Uma coletânea muito especial pois reúne grandes ícones do nosso forró.
Participam da coletânea: Adelmário Coelho, Alcymar Monteiro, Anastácia, Antonio Barros, Assisão, Cecéu, Chambinho, Elba Ramalho, Flávio José, Flávio Leandro, Fulô de Mandacaru, Genival Lacerda, Geraldinho Lins, João Lacerda, Joquinha Gonzaga, Jorge de Altinho, Leonardo de Luna, Maciel Melo, Mayra Barros, Nádia Maia, Nando Cordel, Petrúcio Amorim, Quinteto Sanfônico do Brasil, Raimundinho do Acordeon, Santanna, Targino Gondim e Waldonys.
Coletânea – Forró, festa e São João
2018
01 Brincadeira na fogueira (Antonio Barros)
02 Naquele São João (Antonio Barros)
03 É madrugada (Antonio Barros)
04 Balão proibido (Alcymar Monteiro)
05 Arraiá da capitá (Alcymar Monteiro)
06 Pra que fogueira (Antonio Barros)
07 Nas noites de São João (Targino Gondim – Carlinhos Brown)
08 Deixa clarear (Jorge de Altinho – Joãozinho Solares)
09 Não vou chorar (Antonio Barros)
10 Rompeu aurora (Antonio Barros)
11 São João do Araripe (Flávio Leandro – Joquinha Gonzaga – Cissa Leandro)
12 Esquenta moreninha (Assisão)
13 Bom demais (Jorge de Altinho)
14 Sou São João (Targino Gondim – Antonio Barros – Cecéu – Carlinhos Brown)
15 Um verdadeiro amor (Flávio José)
Destaque para “Paraíba apaixonado” de Cecílio Nena e Genival Lacerda.
Flávio Leandro – O Poeta Cantador
2014
01 Velho carro (Flávio Leandro)
02 Problema seu (Flávio Leandro)
03 Meia porta (Flávio Leandro)
04 A letra do tempo (Elmo Oliveira – Flávio Leandro)
05 Voltei (Bosco Carvalho)
06 Salve simpatia (Davi Leandro)
07 Puliça (Flávio Leandro)
08 Flor de Croatá (João Silva)
09 No teu abrigo (Flávio Leandro)
10 Paraíba apaixonado (Cecílio Nena – Genival Lacerda)
11 Assim não dá (João Sereno – Manuca Almeida – Lú Almeida)
12 Nordestinês (Flávio Leandro)
13 No estalo do dedo (Flávio Leandro)
14 Quero ter você (Pekim – Mourão)
15
Pedras que cantam (Dominguinhos – Fausto Nilo)
Depois da derradeira (Dominguinhos – Fausto Nilo)
Alegria de Pé de Serra (Anastácia – Dominguinhos)
Isso aqui tá bom demais (Dominguinhos – Nando Cordel)
16 Fim de festa (Flávio Leandro)
Colaboração do Paulo Vanderley, do site Luiz Lua Gonzaga
Uma fantástica coletânea publicada em uma caixa com 03 CDs, que reúne vários dos grandes forrozeiros da nossa história, assim como novos talentos que trabalham pra sustentar atualmente o forró tradicional.
Acima as capas do “Viva Santo Antônio”
Acima as capas do “Viva São João”
Acima as capas do “Viva São Pedro”
Realmente essa é uma publicação para colecionadores, vale a pena ter um exemplar na prateleira.
Coletânea – Pernambuco forrozando para o mundo
2012 – Passadisco
Disco 01 – Viva Santo Antônio
01 Senhora da minha alegria (Dominguinhos – Xico Bizerra) – Dominguinhos e Waldonys
02 Se tu quiser (Xico Bizerra) – Elba Ramalho
03 De mala e cuia (Flávio Leandro) – Flávio Leandro
04 De domingo a domingo (Beto Hortis) – Beto Hortis
05 Só vou de mulata (Gordurinha) – Maciel Melo – Dominguinhos
06 Mucunã (Guilherme Medeiros) – Renata Rosa
07 Sina de passarinho (Tonzinho – Bruno Lins – Manoel Filó) – Fim de Feira
08 Buliçoso (Arlindo dos oito baixos) – Spok e Arlindo dos oito baixos
09 Arte verdadeira (Herbert Lucena – Helder Isaac) – Azulão e Dominguinhos
10 Canção adomingada (Xico Bizerra – Beto Hortis) – Liv Moraes
11 Fumando mais Tonha (Zé da Flauta) – Jacinto Silva
12 Mestre Salu (Sérgio Ferraz) – Sonoris Fábrica
13 Pra não ter mais fim (Nena Queiroga) – Nena Queiroga e Dominguinhos
14 Cacimba (Anchieta Dali – Abdias Campos) – Anchieta Dali e Jorge de Altinho
15 Luz do Baião (Cláudio Rabeca – José Mauro de Alencar) – Cláudio Rabeca
16 Domingos (Carlos Villela – Xico Bizerra) – Chambinho
Disco 02 – Viva São João
01 Fulo ingrata (Zé Dantas) – Dominguinhos
02 Saudade imprudente (Zé Marcolino) – Leda Dias
03 Coco viajado (Herbert Lucena – Paulo Carvalho – Cristiane Quincas) – Herbert Lucena
04 E ai, seu Domingos (Cezzinha) – Cezzinha
05 Baião de nos dois (Petrucio Amorim – Rogério Rangel) – Petrucio Amorim e Dominguinhos
06 Caruaru é Roma pegando fogo (Carlos Fernando) – Adryana BB
07 O que passa (Climério de Oliveira) – Chá de zabumba
08 A feira de Caruaru (Onildo Almeida) – Claudio Almeida
09 A rede véia (Luiz Queiroga) – Dudu do Acordeon e Dominguinhos
10 Seu Domingos (Flávia Bittencourt) – Flávia Bittencourt
11 Bodo Bodocó (João Silva – Zé Maria Marques) – João Silva
12 Radistae (D.P.) – Eddie
13 A poeira e a estrada (Claudio Almeida – Maciel Melo) – Irah Caldeira e Dominguinhos
14 Retrato do Nordeste (Joquinha Gonzaga – Zé Peixoto – Di Jesus) – Joquinha Gonzaga e Dominguinhos
15 Puxe o fole sanfoneiro Dominguinhos tocador (Téo Azevedo) – João Cláudio Moreno
16 Dominguinhos (Sandro Haick – Renato Loyola) – Sandro Haick e Dominguinhos
Disco 03 – Viva São Pedro
01 Sertanejo forçado (Zé Marcolino) – Dominguinhos
02 Confidências – Devagar – Meu ex-amor (Petrucio Amorim – Jorge de Altinho) – Cristina Amaral
03 Quixabinha (Anchieta Dali – Josildo Sá) – Josildo Sá
04 Um abraço pra Dominguinhos (Luizinho Calixto) – Luizinho Calixto
05 Forró na gafieira (Silverio Pessoa) – Silverio Pessoa e Dominguinhos
06 A dança do dia a dia (Flávio Leandro) – Santanna e Elba Ramalho
07 Todo dia (Rafael Beibi) – Quinteto Dona Zaíra e Dominguinhos
08 Encruzilhada (Jefferson Gonçalves – Renier Oliveira – Beto Lemos) – Jefferson Gonçalves
09 Um sonhador marginando (Jesser Quirino) – Jesser Quirino e Dominguinhos
10 Claridádiva (Zeh Rocha – Xico Bizerra) – Geraldo Maia
11 Desabafo de artista (Walmir Silva) – Walmir Silva
12 Baião experimental (Luciano Magno) – Luciano Magno e Dominguinhos
13 Querer (Adelson Viana – Paulo Viana) – Adelson Viana e Dominguinhos
14 Saudade da boa (Accioly Neto) – Accioly Neto
15 Café sem açucar (João do Pife) – João do Pife e Banda Dois Irmãos
16 Lua Brasil (Xico Bizerra) – Dominguinhos
Para baixar esse box com os 03 discos, clique aqui.
Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.
“Candeeiros e Neons são cúmplices da luz, cada qual ao seu modo. Se um reluz menos, compensa seu menos-brilhar com o sentimento da saudade, da lembrança, do romantismo. Se mais o outro brilha, sua luz se confunde com clarões outros, tão intensos e modernos quanto a dele, difundindo-se. Mas, ao final, cumprem a mesma função de desescurecer o que claro deve estar, num terreiro do sertão ou num asfalto da metrópole.
A luz deles emanava e emana, antes e agora. O tradicional evolucionou para o moderno, com deslocamentos graduais e harmônicos, sem perder sua característica principal e sem desvirtuar o objetivo essencial do iluminar. Apenas evoluiu, transformou-se acompanhando seu tempo, modernizando-se, mas mantendo o elemento físico contra o qual se dirigem suas operações: A LUZ. O raio do novo, a luminosidade do luzente, a claridade de um sol recente depois da espessa e densa neblina da escuridão.
O Candeeiro é SIMPLES e TRADICIONAL. O Neon é MODERNO, é SOFISTICADO. Buscamos, em quase 200 horas de estúdio e com o apoio de 58 pessoas diretamente envolvidas no processo – intérpretes, compositores, músicos, técnicos, arranjadores, produtores, designer gráfico, tornar confluentes esses conceitos antagônicos, promovendo a convergência do tradicional, representado pelos ritmos nossos, com o moderno, vestindo-os com um figurino atualizado. As canções, simples e sem maiores complexidades melódico-harmônicas, plenamente entendível para qualquer ouvido, se revestem de sofisticação – sem a presunção que o termo sugere, mas consciente do cuidado na elaboração dos arranjos e nas escolhas que fizemos para a consecução de cada uma delas.
Não sei se é um disco de forró, embora alguns deles aqui estejam. Talvez melhor classificá-lo como um disco de música regional, ou, simplesmente de um disco. Só. De um disco que não envergonharia àquele a quem dedico o trabalho: TOINHO ALVES, pela competência, pelo talento e por tudo que representou para a nossa Música, além de reunir em sua obra todos os conceitos que dão sustentação a esse trabalho. Ele também era tradicional e moderno, simples e sofisticado. Por isso era tão bom, por não se render à acomodação da mesmice, ao pé fincado apenas no ontem, sem o coração no hoje, sem a alma no amanhã, sem a crença no sempre.
Aí está o CANDEIROS e NEONS. Devem ser acendidos sem preconceitos. E que a luz que deles advir resulte no despertar da importância da arte na consolidação de nossa Nordestinidade. Ontem, hoje e sempre.
XICO BIZERRA, numa noite de um quase Outubro do ano 10, vendo uma estrela passear sobre o mar do Recife, refletindo na alma de quem vê sua LUZ o desejo de que os homens sejam do bem, de que o mundo seja melhor, de que os dias sejam de paz. E será.”
01. Cores da alegria (Xico Bizerra – Maria da Paz) Irah Caldeira
02. Pano do dia um (Xico Bizerra – Maciel Melo – Zeh Rocha) Maciel Melo
03. Estrada longa (Xico Bizerra – Bráulio Medeiros) Cezzinha e Elba Ramalho
04. Santa Trindade (Xico Bizerra – André Macambira) André Rio
05. Eu e nós (Xico Bizerra – André Macambira) André Macambira
06. Hoje tem forró (Xico Bizerra – Fábio Passadisco) Silvério Pessoa
07. Ciço e Luzia – Uma opereta matuta (Xico Bizerra – Carlos Villela) Xangai e Bia Marinho
08. Festa das cores (Xico Bizerra – Maria da Paz) Cristina Amaral
09. Claridádiva (Xico Bizerra – Zeh Rocha) Geraldo Maia
10. Pise de mansinho (Xico Bizerra – Luiz Gonzaga) (Parc Póstuma) Santanna
11. Domingos (Xico Bizerra – Carlos Villela) Nena Queiroga
12. O romance do fole com a viola (Xico Bizerra) Zé Brown e Xico Bizerra
13. Noites do meu lembrar (Xico Bizerra – Carlos Villela) Carlos Villela
14. Baião das cores (Xico Bizerra – Carlos Villela) Flávio Leandro
15. O longe é perto (Xico Bizerra) Edilza Aires e Bárbara Aires
16. Olinda, Holanda (Xico Bizerra – Toinho Alves) Toinho Alves e o Quinteto Violado
“Em dia claro, dos sertões do Ceará, dos sertões de Pernambuco, de muitas léguas avista-se a Serra do Araripe. Percebe-se, inicialmente, apenas uma linhazinha azulada, de um azul mais carregado, estendida aos pés do céu. A partir desse vislumbre, e em se navegando rumo a ela, a linhazinha anilada vai engrossando, engrossando, até assumir o perfil decorativo do planalto que, silhuetado contra a linha do horizonte, interrompe o vazio da paisagem”. José Peixoto Júnior (BOM DE VERAS E SEUS IRMÃOS)
… DE TABOCA A RANCHARIA, DE SALGUEIRO A BODOCÓ …
Em 1946 foi gravado o primeiro baião, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, por 4 Ases e um Curinga, pelo selo Odeon, cuja letra dizia, “Eu vou mostrar pra vocês / Como se dança o baião …” .Desde então, sessenta anos se passaram.
Consta na Certidão de Nascimento do Baião o Araripe como sua terra natal. Não por acaso. Foi lá também que surgiu o seu Rei e inventor, Luiz Gonzaga do Nascimento. Daí, seguiu para o resto do mundo, entronchando e desequilibrando o eixo da MPB e encantando quem o ouve e quem o dança, esse que é o som mais genuinamente brasileiro que existe.
Esse trabalho é uma homenagem, singela diante da dimensão do seu inventor, que prestamos ao Baião. Mais que isso, fomos buscar no Araripe os seus intérpretes, porque eles, mais do que ninguém, são irmãos do baião.
Se perceberá, nesse disco, ao lado do instrumental básico e típico – triângulo, zabumba, agogô e sanfona, a utilização de violas, o que se justifica ante a história do Baião, que se originou da forma especial de os violeiros tocarem lundus na zona rural nordestina.
E quem quiser aprender, basta só prestar atenção …
XICO BIZERRA, outubro de 2006
Esse Baião é pra gente sorver em pequenos goles, passando a língua nos beiços e estalando, como quando se bebe uma boa cachaça, envelhecida, forte, daquelas que o sabor da cana de açúcar reflete desde o suor do canavieiro a lhe molhar a face, até o pingar pachorrento do precioso líquido nos alambiques de cobre azinhavrado.
De resto, deixe a poesia invadir sua alma na beleza dos versos que só um iluminado como o poeta Xico Bizerra é capaz de nos proporcionar.
Paulo Carvalho, Médico e Fotógrafo, em Setembro/2006
Cada época, cada tempo, cada geração e cada recanto desse mundo peculiar é rico, riquíssimo, no surgimento de novas vocações para as artes, para a exaltação do belo e para a celebração, através da transformação da realidade, da luxuriosa fartura que Natureza botou graciosamente à disposição das vistas privilegiadas de nós outros, os cidadãos do Nordeste Brasileiro.
Xico Bizerra é uma cabra malassombrado da bixiga lixa, um doido, um retratista, um cangaceiro romântico, um poeta da gota serena que entope os ares do mundo com a magnificência de suas composições, ricamente emolduradas pelas vozes que as interpretam.
É com uma felicidade inominável, com o peito cheio de alegria, que saúdo essa trajetória luminosa e mágica que vai desde o reino encantado de Novo Exu até as fronteiras do resto do mundo e adjacências!
Eita titulação da bobônica. Um manifesto de luz e de beleza, escritinho.
Vai cumprir tua sina, Xico, de botar mais beleza nesse mundo e colorir, com tuas músicas, as telas povoadas pelos homens, os cantos, os recantos, os bichos, os matos, as caatingas, as beiradas de praia e os ares dessa Nação Nordestina.
Que a Besta Fubana te bafeje sempre com Sua bem-querença.
Luiz Berto, Escritor, em Setembro/2006
Não sou capaz de identificar nenhuma nota musical (nem no papel, nem no ouvido), não toco nenhum instrumento, tentei sino quando era coroinha e mesmo assim não consegui entrar no compasso. Também não sei dançar. Mas pediu-me Xico Bizerra pra ouvir as músicas do novo disco que está finalizando e, por escrito, lhe dar uma resposta.
Como sou bem mandado, ouvi tudo na condição de velho ouvinte de rádio e ali, Xico e o rádio me transportaram para além daquela serra de onde veio este caririzeiro elegante, porte de guerreiro gaulês, com esperança e sinceridade no olhar, a generosidade transbordando num jovem coração de poeta.
O “REINO ENCANTADO DO NOVO EXU” é o clarear do relâmpago, o ribombar do trovão e a sonora das cachoeiras descendo ladeira abaixo naquele colosso do Araripe, onde tudo deságua no Crato, a nave-mãe de Xico, esse caboclo chamado baião. É nesse “REINO ENCANTADO” que a gente vai acompanhando os passos do poeta nas trilhas dos “FORROBOXOTES” da vida, onde as suas canções nos dão asas de passarinho, para contemplarmos lá de cima a “linhazinha azulada” do seu Araripe.
Generosidade, poesia, melodia, tudo sertanejamente planejado, tudo generosamente dividido com os muitos amigos artistas, e cada um vai pintando, à sua maneira, mais um quadro desse mestre, onde todos nós somos retratados com tudo que temos de mais belo.
É assim que vejo (sempre) Xico Bizerra que não imita e não se parece com ninguém, só com ele mesmo. Deus certamente não se arrependeu, por tudo que lhe deu. A nós outros, resta-nos desejar-lhe vida longa, fazendo o bem e bem fazendo o que tem feito. Valeu poeta!
“Agora o mais novo disco do poeta cantador Flávio Leandro. Este pernambucando de Bodocó vem com seu mais novo trabalho, o disco “Cheiro de Nós”. Com lindas poesias por ele declamadas em forma de música, Flávio Leandro, como de costume, vem nos transmitindo belíssimas mensagens de paz e romantismo enraizado na matutês do nordestino.
É gratificante conferir este trabalho. Com destaque para a poesia ‘MSN’ na qual muitos irão pensar que é uma apologia ou crítica a uma página da internet, mas o nobre menestrel imaginou uma mulher com o nome de ‘Maria do Socorro Nunes – MSN’.”
Flávio Leandro – Cheiro de nós
2011
01 No teu abrigo (Flávio Leandro)
02 Cheiro de nós (Ilmar Cavalcanti – Nanado Alves)
03 Paraíba apaixonado (Genival lacerda – Cecílio Nena)
04 Carga pesada (Flávio Leandro)
05 MSN (Elmo Oliveira – Flávio Leandro)
06 Ispim de mandacaru (Gilber Roney – Flávio Leandro)
07 Nordestinês (Flávio Leandro)
08 Puliça (Flávio Leandro)
09 Vide vida marvada (Rolando Boldrin)
10 A dança do dia dia (Flávio Leandro)
11 Saudade de nós (Flávio Leandro)
12 Maria da roça (Flávio Leandro)
13 Grito de paz (Flávio Leandro)
Colaboração do Nilson Araújo, da Sala Nordestina de Música.
“Neste disco temos a pretensão de homenagear, modesta, mas sinceramente, o Rei Luiz e seus discípulos, seus seguidores. Trata daqueles que, a seu exemplo, grudam a sanfona no peito que nem a mulher amada, junto ao coração, e dela recolhem as notas plantadas no fundo do âmago e adormecidas no teclado da sanfona, ensinando-as os rumos da melodia, harmonizando-as pelo fio condutor da paixão.
De Sivuca a Chico de Odete, de Severino de Zé do Ubaldo a Dominguinhos, de Osvaldinho a Zé Calombo da Paraíba, nossa gratidão pelo bem que fazem ao sertanejo no resfolegar do fole, enchendo a carroceria da alma do povo de alegria, arejando com ventos aracatis as boléias dos corações e amenizando a saudade de quem, longe do seu torrão, pra lá se transporta na ‘escutação’ das teclas e baixos da sanfona. O aguamento do terreiro dos olhos, inevitável nesses momentos, é lágrima da boa, como diria o Poeta.
A eles todos que, ao gonzaguearem um xote ou um baião, banham a todos nós de emoção e bem-aventurança, devemos ser gratos pela belíssima arte do tocar. E a ele, ‘seu’ Luiz, Pernambucano dos séculos, inspirador-mor e muso de todos aqueles que se orgulham de ser forrozeiros, pela nobreza da causa, nossa modesta homenagem e sincera reverência.
XICO BIZERRA, numa noite de Novembro/08, escutando uma sanfona entre o brilhar da lua em sol maior e o faiscar de uma estrela sustenizada em fá, refletidas no mar azul de Candeias.”
Colaboração do Nilson Araújo, da Sala Nordestina de Música.
“Tentar homenagear Gonzagão é mais perigoso do que navalha amolada na mão de barbeiro míope. Isto porque qualquer reverência que se preste ao Rei do Baião, por maior que seja, ela será sempre muito pequena ante a grandiosidade de sua obra, à imensidão de seu perfil artístico, como cantor, como instrumentista, como homem, reconhecido do Oiapoque à Baixa da Égua, da Caixa-Prego ao Chuí, do Exu ao Mundo. Mas mesmo assim e modestamente, ousei fazê-lo, emboramente tenha me dado um esfriamento espinha abaixo, pela responsabilidade.
Como não sou besta – embora dele possa até ter a cara, botei os pés na carreira, feito sangria desatada, fui na bodega de prateleiras sortidas de talento e enchi balaios e caçuás com grandes cantadores dessa Nação Nordeste, a eles entregando um pote cheio de canções: a cada tibungar do caneco, a acontecência de xotes, baiões, todas, arrasta-pés e sambas de latada. Em alguns casos, além de malinar as palavras, babosear os motes e escruvitiar as rimas, atrevi-me a melodiar versos. Noutros, para a felicidade de todos e o bem geral do forró, tive a sorte de contar com parceiragens honrosas na do-re-mi-zação dos meus poemas: afago especial para Maria Dapaz, Flávio Leandro, Genaro, Bruno César e Ozi dos Palmares, parceiros musicais e afetivos, hóspedes do meu peito, do lado esquerdo. Como serviço que se preza só presta se for bem feito, convoquei uma seleção de tocador arretada: capitaneada por Mestre Genaro, se achegaram Quartinha, Raminho, Toninho, Wellington, Apolo, Adelmo, Bozó, Chico Botelho, Egildo, Dora e Walkyria. Não bastasse o enxerimento, convidei o Quinteto Violado e eles aceitaram. Esses músicos, todos eles, são vizinhos parede-e-meia dos cabras citados ne’stante, dentro do meu coração.
O disco taí: agora, resta a escutação. Espero que gostem, como eu gostei. Da primeira vez que o bicho bateu nas minhas oiças, ainda demo e antes de ir pra maternidade pra ser parido ‘de vera’, o terreiro dos meus ‘ói’ foi aguado a cada faixa; só que eu sou suspeito: tenho pelos músicos, pelos intérpretes e pelos parceiros um respeito muito grande, só menor do que o bem que quero a todos eles; pelo homenageado, mais que isso, tenho idolatria, pelas carradas de alegria transportadas na carroceria de sua alma, subindo e descendo os pés-de-serra da vida para acarinhar e sertanejar as boléias dos corações matutos.
Dedico este disco a ‘seu’ Luiz e a todos os irmãos do forró, que com fé e luta juntam suas mãos às minhas na guerrilha da paz, empunhando punhais de amor e fuzis de alegrias mil para preencher as trincheiras das nossas almas com forró, emoção e bem-querença das grandes.
XICO BIZERRA, em Dezembro de 2004″
Xico Bizerra – Forroboxote 04 – Cantadores da nação de Seu Luiz
2005
01 -Romeiros do destino- (Xico Bizerra) Israel Filho
02 -Pérolas de algodão-(Ozi dos Palmares/Xico Bizerra) Paulinho Leite
03 -Baião vagamundo-(Xico Bizerra) Flávio José
04 -Musa-(Genaro/Xico Bizerra) Dominguinhos
05 -Oração do sanfoneiro-(Xico Bizerra) Santanna, o cantador
06 -Bom de prosa-(Maria da Paz/Xico Bizerra) Petrúcio Amorim
07 -Farelim de nada-(Xico Bizerra) Maciel melo
08 -Chão dos amantes-(Maria da Paz/Xico Bizerra) Rogério Rangel
09 -Oceano do querer-(Maria da Paz/Xico Bizerra) Jorge de Altinho
10-Oferendar-(Flávio leandro/Xico Bizerra) Flávio Leandro
11-Toró de alegria-(Maria da Paz/Xico Bizerra) Joquinha Gonzaga
12-Esconderijo do amor-(Genaro/Xico Bizerra) Genaro
13-Fazedeira do amor-(Maria da Paz/Xico Bizerra) Anchieta Dali
14-Menina Bonita-(Bruno Cesar/Xico Bizerra) Ivan Ferraz
15-Aroma de alegria-(Xico Bizerra) Alcymar Monteiro
16-Lua Brasil-(Xico Bizerra) Quinteto Violado