Anastácia – Tem que mexer pra adoçar

Lucinete Ferreira, compositora e cantora nasceu em Recife PE em 30/05/1941. Começou a se interessar por música aos sete anos, quando costumava acompanhar um cantor de coco do bairro de Macaxeira, onde morava. Já como profissional, de 1954 a 1960, cantou na Rádio Jornal do Comércio de Pernambuco, indo depois para São Paulo – SP.

Participou de shows no interior de São Paulo, primeiro com a Caravana do Peru que Fala, de Sílvio Santos, e em seguida com Venâncio e Corumba. Contratada pela Chantecler, em 1960, gravou seu primeiro compacto duplo com as músicas Noivado longo (Max Nunes), Chuleado, A Dica do Deca e Forró fiá (Venâncio e Corumba). Sua primeira composição gravada foi Conselho de amigo (com Italúcia), interpretada por Noite Ilustrada, em 1963.

Nos anos seguintes gravou quatro LPs pela Continental, com boa aceitação no Nordeste. Em 1968, ao participar do programa Noite Impecável, de Luís Gonzaga, na TV Continental, do Rio de Janeiro RJ, conheceu o acordeonista Dominguinhos, que se tornou nesse mesmo ano seu parceiro, inicialmente em Um Mundo de amor, que concorreu ao Festival de Música Regional Nordestina, promovido em 1969 pela TV Bandeirantes, de São Paulo, e ainda De amor eu morrerei (que tirou o segundo lugar), ambas defendidas por Marinês.

Levada por Luís Gonzaga para a RCA, gravou em selo Calb o LP Caminho da roça, em 1969, disco do qual participou cantando em duas faixas: Minha gente, eu vou-me embora (Antônio Barros) e Feira de pobre (Oneldo Almeida). Em 1970 lançou um LP só com músicas suas, Canto do sabiá, e gravou, no LP Festival nordestino, duas faixas de sua autoria em parceria com Dominguinhos: De amor eu morrerei e Um Mundo de amor.

Em 1971 lançou outro LP, com músicas suas, Torrão de ouro. Suas composições de maior sucesso são Eu só quero um xodó (com Dominguinhos), que alcançou enorme sucesso na interpretação de Gilberto Gil, e teve mais de 20 gravações; De amor eu morrerei, gravada por Gal Costa em 1974, e Amor que não presta não serve pra mim, gravada por Angela Maria também em 1974. Em 1994 Gilberto Gil regravou Tenho sede (parceria com Dominguinhos) no CD Unplugged, pela Warner. Com mais de 30 LPs gravados, Anastácia é uma instituição viva do forró e continua se apresentando em shows.

Fonte: Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Editora, 2000.

Produção da própria Anastácia, que divide os arranjos com Oswaldinho, que gravou as sanfonas do disco. Zabumba de Dió de Araújo, pandeiro de Zezum e triângulo de Zequinha.

Anastácia – Tem que mexer pra adoçar
1988 – CID

* 01. Tenho muito gás (Anastácia – Zezum)
* 02. Olha eu outra vez (Anastácia – Cyro)
* 03. Pra machucar (Anastácia – Liane)
* 04. Passa lá em casa (Anastácia – Renato Moreno)
* 05. Quero te dar vida (Anastácia – Zezum)
* 06. Beijo de mel (Anastácia – Domingos Nogueira)
* 07. Jogo de cintura (Anastácia – Jorge Mello)
* 08. Tem que mexer pra adoçar (Anastácia – Zezum)
* 09. Fricoteiro do amor (Anastácia – Domingos Nogueira)
* 10. Saudade roedeira (Anastácia – Renato Moreno)
* 11. Gosto de verdura (Anastácia – Liane)
* 12. Reforma agrária (Renato Moreno – Manoel Vicente)

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Trio Mossoró – O melhor do Trio Mossoró

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Na época que comprei esse LP, eu estava procurando a música “Forró do velho Inácio”, ainda não conhecia nada do Trio Mossoró e esse disco com os sucessos é um pouco mais fácil de se achar do que os originais. Para minha felicidade o álbum tem mais algumas pedradas e com ele, aos poucos, fui começando a conhecer a obra do Trio.

“No primeiro dia de maio de 1955, era inaugurada a ‘Princesinha do nordeste’, Rádio Tapuyo de Mossoró. Naquele mesmo dia iniciava cantando, atendendo pedido de Canindé Alves, Oséas Lopes e mais tarde o Trio Mossoró, ao lado de seus irmãos João Batista e Hermelinda. Agora passados 25 anos quando a Rádio Tapuyo comemora sua boda de prata o Trio Mossoró grava esse LP, que traz o título: O melhor do Trio Mossoró, em homenagem à sua cidade, sua gente e a tão querida Rádio Tapuyo nos seus vinte e cinco anos.” (Palavras de Oséas Lopes, extraídas da contra capa)

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Direção artística de Aramis Barros, direção de produção de Oséas Lopes, arranjos do Maestro Chiquinho, gravado em 16 canais no rio de Janeiro – RJ. Destaque para o Pout pouri: “O canto de outrora – Êta coração” e para “Esse não me mata”, todas de Antonio Barros.

Trio Mossoró – O melhor do Trio Mossoró
1980 – CID

#01.

  • O canto de outrora (Antonio Barros)
  • Êta coração (Antonio Barros)

#02.

  • Quero te agradar (Antonio Barros)
  • Era fogo (Cecéu)

#03. Forró do velho Inácio (Cecéu)
#04. Êsse não me mata (Antonio Barros)
#05. Por amor demais (João Mossoró – Gebardo Moreira)
#06. Despedida (João Mossoró)
#07.

  • Rompeu aurora (Antonio Barros)
  • São João chegou (Cecéu)

#08. Mais uma ilusão (Antonio Barros)
#09. Quando tá eu e você (Cecéu)
#10. Tem mais gente (Demetrio Silva – Reinaldo Fernandes)
#11. Praça dos seresteiros (Antonio Barros – Oséas Lopes)
#12. Carcará (João do Vale – José Candido)

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Baiano e Os Novos Caetanos – Baiano e Os Novos Caetanos

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Baiano e os Novos Caetanos é o nome de um trio musical e humorístico composto por Chico Anysio, Arnaud Rodrigues e pelo guitarrista Renato Piau, satirizando no nome Caetano Veloso e o conjunto Os Novos Baianos. O nome e a idéia dos personagens surgiu da revolta que a prisão e o exílio de Caetano e Gilberto Gil causaram em todo o meio artístico.

Servia como sátira, mas era também uma homenagem a dois artistas cuja prisão não pôde ser noticiada decentemente nos jornais nacionais, devido à censura. Letras divertidas e engajadas e um instrumental de primeira, com belos arranjos de violões, sanfonas e cavaquinhos, transitando por vários ritmos, entre eles, o forró.

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Esse LP foi gravado ao vivo e lançado em 1974 para aproveitar o sucesso dos personagens Baiano e Paulinho, criados por Chico Anysio e seu maior parceiro, o cantor, compositor, ator e humorista Arnaud Rodrigues. O grupo Baiano & Os Novos Caetanos fazia suas aparições no ‘Chico City’, programa exibido na TV Globo de 1973 a 1980.

Atitudes como essa ajudavam a transmitir a mensagem nas entrelinhas. Versos como ‘Amo a mata, porque nela não há presos’, ‘o medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição, os juros, o fim, nada de novo… a gente de novo só tem os sete pecados industriais’ eram carregados de denúncias sociais, neles a fome, a opressão, a censura.

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Por falar em censura, uma das músicas mais conhecidas da dupla é “Vou batê pá tu”, que fala da figura do delator, também conhecido como cagueta ou dedo de veludo e a música “Urubu Tá com Raiva do Boi” era uma crítica à situação econômica do país e ao falso milagre econômico brasileiro. Destaque para a faixa “Selva de feras”, regravada em 2001 pelo Trio Virgulino.

Baiano e Os Novos Caetanos – Baiano e Os Novos Caetanos
1974 – CID

* 01. Vô bate pá tu (Arnaud Rodrigues – Orlandivo)
* 02. Nêga (Arnaud Rodrigues)
* 03. Cidadão da mata (Arnaud Rodrigues – Chico Anízio)
* 04. Urubu tá com raiva do boi (Geraldo Nunes – Venâncio)
* 05. Aldeia (Arnaud Rodrigues – Chico Anízio)
* 06. Ciranda (Adapt: Arnaud Rodrigues – Chico Anízio)
* 07. Folia de Rei (Arnaud Rodrigues – Chico Anízio)
* 08. Veio Zuza (Arnaud Rodrigues – S. Valentim – Chico Anízio)
* 09. Selva de feras (Arnaud Rodrigues – Orlandivo)
* 10. Tributo ao regional (Arnaud Rodrigues – Chico Anízio)
* 11. Dendalei (Arnaud Rodrigues – Chico Anízio)

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Coletânea – Isto é que é forró

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Quatorze faixas, quantidade incomum nos vinis, porém, melhor pra gente, não? Aqui temos músicas gravadas por Camarão, Zé Paraíba, Trio Nordestino, As Cangaceiras, Zé do Peba, Zé Cupido, Renato Leite, Luiz Sérgio e Adolfinho e sua 8 baixos.

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Várias instrumentais e algumas cantadas, um disco bem pra frente.

Das músicas cantadas, destaque para “Meu pião”, com As Cangaceiras e dentre as instrumentais, destaque para “Tex” gravada pelo Camarão”.

Coletânea – Isto é que é forró
1993 – CID

01. Forró no escuro – Zé Cupido (Luiz Gonzaga)
02. Forró em Limoeiro – Luiz Sérgio (Edgar Ferreira)
03. Forró do Trio Nordestino – Trio Nordestino (Toninho do Acordeon)
04. Forró perigoso – Zé do Peba (Luiz do Acordeon – Zé do Peba)
05. Meu pião – As cangaceiras (Zé do Norte)
06. Mirador – Adolfinho e sua 8 baixos (Leticio Vieira – Adolfinho)
07. Eu sou eu – Zé do Peba (Zé do Peba – Marizete de Oliveira)
08. Tex – Camarão (Camarão – Solon Cabral)
09. Forró de Mané Vito – Zé Cupido (Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
10. É proibido cochilar – As cangaceiras (Antonio Barros)
11. Forrozando – Camarão (Camarão – Rato Hi-fi)
12. Forró do bizerrão – Renato Leite (Renato Leite)
13. Forró quentão – Zé Paraíba (Zé Paraiba)
14. Forró pra barão – Camarão (Camarão)

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Luizinho Calixto – Tocando com amor

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Luizinho Calixto nasceu na cidade de Campina Grande, filho de Maria Tavares Calixto e de João de Deus Calixto, o seu Dideus. Como os irmãos mais velhos, os conhecidos Zé, Bastinho e João Calixto, Luizinho aprendeu a tocar o fole de 8 baixos ainda criança. Ganhou do irmão mais velho, o Zé, a primeira sanfona, e logo se apresentou no programa de rádio da cidade, “Forró de Zé Lagoa”.

Com a mudança dos irmãos para o Rio de Janeiro e as dificuldades financeiras aumentando, o sanfoneiro passou a trabalhar em outros meios e deixou os estudos de lado. Um dia, Jackson do Pandeiro, amigo de longa data de seu Dideus, foi a Campina Grande, escutou Luizinho e aconselhou os pais a mandarem o filho mais novo para o Rio de Janeiro.

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Em 1975, no Rio de Janeiro, Bastinho Calixto chamou o irmão para gravar o primeiro disco, entitulado “Vamos dançar forró”, com o qual sairam em turnê pelo país. Ainda no Rio, conheceu o apresentador da Rádio Globo Adelson Alves, e tocou ao vivo no programa, sendo acompanhado pelo pandeiro mágico de Jackson.

Luizinho morou no Rio de Janeiro por seis anos. Dois anos após voltar a Campina Grande, conheceu Fortaleza, onde teve a oportunidade de tocar acordeon para o rei do baião, Gonzagão, que o aconselhou a seguir carreira no instrumento e o presenteou com a sanfona com que tocou pela última vez. (texto retirado do site Festival Jazz & Blues)

Luizinho Calixto – Tocando com amor
CID – 1980

01. Tocando com amor (Luizinho)
02. Homenagem a Pedro Chulé (Luizinho – Zé Pretinho)
03. Nêga vem cá (Bastinho Calixto – Ana Paula)
04. Enigmático (Altamiro Carrilho)
05. Bem pé de serra (Dominguinhos)
06. Toque se puder (Dominguinhos)
07. Você é meu xodó (Luizinho)
08. Bem machucadinho (Genário)
09. Cheirinho do povo (Luizinho)
10. Jóias do nordeste (Zé Calixto – Truvinca)
11. Baile no brejo (Bastinho Calixto)
12. Embrulhei e mandei (Luizinho)

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Zé da onça – Forró danado

Não podíamos deixar de postar um disco com aquelas músicas instrumentais que todo sanfoneiro costuma saber, essas músicas já foram gravadas e regravadas por tanta gente que fica difícil saber quem foi o primeiro. Certamente não foi o artista de hoje.

Ivo Amaral, conhecido como Zé da onça, instrumentista, compositor e cantor. Nascido em 1933 em Garanhuns – PE. Migrou de sua terra natal nos anos 50, passando por São Paulo até chegar no Rio de Janeiro, passou por maus bocados até conseguir trabalho no Hospital Miguel Couto.

Um dos músicos fundadores da feira de São Cristóvão, do Rio de Janeiro, por volta da década de 50 e início dos anos 60, tocou em muitas praças do Rio, quando passava o pandeiro para recolher algum dinheiro.

Chegou a tocar com Luiz Gonzaga, com quem se apresentou durante oito anos e teve composições regravadas por Nóca do Acordeon, Adolfinho e Manhoso. Gravou 6 LPs, 4 CDs e se apresentou em diversos programas de rádio e televisão. Zé da Onça é apontado, como um dos mais autênticos forrozeiros, em atividade no Rio de Janeiro. Atualmente, durante a semana, nos intervalos dos shows dos fins de semana, trabalha afinando sanfonas.

Zé da onça – Forró danado
1982 – Cid

01. Forró alegre (Amadeu Alves – Antonio Sobrinho)
02. O sanfoneiro só tocava isso (Haroldo Lobo – Geraldo Medeiros)
03. Forró na fazendinha (Assis Barros)
04. Dançando mazurca (José Caldas)
05. Cavalo manco (Elias Salomão)
06. Fim de festa (Zito Borborema)
07. Forró do Zé do fole (Ernesto Pires)
08. Não pise no meu calo (Raimundo Mundola)
09. Forró em Goiânia (João Bezerra)
10. Alegria do sertão (Raimundo Mundola)
11. Forró sem briga (Amadeu Macedo – Garcia Santos)
12. Arrasta pé no brejo (Elias Salomão)

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