Catulo de Paula – Compacto Simples

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Colaboração do Jhonatas Pasternack, de São Paulo – SP

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“…to enviando mais um compacto.

Compacto gravado em 1964 com 2 faixas do LP ‘Pobre Menina Rica’ Lançado pelo selo CBS, traz um dos poucos registros do Catulo de Paula.

Espero que gostem, é num lado de forró e no outro um samba balançado.”

Catulo de Paula – Compacto simples
1964 – CBS

01 – Pau de Arara – Catulo de Paula (Carlos Lyra – Vinicius de Morais)
02 – Maria Moita – Thelma (Carlos Lyra – Vinicius de Morais)

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Coletânea – Baião Nr. 3 – 10 Polegadas

Colaboração do Arlindo

Esse disco foi publicado originalmente no saudoso site Loronix.

Participam dessa coletânea Leal Brito e Orquestra, Nilo Sérgio, Três Marias, Manézinho Araujo e Catulo de Paula.

Coletânea – Baião Nr. 3
1953 – Musidisc

01 – Casinha Pequenina – Cangaceiro (Tradicional / Adpt. Leal Brito)
02 – Mulher Rendeira (Tradicional) Casinha na Colina (Tradicional / Adpt. Nilo Sergio / Adpt. Leal Brito) NILO SERGIO
03 – Não Dei Meu Coração (Jorge Tavares / Geraldo Medeiros) Epa o Baião Pegou (Carioca) TRES MARIAS
04 – Peguei Um Ita no Norte (Dorival Caymmi) Trem Ó Lá Lá (Humberto Teixeira / Lauro Maia)
05 – Cuco (Paschoal Melillo / Avaré) No Ceará Não Tem Disso Não (Guio de Morais)
06 – A Mulher Barbada (Manezinho Araújo / Carvalhinho) Coco do Bamba Lê Lê (Manezinho Araújo) MANEZINHO ARAUJO
07 – Meu Limão Meu Limoeiro (Tradicional) Urubu Malandro (Tradicional / Adpt. Lourival de Carvalho “Louro”)
08 – Desengano (S. Barbosa) Não Perdes Por Esperar (Catulo de Paula) CATULO DE PAULA

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Texto – O cearense Catulo de Paula e as trilhas dos filmes de Cangaço

O cearense Catulo de Paula e as trilhas dos filmes de Cangaço

Pesquisa: Arievaldo Viana

Nem no Ceará, sua terra natal, o genial ‘Catulo de Paula’ é lembrado. Autor de grandes sucessos da música nordestina (Cowboy do Ceará, Como tem Zé na Paraíba, O pau de arara, Bebop do Ceará, Nóis num have, Na cabana do rei, etc) ele foi o nome mais requisitado nas décadas de 1960/70 para compor a trilha sonora dos filmes de cangaço.

Catulo de Paula (Ermenegildo Evangelista de Souza ) Cantor. Compositor.

São Benedito, Ceará, Brasil – 13/08/1923 – 10/12/1984

Seu pai era cego desde os seis meses de idade e sustentava a família, composta de mulher e oito filhos, tocando violino, saxofone e clarineta em festas de sua cidade no interior cearense. Com oito anos, começou a tocar violão, ganhando os primeiros trocados para ajudar no sustento da família. Por volta dos 10 anos de idade, passou a fazer parte do grupo Vocalistas Tropicais, com os quais foi fazer uma excursão a Fortaleza, capital do Ceará. Acabou saindo do grupo por causa de um dos integrantes e teve que se virar por conta própria para sobreviver, passando a fazer biscates de diversos tipos. Passou a viajar pelo interior do Nordeste.

Em 1944, foi convidado para fazer parte do grupo “Os Boêmios da Noite”. Na mesma época, mudou-se para o Recife, em Pernambuco, onde adotou o nome artístico de Catulo de Paula. Em 1948, resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro, a fim de dar continuidade ao seu trabalho artístico. Em 1949, tornou-se acompanhante do cantor Vicente Celestino, com quem trabalhou durante longo tempo tocando violão. No início dos anos de 1950, ao apresentar-se no clube “Brasil danças”, foi assistido por Fernado Lobo que apadrinhou sua primeira gravação. Em 1953, lançou pela Continental, disco onde interpretava dois baiões, “Vai comendo Raimundo”, de sua autoria e Amado Régis, e “O pau comeu”, de Marçal Araújo.

No mesmo ano, Aldair Sopares gravou na Columbia de sua autoria e Jorge de Castro a toada baião “Saudade de Maceió”. Destacou-se pelas composições satíricas, sendo uma das mais conhecidas, o baião “Bep-bop do Ceará”, gravada pela Continental, em 1955. No mesmo ano, gravou de sua autoria o coco “Zabumbô, zabumbá”. Em 1956, gravou o baião “Rosamélia”, de Humberto Teixeira. Além de baiões, gravou sambas e canções, sem nunca ter se fixado num determinado ritmo. Em 1957, gravou de Zé Dantas o baião “Nós num “have”. Em 1961, gravou de Luiz Gonzaga o baião “Na cabana do rei”, parceria com Jaime Florence.

Em 1962, gravou aquele que foi seu maior sucesso, o baião “Como tem Zé na Paraíba”, parceria com Manezinho Araújo, gravado também naquele ano e com grande sucesso, por Jackson do Pandeiro. O tom nordestino de sua música lhe valeu convites de diversos diretores de cinema que nos anos de 1950, exploraram a temática do “Cangaceiro”.

Participou das trilhas sonoras dos filmes “Lampião, o rei do Cangaço”, “Entre o amor e o cangaço”, “Os três cabras de Lampião”, “Nordeste sangrento” e “O filho do cangaceiro”. Participou, ainda, de alguns trabalhos para o teatro, tendo participado da trilha sonora das peças “A invasão dos beatos”, de Dias Gomes e “A torre em concurso”, de Joaquim Manuel de Macedo. Ainda em 1962, participou como cantor da trilha sonora do filme “Sol sobre lama”, de Alex Viany, quando interpretou canções da parceria Vinícius de Moraes -Pixinguinha, inclusive as letras que Vinícius criou para os choros “Mundo melhor” e “Lamentos”, dos quais, portanto, ele seria o primeiro intérprete.

Em 1963 lançou pela Odeon o LP “A simplicidade de Catulo de Paula”, no qual interpretou, entre outras, “Lua-lua”, “Zé Piedade”, “Minha fulô” e “Vida ruim”, todas de sua autoria. Em 1964, participou da peça “Pobre Menina Rica”, de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra. Em 1970 lançou LP que leva seu nome, interpretando “Canção da tristeza”, “Forró do Barnabé”, “De Maria só o nome” e “Razão pra não chorar”, todas de sua autoria.

Catulo de Paula fez a trilha sonora da primeira versão de ‘Roque Santeiro’, censurada pela ditadura militar.

Nos anos de 1970, foi convidado para interpretar um cego cantador de feira na novela “Roque Santeiro”, na Tv Globo, tendo ele preparado um ABC, no qual narrava a novela em versos começando cada estrofe com uma letra do albabeto. A novela entretanto acabou não indo ao ar pois foi vetada pela censura na época da ditadura militar. Anos depois a novela foi ao ar, desta vez com Arnoud Rodrigues no papel do cego. Em 1976 a Tapecar lançou o LP “Geremias do Roque Santeiro”, que trazia entre outras, “Roque Santeiro”, “ABC do Roque Santeiro” e “Alegria dolorida”, de sua autoria, além de “Prefiro ficar com Maria”, de Paulo Gesta e Luiz de França.

Em 1995, sua composição “Caubói do Ceará” foi gravada pelo cantor brega Falcão no disco “A besteira é a base da sabedoria”.

10 polegadas – Três Marias, Leal Brito e Catulo de Paula – Baião nº2

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“Esta é a segunda coleção de baiões, lançada pela Musidisc. Na primeira seleção, apresentamos os maiores sucessos dos últimos anos, e agora, lançamos seis novas músicas, juntamente com duas adaptações.

Na parte vocal, ao lado das Três Marias, aparece pela primeira vez a personalíssima voz de Catulo de Paula, e na instrumental, o pianista Leal Brito e seu sexteto que executam ‘Ciranda no baião’ e ‘Concerto no baião’.” (texto da contra-capa do disco)

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Catulo de Paula, nascido em 13/02/1923, violonista e cantor cearense, iniciou-se na vida artística em um programa de calouros de Campina Grande (PB). Em 1944 foi para Recife, onde trabalhou na Rádio Clube. Alguns anos mais tarde, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Nacional e se apresentava em casas noturnas. Nos anos 60, com a decadência do gênero regional, passou a atuar em outras áreas, fazendo trilhas para filmes. Considerado um purista do gênero, suas composições tiveram mais de 100 gravações. Entre elas, destaca-se “Como Tem Zé na Paraíba”.

Três Marias, Leal Brito e Catulo de Paula – Baião nº2
10 polegadas – 1953 – Musidisc

01. Onda do mar (Leal Brito – Paulo Soledade) Três Marias
02. Chuveu to vortando (Catulo de Paula – Carlos Galindo) Catulo de Paula
03. Celeste no baião (Nilo Sergio) Leal Brito sexteto
04. Concerto no baião (Adap. de L. Brito – N. Sergio)
05. Ciranda no baião (Adap. de Nilo Sergio) Leal Brito sexteto
06. Tico-tico de Campina (Jorge Faraj – Leal Brito) Três Marias
07. Mania do Mane (Catulo de Paula – Carlos Galindo) Catulo de Paula
08. Baião moreno (Barraquinha – Caco Velho) Três Marias

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