O áudio é uma colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB, as capas foram enviadas pelo João Gabriel, de Niterói – RJ e o comentário feito pelo Léo Rugéro, do Rio de Janeiro – RJ
Reparem que tem duas capas diferentes, uma edição pelo selo Nordeste, de 1978, e outra edição do selo Campeiro de 1980.
“Em 1978, foi lançado pelo selo fonográfico ‘Nordeste’, o disco, ‘Chiquinha Gonzaga & Severino Januário’.
Ao contrário do que possa imaginar, não é uma parceria entre os dois irmãos, mas, consiste em estratégia amplamente utilizada pelas companhias fonográficas dedicadas à música nordestina, isto é, a edição de discos em que cada lado corresponderia a um intérprete diferente. Neste caso, o lado A reúne canções de Chiquinha, e o lado B, temas instrumentais de Severino ao fole de oito baixos.
O resultado é um disco memorável, pela delicadeza das canções apresentadas por Chiquinha e o refinamento técnico de Severino, então, no auge da forma. Ainda em luto pela despedida da sanfoneira, esta postagem fica sendo a simples homenagem que podemos render à estas duas figuras emblemáticas da sanfona de oito baixos da região Nordeste do Brasil.”
Chiquinha Gonzaga e Severino Januário – Chiquinha Gonzaga e Severino Januário
1978 – Alladin
01. Tirar Lili (Chiquinha Gonzaga / Pedro Maranguape)
02. Balança Meu Bem (Chiquinha Gonzaga / Pedro Vieira)
03. Meu Assum Preto (Chiquinha Gonzaga / Salubim)
04. Tem Dó (Chiquinha Gonzaga)
05. Roseirinha (Chiquinha Gonzaga)
06. Minha Infância (Chiquinha Gonzaga / Cassimiro Vereda)
07. Forró Fungado (Severino Januário / Pedro Maranguape)
08. Arrasta-pé Teimoso (Severino Januário / Pedro Maranguape)
09. Forró Temperado (Severino Januário / Pedro Maranguape)
10. Salete no Forró (Severino Januário / Cassimiro Vereda)
11. Arraste Pé Mexido (Severino Januário / Pedro Maranguape)
12. Arrasta-pé Chamuscado (Severino Januário / Pedro Maranguape)
Essa é mais uma coletânea com a temática das quadrilhas.
O disco reúne vários artistas conhecidos.
Essa coletânea reúne: Nardinho, Pirigoso, Zezitinho dos 8 Baixos, Tororó do Rojão e Nelson do Acordeon, Waldomiro, Chiquinha Gonzaga e Severino Januário, João Silva, Ciço do Pará e Samburico.
Coletânea – Isto é quadrilha
1980 – Campeiro
01 Quadrilha de São João (Nardinho – Valtiria Costa) Nardinho
02 Quadrilha no chapadão (Pirigoso) Pirigoso
03 Quadrilhando (Agenor Farias – Jú da Sanfona) Zezitinho dos 8 Baixos
04 São João em minha terra (Tororó do Rojão) Tororó do Rojão e Nelson do Acordeon
05 Festa de São João (Waldomiro) Waldomiro
06 Arrastape mexido (Severino Januário – Pedro Maranguape) Chiquinha Gonzaga e Severino Januário
07 Santo Antonio Casamenteiro (Pirigoso – Noel Costa) Pirigoso
08 Que beleza (João Silva – Manoel Euzébio) João Silva
09 Arrastapé chamuscado (Severino Januário – Pedro Maranguape) Chiquinha Gonzaga e Severino Januário
10 Quadrilha das crianças (Pirigoso) Pirigoso
11 Festa junina nas capitais (Ciço do Pará – Aureliano) Ciço do Pará
12 São João em Palmares (Samburico – Pedro Maranguape) Samburico
“O trabalho é fantástico! Uma iniciativa importantíssima para este instrumento de tanta história em nosso Nordeste.
Em um dos encartes poderemos encontrar um resumo da história secular dos 8 baixos escrito pela cantora, historiadora, escritora e tocadora de 8 baixos, Lêda Dias, que também participa desse CD na faixa 11 com a música Choromingo de composição do mestre Zé Calixto.
O disco conta com a participação de grandes músicos pernambucanos como: Luizinho de serra talhada na sanfona-base; Edno na bateria; Quartinha no zabumba, triângulo e agogô; Toninho Tavares no contra-baixo; Chico Botelho no cavaquinho; Apolo Natureza na Guitarra e Vitamina na percussão.
É válido destacarmos a faixa 10 ‘Meu Forró Pra Dominguinhos’, uma belíssima homenagem ao grende Mestre de composição do Baixinho dos 8 Baixos. Vale a pena conferir.”
Coletânea – Os 8 Baixos de Pernambuco
2012
01- Forró da Mutuca (Antonio da Mutuca) Antonio da Mutuca
02 – Estou de Volta (Truvinca) Truvinca
03 – Na Lagoa do Oiteiro (Severino dos 8 Baixos) Severino dos 8 Baixos
04 – Carrapeta (Arlindo dos 8 Baixos) Arlindo dos 8 Baixos
05 – Só Deus é Poder (Truvinca) Truvinca
06 – Abusado (Baixinho dos 8 Baixos) Baixinho dos 8 Baixos
07 – Em Tempo de Forró (Luizinho Calixto) Antonio da Mutuca
08 – Dançando na Chuva (Arlindo dos 8 Baixos) Arlindo dos 8 Baixos
09 – Na Casa de Mario Marques (Luiz de Cazuza) Lourinaldo Barros
10 – Meu Forró Pra Dominguinhos (Baixinho dos 8 Baixos) Baixinho dos 8 Baixos
11 – Choromingo (Leda Dias) Zé Calixto
12 – Chorinho da Saudade (Chiquinha Gonzaga) Chiquinha Gonzaga
13 – Só Sei Tocar Assim (Severino dos 8 Baixos) Severino dos 8 Baixos
14 – Festa na Barra Nova (Luiz de Cazuza) Lourinaldo Barros
Colaboração do Zé Lima, de Niteroi – RJ e do José de Sousa, de Guarabira – PB
Não deixem de ler o pequeno texto da contra capa, onde Chiquinha contou que quando era criança, quase apanhava quando era pega com a sanfona na mão.
Chiquinha Gonzaga – Filha do Januário
1973 – Tropicana
01 Sanfoninha roncadeira (Severino Januário)
02 Xotes do Januário (Chiquinha Gonzaga)
03 Piado de gavião (Chiquinha Gonzaga)
04 Januário no forró (Chiquinha Gonzaga)
05 Xotes velho (Chiquinha Gonzaga)
06 A volta no Araripe (Chiquinha Gonzaga)
07 Me case logo (Chiquinha Gonzaga – Miguel Lima)
08 Balanço no mar (Chiquinha Gonzaga)
09 Raul meu bem (Chiquinha Gonzaga)
10 O que passou, passou (Chiquinha Gonzaga – J.B. Aquino)
11 Filha do Januário (Chiquinha Gonzaga – João Silva)
12 Chiquinha no arrasta-pé (Chiquinha Gonzaga)
“Em dia claro, dos sertões do Ceará, dos sertões de Pernambuco, de muitas léguas avista-se a Serra do Araripe. Percebe-se, inicialmente, apenas uma linhazinha azulada, de um azul mais carregado, estendida aos pés do céu. A partir desse vislumbre, e em se navegando rumo a ela, a linhazinha anilada vai engrossando, engrossando, até assumir o perfil decorativo do planalto que, silhuetado contra a linha do horizonte, interrompe o vazio da paisagem”. José Peixoto Júnior (BOM DE VERAS E SEUS IRMÃOS)
… DE TABOCA A RANCHARIA, DE SALGUEIRO A BODOCÓ …
Em 1946 foi gravado o primeiro baião, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, por 4 Ases e um Curinga, pelo selo Odeon, cuja letra dizia, “Eu vou mostrar pra vocês / Como se dança o baião …” .Desde então, sessenta anos se passaram.
Consta na Certidão de Nascimento do Baião o Araripe como sua terra natal. Não por acaso. Foi lá também que surgiu o seu Rei e inventor, Luiz Gonzaga do Nascimento. Daí, seguiu para o resto do mundo, entronchando e desequilibrando o eixo da MPB e encantando quem o ouve e quem o dança, esse que é o som mais genuinamente brasileiro que existe.
Esse trabalho é uma homenagem, singela diante da dimensão do seu inventor, que prestamos ao Baião. Mais que isso, fomos buscar no Araripe os seus intérpretes, porque eles, mais do que ninguém, são irmãos do baião.
Se perceberá, nesse disco, ao lado do instrumental básico e típico – triângulo, zabumba, agogô e sanfona, a utilização de violas, o que se justifica ante a história do Baião, que se originou da forma especial de os violeiros tocarem lundus na zona rural nordestina.
E quem quiser aprender, basta só prestar atenção …
XICO BIZERRA, outubro de 2006
Esse Baião é pra gente sorver em pequenos goles, passando a língua nos beiços e estalando, como quando se bebe uma boa cachaça, envelhecida, forte, daquelas que o sabor da cana de açúcar reflete desde o suor do canavieiro a lhe molhar a face, até o pingar pachorrento do precioso líquido nos alambiques de cobre azinhavrado.
De resto, deixe a poesia invadir sua alma na beleza dos versos que só um iluminado como o poeta Xico Bizerra é capaz de nos proporcionar.
Paulo Carvalho, Médico e Fotógrafo, em Setembro/2006
Cada época, cada tempo, cada geração e cada recanto desse mundo peculiar é rico, riquíssimo, no surgimento de novas vocações para as artes, para a exaltação do belo e para a celebração, através da transformação da realidade, da luxuriosa fartura que Natureza botou graciosamente à disposição das vistas privilegiadas de nós outros, os cidadãos do Nordeste Brasileiro.
Xico Bizerra é uma cabra malassombrado da bixiga lixa, um doido, um retratista, um cangaceiro romântico, um poeta da gota serena que entope os ares do mundo com a magnificência de suas composições, ricamente emolduradas pelas vozes que as interpretam.
É com uma felicidade inominável, com o peito cheio de alegria, que saúdo essa trajetória luminosa e mágica que vai desde o reino encantado de Novo Exu até as fronteiras do resto do mundo e adjacências!
Eita titulação da bobônica. Um manifesto de luz e de beleza, escritinho.
Vai cumprir tua sina, Xico, de botar mais beleza nesse mundo e colorir, com tuas músicas, as telas povoadas pelos homens, os cantos, os recantos, os bichos, os matos, as caatingas, as beiradas de praia e os ares dessa Nação Nordestina.
Que a Besta Fubana te bafeje sempre com Sua bem-querença.
Luiz Berto, Escritor, em Setembro/2006
Não sou capaz de identificar nenhuma nota musical (nem no papel, nem no ouvido), não toco nenhum instrumento, tentei sino quando era coroinha e mesmo assim não consegui entrar no compasso. Também não sei dançar. Mas pediu-me Xico Bizerra pra ouvir as músicas do novo disco que está finalizando e, por escrito, lhe dar uma resposta.
Como sou bem mandado, ouvi tudo na condição de velho ouvinte de rádio e ali, Xico e o rádio me transportaram para além daquela serra de onde veio este caririzeiro elegante, porte de guerreiro gaulês, com esperança e sinceridade no olhar, a generosidade transbordando num jovem coração de poeta.
O “REINO ENCANTADO DO NOVO EXU” é o clarear do relâmpago, o ribombar do trovão e a sonora das cachoeiras descendo ladeira abaixo naquele colosso do Araripe, onde tudo deságua no Crato, a nave-mãe de Xico, esse caboclo chamado baião. É nesse “REINO ENCANTADO” que a gente vai acompanhando os passos do poeta nas trilhas dos “FORROBOXOTES” da vida, onde as suas canções nos dão asas de passarinho, para contemplarmos lá de cima a “linhazinha azulada” do seu Araripe.
Generosidade, poesia, melodia, tudo sertanejamente planejado, tudo generosamente dividido com os muitos amigos artistas, e cada um vai pintando, à sua maneira, mais um quadro desse mestre, onde todos nós somos retratados com tudo que temos de mais belo.
É assim que vejo (sempre) Xico Bizerra que não imita e não se parece com ninguém, só com ele mesmo. Deus certamente não se arrependeu, por tudo que lhe deu. A nós outros, resta-nos desejar-lhe vida longa, fazendo o bem e bem fazendo o que tem feito. Valeu poeta!
Colaboração do Jorge Paulo, o Bandeirante do Norte
Participam dessa coletânea os seguintes artistas: Eliane, João Silva, João Jorge, Elias Soares, André do Rojão, Chiquinha Gonzaga e Haroldo Francisco.
Direção musical de João Silva, acordeons de Samburico e Pereira, destaque para “Pra tirar coco” de Beto sem Braço, Jorginho Saberás e Bevilaqua, na voz de Eliane; e para “Morena praiera” de Manoel Euzébio, Therezinha Ribeiro e Nevinha, na voz de João Silva.
Coletânea – Forró com malícia
1980 – RCA
01. Pra tirar coco (Beto sem Braço / Jorginho Saberás / Bevilaqua) Eliane
02. É vaidade (João Silva / Simones / Rubens Bastos) João Silva
03. O penteado (A coisa preta) (Zé Gonzaga / Pedro Maranguape) João Jorge
04. Velha choupana (Elias Soares / Eduardo Jorge / Yarô) Elias Soares
05. Pareço mas não sou (João Silva / Adolfo da Modinha) André do Rojão
06. Forró no Ceará (Zé Gonzaga / Pedro Maranguape) João Jorge
07. Pobre cantador (Luiz Gonzaga / João Silva) João Silva
08. O papo (Geraldo Nunes) João Silva
09. A tramela (Haroldo Francisco / Ângelo Rosário / Moacyr M. M.) Haroldo Francisco
10. Dó maior (João Silva / Adolfo da Modinha / Paulinho Brandão) João Silva
11. Vida fácil (João Silva / Hamilton / Nevinha) Chica Gonzaga
12. Morena praiera (Manoel Euzébio / Therezinha Ribeiro / Nevinha) João Silva
13. Kojak do pirulito (Haroldo Francisco / Aloísio Silva / Artur de Moura) Haroldo Francisco
14. Tá tudo caro (Elias Soares / Yarô / Eduardo Jorge) Elias Soares
Colaboração do Arievaldo Viana, que enviou o disco e o comentário a seguir.
“A carreira de Chiquinha Gonzaga começou em 1952-53, na antológica temporada dos ‘sete Gonzagas’ nas rádios Tupy-Tamoio, fazendo vocais ao lado do irmão famoso Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, do pai Januário e dos irmãos, Zé, Severino, Socorro e Aluisio.
Apesar do seu inegável talento como cantora e letrista, sua obra é muito pequena… Só conheço dois LP’S (um deles ao lado de Severino) e dois CD’s, um dos quais este que foi produzido por Gilberto Gil.
Entretanto, vale ressaltar que a qualidade de sua pequena obra é ilimitada… No disco de estréia, ela conta com a participação especial de João Silva fazendo gracejos em algumas faixas, com seu impagável bom humor.
Recentemente, ela se apresentou no ‘Centro de tradições nordestinas’ – CTN, a tradicional ‘Feira de São Cristóvão’, em evento promovido pelo forrozeiro Marcus Lucena, o ‘Cantador dos 4 Cantos’, atual diretor da Feira. Foi durante as comemorações dos 20 anos de falecimento do Rei do Baião.
Atualmente, Chiquinha mora em Recife-PE e ainda está em plena atividade. Seu CD mais recente, coisa rara no mercado, tem participação especial do sobrinho JOQUINHA GONZAGA. Alguém sabe onde achar essa maravilha?…”
Referindo-se à faixa ‘Tirar da solidão’, de Chiquinha Gonzaga e Julinho, Arievaldo ainda disse:
“Esta é, com certeza, uma das melhores faixas do disco… Chiquinha botou letra numa antiga melodinha de Julinho. O título original era ‘Revendo Itapajé’. Na versão de Chiquinha Gonzaga passou a se chamar “Pra me tirar da solidão”. Show de bola!!!”
Chiquinha Gonzaga – Pronde tu vai, Luiz
2002
01 – Pronde tu vai, Luiz? (Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
02 – Nação dos Cariris (Miguel Morais)
03 – Vamos embora (Marílio Rodrigues – Zaca Gonzaga)
04 – Vai ser de lascar o cano (Chiquinha Gonzaga – Sérgio Gonzaga)
05 – Granjeiro (Adolfinho – Chiquinha Gonzaga – Manoel Serafim – Severo)
06 – Velho novo Exu (Luiz Gonzaga – Sylvio M. de Araújo)
07 – Amor no coração (Chiquinha Gonzaga – Zaca Gonzaga)
08 – Ingratidão (Chiquinha Gonzaga – Joaquina Gonzaga)
09 – Sá Mariquinha (Anazili Gonzaga – Chiquinha Gonzaga)
10 – Benzinho (Anazili Gonzaga – Sérgio Gonzaga)
11 – Tirar da Solidão (Chiquinha Gonzaga – Julinho)
12 – Quero ver você voltar (Chiquinha Gonzaga – Zé mota – Pedrinho do Acordeon)
13 – No balançar (Chiquinha Gonzaga – Toinho Serrinha)
14 – Fama de valente (Chiquinha Gonzaga – Tacyo Carvalho)