ballads and Brazilian rhythms.”

O forró está tomando conta do mundo, embora esse não seja um disco de forró, ele contém uma regravação interessantíssima de um dos maiores clássicos da nossa música. Cantado em português, o que me orgulha muito e mostra que junto com o forró, o nosso idioma também está sendo difundido.

Formado pela Miriam Ariana e Lene Høst, duas amigas que em 2013 vieram ao Brasil para dançar, e acabaram fazendo seus primeiros shows em dupla. Nessa oportunidade elas tinham apenas as duas vozes e um violino. Essa limitação as inspirou a começar uma parceria musical que continua a atravessar fronteiras e expandir limites.

 Vingefang – Tidensekko
2018

01 Medmennesket (Vingefang)
02 Njia Yangu – Njia Jig (Edwardi Ntemi – Vingefang)
03 La valse sans fin (Miriam Ariana)
04 Polska til Mor (Lene Høst)
05 Vendedor de Caranguejo- Reel of the Crabs (Gordurinha)
06 Troldspring (Miriam Ariana)
07 Girando na renda (Pedro Luis – Sérgio Paes – Flávio Guimarães)
08 Tidens Ekko (Vingefang)
09 Lill-Lizzy (Lene Høst)
10 Gränslös (Lene Høst)

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CD – Banda Seu Januário – EP 10 Anos

Colaboração do Júlio Leal, de Recife – PE.

“Em 2018 a banda está completando 10 anos de muita estrada, tendo durante sua trajetória várias formações musicais, a nova formação promete muito, pois é composta por um cast de músicos virtuosos, que abraçaram e defendem o conceito da banda, comprometidos em alcançar novos voos e sucesso, em busca do reconhecimento regional, colocando a mesma em um patamar no nível de grandes estrelas do cenário musical nacional.” (Trechos do release)

A formação atual é: Bruno Simpson (Vocal e Violão), Wellington Oliveira – Paguah (Percussão), Pedro Lins (Contrabaixo), Elson Sales (Guitarra), Luiz André (Teclados), Paulo Nascimento (Sax Soprano e Flauta), Gilvaldo Santos – Gil (Sanfona), Diogo Monte (Bateria) e Júlio Leal (Percussão).

 Banda Seu Januário – EP 10 Anos
2018

01 Vem bora (Bruno Simpson – Júlio Leal)
02 Anjo do céu (Mascavo)
03 Coisa linda (Tiago Iorc)
04 Feito chama (Tonho Matéria)
05 Último pau de arara (Venâncio – Corumba)

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CD – Chambinho do Acordeon – Acredite

Colaboração do Chambinho do Acordeon.

Esse é o trabalho mais recente do Chambinho, repleta de músicas autorais inéditas.

 Chambinho do Acordeon – Acredite
2018

01.Acredite (Chambinho do Acordeon – Jonas Alves)
02.Cartaz (Francisco Casaverde – Fausto Nilo)
03.O Teu Amor é Ouro (Wagner Silva)
04.Saudade de Luiz (Leonardo de Luna)
05.Romaria (Renato Teixeira)
06.Homem Invisível (Jonas Alves – Chambinho do Acordeon)
07.Agora Chora Coração (Renato Moreno – Chambinho do Acordeon)
08.O Segredo (Jonas Alves – Chambinho do Acordeon)
09.Tudo Que Eu Queria (Raphael Moura)
10.Agora Eu Vou Xaxar (Chambinho do Acordeon)
11.Viva a Bahia (Jonas Alves – Chambinho do Acordeon)
12.Jeitão de Matuto (Jonas Alves – Chambinho do Acordeon)
13.A Minha Fortaleza (Jonas Alves – Chambinho do Acordeon)
14.Se Tu me Der o Teu Amor (Geraldo Cardoso – Ari Periciano)
15.A Proposta (Nivardo Paz – Chambinho do Acordeon)
16.Tudo Outra Vez (Belchior)

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Zé Duarte – Vol. 40 – 40 anos de Forró

Colaboração do Sergipano Everaldo Santana.

Disco comemorativo de 40 anos de carreira.

O álbum reúne regravações de grandes sucessos e algumas inéditas.

Zé Duarte – Vol. 40 – 40 anos de Forró
2018

01 – Ela louca e eu doido (Geraldo Rodrigues – Zé Duarte)
02 – Quarto de Hotel_Ela cortou a pinga dele (Zé Duarte – Durval Vieira)
03 – Quando a minha banda toca (Luciano Kincão)
04 –
Hoje eu durmo no Sofá (Zé da Silva – Zé Duarte)
Acredite em mim (Zé Duarte – Isaac Lucas)
05 – Forró só presta assim (Dorgival Dantas)
06 –
A dona do meu Kadett (Durval Vieira – Zé Duarte)
Biquine transparente (Zé Duarte – João Caetano)
07 – Forró do apagão (Maciel Melo)
08 – Vou morrer fazendo isso (Kim de Oly – Zé Duarte)
09 – Pra baixo não deixo (João Silva)
10 –
Fede mais é gostoso (Zé Duarte – Durval Vieira)
As grandes potências (João Gonçalves – Zé Duarte)
11 – A Dama de Ouro (Maciel Melo)
12 –
Motel Calango (João Gonçalves – Zé Duarte)
Cantador de Côco (Zé Duarte – Zé Lourenço)
13 – Cara a cara (João Silva)
14 –
Quero me confessar (Zé Duarte – Zenilton)
Velho sapeca (Zé Duarte – Severino Dias)
15 – Chororô (Nando Cordel)
16 –
Oi Primo (Zé Duarte)
Eu nunca comi (Zé Duarte – Zé Lourenço)

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Henrique Araújo – O choro do sertão

Colaboração do Henrique Araújo, de São Paulo -SP

Um disco fantástico, muito bem gravado e registra o grande talento do Henrique, que embora jovem toca cavaco e bandolim nas melhores gigs junto com os mestres e é considerado já um veterano, um dos maiores talentos da música instrumental brasileira da atualidade.

Nesse disco, ele reuniu choros do Dominguinhos, alguns não muito conhecidos, mas todos maravilhosos como não podia deixar de ser. As músicas foram arranjadas e gravadas em um formato tradicional de roda do choro com o Bandolim de Henrique sendo o elemento central e o acompanhamento do Regional Imperial, formado por João Camarero (Violão de 7 Cordas), Junior Pita (Violão), Lucas Arantes (Cavaquinho) e Rafael Toledo (Cavaquinho).

A participação de Mestrinho e Toninho Ferragutti nas sanfonas em algumas faixas não pode deixar de ser registradas. O destaque fica para a última faixa, que puxa mais pro nosso forró, o pot pourri: Guadá e Liv no Forró de Dominguinhos e Guadalupe; Te Cuida Jacaré, de Dominguinhos.

Henrique Araújo – O choro do sertão
2018

01 Choro em Fortaleza (Dominguinhos)
02 Princesinha no Choro (Dominguinhos)
03 Te Cuida Rapaz (Dominguinhos – Anastácia)
04 Choro pro Luca (Dominguinhos – Guadalupe)
05 Chorinho para Guadalupe (Dominguinhos)
06
Homenagem a Jackson (Dominguinhos)
Homenagem a Chiquinho (Dominguinhos – Guadalupe)
07 Domingando (Dominguinhos)
08 Noites Sergipanas (Dominguinhos)
09 Chorinho pra Egídio Cerpa (Dominguinhos – Anastácia)
10 Homenagem a Pixinguinha (Dominguinhos – Anastácia)
11 Domingos em Brasília (Dominguinhos)
12
Guadá e Liv no Forró (Dominguinhos – Guadalupe)
Te Cuida Jacaré (Dominguinhos)

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Trio Nordestino, 60 anos de história – Texto de Ivan Dias

Trio Nordestino

O Trio Nordestino é, sem sombra de dúvida, o trio de forró mais longevo e importante da história da música. Podemos afirmar isso tranquilamente se observarmos a vasta discografia produzida pelo Trio durante esses últimos 60 anos e as diferentes formações que se sucederam, década após década, geração após geração, sem perder suas raízes e sua essência.

A história começa no final da década de 1950, a década do baião, na qual Luiz Gonzaga era a referência absoluta do forró, dentro do cenário da música brasileira.

José Pedro Cerqueira, conhecido como Cobrinha, nasceu em Serrinha – BA; Foi com apenas 1 ano de idade para a cidade de Feira de Santana – BA, onde cresceu e foi criado por uma tia, chamada Dona Maria.

Coroné, nome artístico de Evaldo dos Santos Lima, nasceu e cresceu em Salvador, onde conheceu Cobrinha e juntos fizeram parte do conjunto Azeitona e seus Vaqueiros

Na época, o sanfoneiro Azeitona gravou um compacto e começou a aceitar trabalhos individuais, já em carreira solo. Coroné e Cobrinha, insatisfeitos por não serem convidados para todas as apresentações do sanfoneiro, passaram a prospectar um novo sanfoneiro para com quem pudessem formar um trio.

Em 1958, receberam a indicação de Balbino do Rojão, cantor de embolada, para procurar Lindú, apelido de Lindolfo Mendes Barbosa, nascido em Entre Rios – BA, no distrito de Lagoa Redonda.

Lindú, trabalhava em uma oficina mecânica e tocava sanfona para Elias Alves, cantor, locutor de rádio e pai de Missinho (vocalista e compositor dos maiores sucessos da Banda Chiclete com Banana). Nessa época Lindú ainda não cantava, apenas tocava a sanfona, que por sua vez, pertencia ao Elias Alves.

Depois de algumas tentativas frustradas de encontrar Lindú, Coroné e Cobrinha foram pela sétima vez até a sua casa procurá-lo, quando finalmente conheceram aquele que viria a ser conhecido como “a voz mais bonita do Nordeste”, segundo Luiz Gonzaga. O apelido “Gogó de ouro” ele viria a receber posteriormente.

Lindú tocou algumas músicas e rapidamente convenceu Coroné e Cobrinha de que seria com ele que deveriam se juntar para formar o Trio Nordestino, fundado em 05/05/1958.

Passaram a tocar em Salvador e região, eles tocavam regularmente em uma casa de shows, chamada “Rumba Dance”, abrindo a noite para os artistas que vinham de fora, como por exemplo: Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Ângela Maria e Bienvenido Granda, cantor cubano, de quem Coroné era grande fã.

Entretanto, quando fizeram a primeira apresentação em um programa de auditório, na Rádio Excelsior, de Salvador – BA, rapidamente a notícia se espalhou e Elias Alves soube que havia um cantor com a “mesma” voz de Lindú, que se apresentara à frente do recém surgido Trio Nordestino.

Por conta disso Elias pediu de volta a sanfona a Lindú, que lhe pertencia. Dessa forma o Trio foi obrigado a se desdobrar pra poder continuar se apresentando. Até que Coroné, com apoio de um grande empresário da cidade, conseguiu financiar uma nova sanfona e assim puderam dar continuidade a carreira.

Certa vez, quando Gordurinha, que era baiano e morava no Rio de Janeiro – RJ, voltou a Salvador para se apresentar na casa noturna onde o Trio tocava regularmente, a “Rumba Dance”. Naquela noite, ele assistiu uma apresentação do Trio e ficou muito bem impressionado, tanto que os convidou para procurá-lo quando fossem ao Rio de Janeiro.

Com essa nova perspectiva de ir para o sudeste e evoluir na carreira, o Trio então inscreveu-se na Aeronáutica (FAB) para pegar uma “carona” para o Rio de Janeiro. Inesperadamente foram chamados e embarcaram rumo ao Rio, sem sequer ter tempo de avisar o Gordurinha que estavam indo.

Chegaram no Rio de Janeiro e foram direto pra casa do Gordurinha, que, embora surpreso, os acomodou e juntos partiram em busca de uma gravadora. Após algumas tentativas sem sucesso, foram recebidos pela Copacabana, onde gravaram o primeiro disco.

A origem do nome

A primeira formação que usou o nome de Trio Nordestino, em 1957, foi Neném (José Domingos de Morais), Miudinho (João Batista de Lima Filho) e Zito Borborema (Manoel Valdivino de Souza). Dona Helena, esposa de Luiz Gonzaga, batizou o trio.

O grupo que acompanhava Luiz Gonzaga em seus shows era chamado de “Patrulha de choque do Rei do Baião”, era composto por Abdias, Marinês, Zito Borborema e Miudinho. Até que no final de década de 1950, perdeu Marinês e Abdias, que saíram para fazer suas carreiras solo.

Nessa época, todos eles moravam na fazenda do Gonzagão, no Rio de Janeiro, onde morava também Dominguinhos, que ainda era conhecido pelo apelido de “Neném”. Com isso Zito e Miudinho se juntaram a Dominguinhos e assim surgiu a primeira formação do trio, que passou a acompanhar o Rei do Baião em seus shows e excursionar pelo nordeste, mas infelizmente durou pouco tempo e não teve registros fonográficos.

Com a ascensão de Dominguinhos e de Zito Borborema para suas carreiras solo, o trio se desfez. Concomitantemente e de forma independente, na Bahia, surgia um novo Trio, formado por Lindú, Coroné e Cobrinha, que adotaram o nome de Trio Nordestino, de forma inocente, sem imaginar quanta glória os esperava.

Com o tempo, o Trio cresceu e finalmente, já no Rio de Janeiro, conheceu Luiz Gonzaga, que num primeiro momento, ainda desconfiado, manteve uma certa distância, mas após algum tempo, reconhecendo o talento do Trio, permitiu que se aproximassem e lhes ‘autorizou’ a usar o nome.

A disputa pelo nome

Além do primeiro trio a usar o nome, Dominguinhos, Miudinho e Zito Borborema, existiram outros dois Trios Nordestinos, ambos com carreiras artísticas estruturadas, produção fonográfica regular, agenda de shows, etc.

O trio formado por Lindú, Coroné e Cobrinha e o trio formado por João Xavier, Heleno Luiz e Toninho do Acordeon, que viria a ser sogro de Oswaldinho do Acordeon.

Houve uma grande disputa judicial pelo nome artístico. No julgamento, Marinês, Dominguinhos e Luiz Gonzaga foram testemunhas. Naquela sessão, o Rei, para comprovar qual dos trios era o real detentor do nome em disputa, cantou “Procurando tu” no tribunal. Após esse incomum ‘testemunho’, o Juiz deu ganho de causa para Lindú, Coroné e Cobrinha.

Quando o Trio foi notificado que o nome estava em disputa, por volta de 1972, ficou impedido de continuar se apresentando, o que fez com que seus integrantes começassem a pensar em alternativas de nomes para caso eles perdessem a disputa.

Um dos nomes a ser aventado foi “Os 3 do Nordeste”, nome que veio a ser utilizado por Abdias para batizar um outro trio que viria a assinar com a CBS em 1973, cujo nome até então era ‘Trio Luar do Sertão’, formado por Zé Pacheco, Parafuso e Zé Cacau.

Divisão de funções

No decorrer da carreira, cada um dos integrantes tinha sua função extra palco:
Coroné era responsável pelo figurino, relações públicas e correio;

Cobrinha era responsável pela venda de shows;

Lindú era responsável pela produção musical.

Discografia

De 1962 até 2018 são 42 álbum de carreira, sendo 30 LPs e 12 CDs. Sem contar os compactos, relançamentos e as inúmeras coletâneas das quais participaram e/ou tiveram suas músicas compiladas.

1962 a 1966 – Copacabana – 5 LPs
1966 a 1972 – CBS – 9 LPs
1973 a 1990 – Copacabana – 18 LPs
1991 a 1992 – RGE – 2 LPs
1997 até 2018 – 12 CDs

Formatos de mídia:

78 RPM

1962 – 78RPM – Copacabana (Chupando Gelo / Retrato da Bahia)

1962 – 78RPM – SOM (Carta a Maceió / Defesa de Baiano)

LPs

1962 – Trio Nordestino (sucesso: Carta a Maceió)
1963 – Pau de Arara é a vovozinha
1964 – Aqui mora o xaxado
1965 – O troféu é nosso
1966 – Coletânea – Os grandes sucessos do Trio Nordestino. Nesse ano o Trio saiu da Copacabana e foi contratado pela CBS (Atualmente Sony Music).
1967 – Amor pra todo lado – CBS
1968 – É forró que vamos ter
1969 – Estamos na praça – Neste ano, Lindú sofre um acidente automobilístico e fica em resguardo durante quase 1 ano. A pessoa na capa do LP não é o Lindú, e sim seu irmão Zezito, sentado em cima da sanfona Dallapé de Abdias.
1970 – No meio das meninas – O grande Hit do Trio foi “Procurando Tú”, vendeu mais de 1 milhão de cópias (número bastante expressivo para a época). Foi o segundo disco mais vendido do ano, sendo que o primeiro lugar ficou com o disco de Roberto Carlos. As modelos dessa capa são as mesmas da capa do LP Amor pra todo lado.
1971 – Ninguém pode com você
1972 – Renovação – (Último álbum gravado pela CBS)
1973 – Copacabana – Primeiro e único (O título faz referência a disputa judicial pelo uso do nome “Trio Nordestino”)
1973 – Vamos Xamegar (É um relançamento, pelo selo Tropicana, do LP “Amor pra todo lado”, de 1967)
1974 – Trio Nordestino – (Sucesso: Chililique)
1975 – Forró pesado
1976 – O alegríssimo
1977 – Estamos ai pra balançar
1978 – Os Rouxinhos da Bahia (Durante um show de Luiz Gonzaga, no Rio de Janeiro, oportunidade na qual o Trio se apresentaria em seguida, Gonzaga falou: Tá chegando ai: Os Rouxinhos da Bahia!) – (A capa do disco tem a sanfona que Lindú havia ganhado do Gonzagão, com a identificação LG – É DO POVO, presente recebido após uma turnê que fizeram juntos ao norte e nordeste em 1975, Gonzaga achou a sanfona de Lindú muito pesada e lhe presenteou com uma nova)
1979 – O Homem de saia
1980 – Corte o bolo
1981 – Ô bicho bom
1982 – Dia de festejo (Ano em que Lindú faleceu, durante o processo de gravação do LP que seria lançado no ano seguinte)
1983 – Amor pra dar (O disco conta com a curiosidade de que uma faixa havia sido gravada para o LP anterior – dia de Festejo – e não havia entrado no naquele álbum: “Não pise no pé dela”. Mais duas faixas com a voz guia deixada por Lindú, desde o início do processo de gravação: “Você nasceu pra mim” e “Amor pra dar”. As demais 9 faixas receberam a voz de Genário, que viria a substituí-lo a partir de então.
1984 – Com amor e carinho (Sucesso: Neném mulher)
1985 – Forró de cima a baixo
1986 – Forró temperado
1987 – Forró de Categoria
1988 – Na intimidade – Neste ano, por imposição da gravadora, o Trio grava ‘oficialmente’ um disco de duplo sentido
1989 – Festa do povão
1990 – Somos nós (Último disco gravado pela Copacabana)
1991 – Vale a pena ouvir de novo – vol.1 – RGE
1992 – Vale a pena ouvir de novo – vol.2 (Genário sai do Trio, voltando para sua carreira solo)

CDs

1997 – Xodó do Brasil
2000 – Nós tudo junto
2001 – Balanço bom
2003 – Baú do Trio Nordestino vol.1
2004 – Baú do Trio Nordestino vol.2
2006 – Meu eterno xodó
2008 – 50 Anos
2009 – O povo quer forró
2011 – Tá ligado doido
2012 – Na pisada
2013 – Bahia do Trio Nordestino
2017 – Trio Nordestino canta o Nordeste (Disco que ganhou o “Prêmio da Música Brasileira 2018”)

As diferentes formações

Em 1981 Lindú passa mal durante a gravação do programa “Os Trapalhões”, é medicado, volta pra casa e continua a passar mal. Mariazinha pede ajuda a Marinês, que era vizinha deles.

Marinês o leva para o Pronto Socorro e ai vem o diagnóstico de insuficiência renal crônica, fato que o impediria de viajar, a partir de então, por conta das sessões de Hemodiálise três vezes por semana.

Em seguida, neste mesmo ano, enquanto tocavam num forró, na Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, conheceram Genário, que acabara de ser contratado pelo Rei do Baião, para acompanhá-lo em seus shows. Cobrinha pediu pra Luiz Gonzaga lhes ceder o sanfoneiro e ele consentiu.

Genário (José Egenaldo Marcelino da Silva), nascido em Tanque D’Arca, cidade do agreste de Alagoas, migrou para o Rio de Janeiro na adolescência. Na época em que recebeu o convite do Trio ele já despontava em sua carreira solo, tinha 4 LPs gravados e era bastante requisitado para participar de shows e gravações de discos de diversos artistas.

Por conta de não terem conseguido fazer ensaios com Lindú e Genário, e se aproximando o período de São João, Cobrinha e Coroné cogitam a possibilidade de cancelar os shows marcados, mas são estimulados pelos próprios contratantes a colocarem um substituto.

Sendo assim, foi chamado Quininho de Valente, amigo do Trio e compadre de Lindú, para cantar e acompanhar o Trio em sua excursão junina. Durante a viagem de carro para o primeiro show, Quininho e Genário se conheceram e combinaram o repertório em comum acordo com Coroné e Cobrinha.

Quininho (Joaquim Santos de Almeida) tinha sua carreira como cantor e era bem conhecido em Valente – BA e região por cantar todo o repertório do Trio Nordestino. Sempre se declarou um grande admirador do Trio, fato que facilitou a grande amizade entre eles, iniciada em meados da década de 1970, em especial com Lindú, que viria a batizar a filha de Quininho, em 1976, tornando-os compadres.

Fizeram então a primeira turnê junina com o trio de quatro pessoas, foi um sucesso. Já no segundo ano, Genário estava com o repertório na ponta da língua, mas o Trio continuava a buscar Quininho em Valente, para acompanhá-los durante as turnês juninas.

Dessa forma, a parceria que era para ser uma solução temporária, durou cerca de 10 anos, todos os anos o Trio saía de carro, do Rio de Janeiro rumo ao nordeste, passava pela cidade de Valente e seguia viagem junto com Quininho.

Lindú faleceu em 1982, deixando um álbum inacabado, o que forçou o produtor da gravadora Copacabana, Talmo Scaranari,  junto a Cobrinha e Coroné a decidirem como fariam para finalizar e lançar o disco. Uma das possibilidades aventadas pelo produtor foi a de que Quininho deveria colocar as vozes no disco, porém, Coroné e Cobrinha, com medo de alterar o formato do Trio, com um sanfoneiro cantor, optaram por colocar a voz de Genário, que se firmaria nos 10 anos seguintes à frente do Trio.

Nesse disco, “Amor pra dar”, lançado em 1983, Genário coloca voz em 9 faixas e nelas é obrigado a forçar a voz para atingir os agudos, pois as bases já estavam todas prontas e tinham sido gravadas no tom adequado para a voz de Lindú, que tinha uma elasticidade impressionante na voz. Já nos discos seguintes, Genário adequou as gravações ao seu tom de voz e logo no seu primeiro  disco à frente do Trio, em 1984, emplacou o sucesso “Neném Mulher”, que rapidamente conquistou todo o Brasil.

Genário saiu do Trio em 1992 e retornou para sua carreira solo. Ai então, Coroné e Cobrinha, buscaram substitutos e o trio excursionou de 1992 até 1995 com o sanfoneiro o Biu (Benedito Dias de Lima), natural da cidade de Rio Largo – AL, que tocava anteriormente no trio Gaviões do Nordeste.

Com o falecimento de Cobrinha em 1994, Coroné, aceita a sugestão de sua comadre Mariazinha, convida Luiz Mário para assumir o triângulo e o vocal do Trio. Luiz Mário da Conceição Barbosa, filho de Lindú, nascido em Salvador – BA, e que, com um ano de idade foi para o Rio de Janeiro.

Durante o São João de 1996, excursionaram com o sanfoneiro Bacural (Severino Sérgio), nascido em Alagoa Grande – PB, que participara anteriormente dos trios: Trio Luar do Sertão, Os Filhos do Norte e Os Filhos do Nordeste.

Após a saída de Bacural, no final de 1996, Beto Sousa (Alberto da Silva Sousa), nascido no Rio de Janeiro, filho de Antônio Ceará, compositor e compadre de Lindú, assume a sanfona do Trio.

Beto cresceu dentro do ambiente musical e começou a tocar sanfona ainda criança, tendo recebido influências artísticas dos maiores músicos da época, incluindo o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Anteriormente ao convite que o firmaria no Trio Nordestino, ele tocava em um trio chamado Os Filhos do Ceará, formado por Luiz Mário e os irmãos Beto e Robson Sousa.

Com essa formação: Luiz Mário, Beto Sousa e Coroné, voltam a gravar e em 1997 o seu primeiro álbum em formato CD, intitulado “Xodó do Brasil”, recolocando o Trio na produção fonográfica regular.

Em 2005 o Trio sofre mais uma baixa com o falecimento de Coroné, que em seu último show, após tocar um pouco no início da apresentação, para a surpresa de todos os presentes, pediu uma pausa e convidou para tocar zabumba o seu neto que viria a substitui-lo nos anos seguintes.

Coroneto (Carlos Alberto dos Santos Santana), nascido no Rio de Janeiro, atendeu ao pedido do avô, assumiu a zabumba do Trio e acumulou funções, pois passou também a organizar a agenda e a venda de shows.

Dessa forma, permaneceu no Trio como músico até 2017, quando convidou Jonas Santana, baiano de Entre Rios, músico percussionista que já participara de shows e gravações do Trio nos anos anteriores, para assumir a zabumba nos shows e passou apenas a empresariar o Trio.

Depois da expectativa gerada por algumas indicações a prêmios nos anos anteriores, finalmente o reconhecimento veio no ano em que o Trio completou 60 anos de carreira. Merecidamente, o Trio recebe o “Prêmio da Música Brasileira 2018” com o disco “Trio Nordestino canta o Nordeste”, gravado em 2017.

Claro que isso é apenas um resumo da história até agora, pois pra contar tudo precisaríamos escrever um grande livro. E o melhor de tudo é que a história continua sendo escrita e vivida, já que o Trio continua firme e forte, tocando, produzindo fonograficamente e excursionando por todo o Brasil e exterior.

Pra encerrar, divido uma lembrança feliz de certa vez que fui ao Rio de Janeiro tocar em um forró, no início dos anos 2000, e encontrei o Coroné, que estava chegando pra passar o som. Ele desceu do seu carro, um Opala Diplomata, e anunciou, com grande alegria, que acabava de conseguir se aposentar como músico, mostrando com orgulho sua carteira de trabalho. Na época não entendi por que tanta alegria, mas depois percebi o quanto ele, assim como todos os músicos, devia ter sofrido com o preconceito pela carreira de músico profissional.

Frequentemente me lembro dele, em especial num trecho de uma música que sempre que ouço, me vem a mente os meus tempos de menino quando dançava a noite inteira nos shows ao som do Trio, e reparava sempre no fantástico coral que Coroné fazia, sua voz rouca ainda ecoa forte em meu coração.

“Chap Chap Chap, chinela no chão,
Chap Chap Chap, bote a lenha na fogueira,
Chap Chap Chap, requebrando no salão,
Chap Chap Chap e é forró a noite inteira”

Música: Chap Chap (José Batista Filho / Raimundo Andrelina)

(Texto de Ivan Dias – Dezembro 2018)

Fontes:

Pesquisa baseada na discografia do Trio Nordestino, disponível em www.forroemvinil.com

Entrevistas com Beto Sousa, Luiz Mário, Jonas Santana, Quininho de Valente, Maestro Marcos Farias, Lisete Veras e Gennaro.

Agradecimentos especiais pelo apoio, incentivo e informações extra, para Enrique Matos, Dewis Caldas, DJ Xeleléu, Gavião, Macambira, Missinho, Tiziu do Araripe e Bruno Canazza.

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CD – Diego Oliveira – Presente

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Colaboração do Diego Oliveira.

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Esse é o mais recente trabalho do Diego Oliveira, nascido em São Paulo – SP e agora radicado em Lisboa, Portugal, ajudando a difundir e fomentar o forró pelo mundo.

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Destaque para “Forró saracotiado” de Florival Ferreira e José Pereira; e para “Nada entre nós” de Elton Moraes e Vinicinho.

Diego Oliveira – Presente
2018

01 Forró perigoso (Caio Caboclo – Everton Coroné)
02 Baião dos namorados (Silvio Moacir de Araújo)
03 Como a moda (Cecéu)
04 Pra fazer amor (Dil Brasil – Willian Navarro – Fabiano Santana)
05 Forró saracotiado (Florival Ferreira – José Pereira)
06 Presente (Beibe)
07 De mala e cuia (Anastácia – Dominguinhos)
08 Nada entre nós (Elton Moraes – Vinicinho)
09 O bicho bom (Juarez Santiago – Hamilton Oliveira)
10 De amor eu morrerei (Dominguinhos – Anastácia)
11 Quem procura sempre acha (Caio Caboclo – Everton Coroné)
12 Quem quiser que se segure (D. Mathias – Manoel Vidal)

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Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

CD – Forró D2 – Uma nova história

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Colaboração do Deda Silva.

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Ganhei esse CD do Deda, durante o troféu Gonzagão 2018.

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Após a saída dos 3 do Nordeste, Deda Silva e Hedran Barreto lançam o Forró D2.

Forró D2 – Uma nova história
2018

01 Uma história de amor
02 Gelo na farinha
03 Forró do apagão
04 Bicho homem
05 Minha delicadeza
06 Fuxico
07 Mariazinha
08 Seu olhar não mente
09 Minha paixão
10 Pot pourri
11 Que te faço gamar
12 Sucesso da Zefinha
13 No lume da fogueira

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