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Jackson do Pandeiro – Cantando de Norte a Sul

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O áudio é uma colaboração do Arlindo e as capas são do DJ Viny, de Belo Horizonte – MG.

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“Em ‘Cantando de Norte a Sul’, Jackson do Pandeiro mostra que está em sua melhor forma, exibindo todo o seu talento. Com seu conjunto típico em que se notam instrumentistas da qualidade de Raimundo (acordeon), Arlindo e Artur (violões) e ainda excelentes valores no cavaquinho ou nos instrumentos de ritmo (bateria, zabumba, pandeiro, reco-reco) que alterna de acordo com o gênero executado, Jackson interpreta um número, entre outros, destinado ao maior sucesso: o xote de sua autoria feito de parceria com Elias Soares ‘Filomena e Fedegoso’, principal número musical de um filme brasileiro a ser estrelado ainda este ano.” (Trecho extraído da contra capa)

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O destaque fica para o côco “Meu veneno” de Jackson do Pandeiro, J. Bezerra e Mergulhão, música que seria regravada cerca de uma década mais tarde por outro de seus compositores, o Bezerra da Silva, essa é uma de suas primeiras composições.

Jackson do Pandeiro – Cantando de Norte a Sul
1961 – Philips

01. Filomena e Fedegoso (Jackson do Pandeiro / Elias Soares) xóte
02. Sem cabeça (Jackson do Pandeiro / Monsueto) baião
03. Meu veneno (Jackson do Pandeiro / J. Bezerra / Mergulhão) côco
04. Cacungaruquê (Jackson do Pandeiro / Pedro Melodia) samba
05. O trabalho que deu (Jackson do Pandeiro / Rosil Cavalcanti) rojão
06. Sabidinha (Jackson do Pandeiro / Nivaldo Lima) arrastapé
07. Cantiga da Perua (Jackson do Pandeiro / Elias Soares) rojão
08. Direitos iguais (Geraldo Figueiredo) samba
09. Zabumba (Rui de Morais e Silva / Joaquim Lima) baião
10. Semente do bem (Buco do Pandeiro / Geraldo Maia) rojão
11. Praia do Janga (Heleno Clemente / Almira Castilho) baião
12. Sanfona braba (José Benício Lima / Almira Castilho) rancheira

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Coletânea – Pau de Sebo vol.8

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Colaboração do Jorge Paulo, ou apenas, o “Bandeirante do Norte”, como era conhecido na época em que comandava programas de forró, no rádio e na televisão, nas décadas de 1960 e 1970, em São Paulo – SP.

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Para comemorar a chegada do mês de Junho e das festas juninas, publicaremos esse mês, algumas coletâneas compostas, na sua maior parte, por quadrilhas e arrasta-pés.

Esse disco, no caso, é a oitava edição da série “Pau de sebo”, lançada no início da década de 1970, foi o oitavo ano de sucesso crescente e aumento nas vendas dessa série. De maneira única essa série reuniu vários expoentes da música nordestina e com eles gravou músicas inéditas, composições que não foram lançadas em outros discos.

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Direção artística de Abdias, que reuniu nesse disco, personalidades como: Osvaldo Oliveira, Os 3 do Nordeste, Elino Julião, Abdias, Seu Pajeú, Jackson do Pandeiro e Messias Holanda.

Destaque para “Mensagem de amor” de Alventino Cavalcanti e Manoel Serafim, na interpretação d’Os 3 do Nordeste e para a única música que não é um arrasta-pé, “Adivinhação” de Jackson do Pandeiro e Edilio Fragoso, na voz de Jackson do Pandeiro.

Coletânea – Pau de Sebo vol.8
1974 – CBS

01. Outro batizado (Toninha / Ivanildo) Osvaldo Oliveira
02. Mensagem de amor (Alventino Cavalcanti / Manoel Serafim) Os 3 do Nordeste
03. Coração de ouro (João de Oliveira) Elino Julião
04. É isso aí Zé (Antônio Ceará / Zé Pacheco) Abdias
05. Cravo de urubú (João Gonçalves / Evand) Seu Pajeú
06. Adivinhação (Jackson do Pandeiro / Edilio Fragoso) Jackson do Pandeiro
07. Vou beijar você (João Gonçalves / Tupan) Messias Holanda
08. Santo Antônio, São Pedro e São João (Jackson do Pandeiro / Avelar Júnior) Jackson do Pandeiro
09. São João nas Alagoas (Anatalicio) Seu Pajeú
10. Meu caso é um xodó (Mourão / Reivan) Messias Holanda
11. Arrasta-pé em Gameleira (Antônio Ceará / Elias Soares) Abdias
12. Vamos pular (Parafuso / Antônio Ceará) Os 3 do Nordeste
13. Relampiou (D. Martins / Clarinha Rodrigues) Elino Julião
14. Banho de cheiro (Toninha / Ivanildo) Osvaldo Oliveira

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Jackson do Pandeiro – Tem Jabaculê

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Colaboração do José de Sousa, natural de Guarabira – PB. mais um precioso disco do Jackson do pandeiro. “Tem Jabaculê” é o nono LP de Jackson do Pandeiro na gravadora Philips, lançado em 1964.

“Jabaculê”: gorjeta, dinheiro usado para subornar alguém. Gíria brasileira também conhecida como “Jabá”, na indústria da música, consiste na prática de uma gravadora pagar para que haja a transmissão de suas músicas em uma rádio ou TV.

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“Temos aqui, mais uma raridade do Jackson do Pandeiro e Almira. Este LP ‘Tem jabaculê’, tem uma história curiosa, eu já o tinha copiado para mim, antes mesmo de conhecer o blog ‘Forró em vinil’, mas senti o desejo de compartilhá-lo com os amantes desse blog.

Por isso voltei a procurar a pessoa que me cedeu a cópia e lhe pedi para fotografar a capa, mas o ciúme que ele tem do disco é tanto, que quase não deixou tirar nem o plástico da capa, pra não desfocar a foto. Aponto de que nem pedi para fotografar os rótulos para ele não desconfiar da minha intenção.

É isso aí, pessoal! Vocês que se deliciam com o download de um disquinho bem raro, muitas vezes não sabem o sacrifício que foi feito para disponibilizá-lo. Então, não percam essa oportunidade.

É um trabalho bem feito, recheado dos ritmos preferidos do Jackson: Forró, baião e samba. Destaque para ‘Quem não sabe beber’, ‘Olha o vento’, ‘Forró em casa amarela’, e muito mais.” (Comentário enviado pelo José, junto com o disco)

Jackson do Pandeiro – Tem Jabaculê
1964 – Philips

#01. Quem não sabe beber (Elino Julião – Severino Ramos) Forró
#02. Tem jabaculê (Edson Menezes – Alberto Paz) Samba
#03. Olha o vento (Jackson do Pandeiro – João Rosa Pereira) Baião
#04. Eu vi o sassaruê (Jackson do Pandeiro – Cosme Teixeira) Samba
#05. De lascá o cano (Elias Soares – Jancerico) Forró
#06. Babá de babá (Almira Castilho – Waldemar Silva) Samba
#07. Samba do birim-bim-bim (Barbosa da Silva – Paulinho) Samba
#08. Forró em casa amarela (João Silva – Sebastião da Conceição)
#09. Dia de beijada (Zeca do Pandeiro – Nelson Rivera) Baião
#10. Capoeira no baião (Codó) Baião
#11. Comigo, não! (Jaú – Benedito Toledo) Samba-batucada
#12. A saudade doi (Italúcia – Haroldo Lobo) Baião

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Jackson do Pandeiro – O cabra da peste

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Colaboração do José de Sousa, natural de Guarabira – PB. Curiosamente esse disco teve uma faixa censurada na época da ditadura, então garimpei a bendita faixa na rede pra completar a publicação. Segue o comentário enviado pelo José de Sousa.

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“Há muito tempo que eu gostaria de falar alguma coisa sobre esse disco, porém, só agora surgiu a oportunidade. Para se gravar um bom disco, com intuito de agradar o público e obter sucesso, alguns requisitos básicos não podem faltar, são eles: uma boa gravadora, um bom produtor, um bom arranjador. E é claro, um bom repertório musical.

Livrando o repertório musical, o mais; foi o que, na minha modesta opinião, faltou no LP ‘Cabra da peste’ do Jackson do Pandeiro, que, por não ter muita fidelidade com as grandes gravadoras por onde passou, onde obteve inúmeros sucessos, foi parar nessa “bendita” {prá não dizer o contrário} onde gravou esse trabalho, que eu considero o mais fraco de toda sua carreira.

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E ainda mais, na época do regime militar, que deu a bela contribuição de censurar e obrigar a retirada da música ‘Polícia feminina’ do LP, existem pouquíssimos discos desse com essa faixa, e a gravadora, por ser tão boa, não se deu nem mesmo ao trabalho de corrigir a capa.

Mas acalmando-se os ânimos, e por tratar-se de um disco do Jackson, mesmo com todos esses pesares, não deixa de ser um disco importante pra quem quer completar a coleção. não deixem de adquirir.”

O repertório é bem interessante, se formos observar com carinho, destaque para “Bodocongó” de Humberto Teixeira e Cícero Nunes, “Secretária do diabo” de Osvaldo Oliveira e Reinaldo Costa, “Capoeira mata um” de Alvaro Castilho e De Castro e “A ordem é samba” de Jackson do Pandeiro e Severino Ramos.

Jackson do Pandeiro – O cabra da peste
1966 – Continental

#01. Capoeira mata um (Alvaro Castilho – De Castro) Balanço
#02. Tá roendo (Figueirôa – Maruim) Samba
#03. A ordem é samba (Jackson do Pandeiro – Severino Ramos) Samba
#04. Pinicapau (Codó) Baião
#05. Forró quentinho (Almira Castilho) Forró
#06. Bodocongó (HUmberto Teixeira – Cicero Nunes) Baião
#07. Secretária do diabo (Osvaldo Oliveira – Reinaldo Costa) Forró
#08. Vou sambalançar (Antonio Barros – Jackson do Pandeiro) Samba
#09. Alegria do vaqueiro (Zé Katraca) Baião
#10. Forró do Biá (Luiz Moreno – Jeronimo) Forró
#11. Polícia Feminina (Severino Ramos – José Pereira) Forró
#12. Papai vai de trem (Ivo Martins – Jackson do Pandeiro) Baião

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Jackson do Pandeiro – Jackson do Pandeiro

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Colaboração do DJ Dinei, de São Paulo – SP, mais um importante registro da voz do rei do ritmo, Jackson do Pandeiro.

Seu primeiro álbum em Long Play, num disco com 12 faixas, algumas foram lançadas em 78rpm, porém, ao contrário das coletâneas, foram lançadas concomitantemente ou posteriormente ao álbum. Lançado em 1959 é o disco que imortalizou sua voz em um de seus maiores sucessos, senão o maior, “Chiclete com banana” de Gordurinha e José Gomes.

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José Gomes, para quem não sabe, é o próprio Jackson. Curiosamente a música é registrada na maior parte das suas re-gravações, como sendo de autoria de Gordurinha e Almira Castilho. O motivo dessa discrepância é que na época, as composições só podiam ser assinadas por dois autores, e teóricamente a música é de autoria dos três.

Destaque para o “Forró na gafieira” de Rosil Cavalcanti e para “Cantiga do sapo” de Jackson do Pandeiro e Buco do Pandeiro.

Jackson do Pandeiro – Jackson do Pandeiro
1959 – Columbia

#01. Forró na gafieira (Rosil Cavalcanti)
#02. Acorrentado (Jackson do Pandeiro – José Bezerra)
#03. Casaca de couro (Ruy de Moraes e Silva)
#04. Leva teu gereré (Jackson do Pandeiro – José Bezerra)
#05. Vou buscar Maria (Jackson do Pandeiro – Severino Ramos)
#06. Baião do bambolê (Antonio Barros Silva – Almira Castilho)
#07. Cantiga do sapo (Jackson do Pandeiro – Buco do Pandeiro)
#08. Lamento cego (Jackson do Pandeiro – NIvaldo da silva Lima)
#09. Forró do surubim (José Batista – Antonio Barros Silva)
#10. Chiclete com banana (Gordurinha – José Gomes)
#11. Penerou gavião (Jackson do Pandeiro – Odilon Vargas)
#12. Quadro negro (Rosil Cavalcanti – Jackson do Pandeiro)

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Jackson do Pandeiro – É sucesso

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O áudio é uma colaboração do José de Sousa, de Guarabira – PB, casualmente, eu estava preparando esse disco pra publicar e ele nos enviou o mesmo disco, do Jackson, sendo assim, juntei o áudio dele com as minhas capas. Abaixo o comentário escrito por ele.

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“<É SUCESSO>: Título bem sugestivo que foi dado a este LP do Jackson, lançado em 1976, {segundo a biografia do Jackson} é bom disco, recheado de ritmos de seu estilo: Forró, rojão, marcha e samba.

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Apesar de ser um disco muito bom, não fez tão bem ao título, talvez por ter sido lançado na época em que a musica internacional comandava todas as paradas de sucesso em todo o brasil, por isso não sobrou espaço para divugar tão nobre trabalho.{é uma pena!!!}.

Mas repito, é um disco: de bom para excelente, destacando-se grandes músicas como ‘O pai da Gabriela’, ‘Tempero de peixe é bom’, ‘Esqindô le-lê’, e muito mais. Vale apena conferir!'”

Jackson do Pandeiro – É sucesso
1976 – Cantagalo

#01. O pai da Gabriela (Elino Julião – José Jesus)
#02. Tempero de peixe é bom (Jota Cavalcante)
#03. Esquindô lêlê (Jackson do Pandeiro – Luiz Moreno)
#04. O boi manhoso (Maruim)
#05. Chuva e sol (manoel pedro – Nivaldo Lima)
#06. Nosso amor (Jackson do Pandeiro – Altamiro Cruz)
#07. Lê lê lê no cariri (Marium)
#08. Mãe Maria (Joca de Castro – Antonio Gonzaga)
#09. Liberdade demais (Raimundo Olavo – Jackson do Pandeiro)
#10. Auê birimbáu (Aires viana – Nilo dias – Alvaro Sobrinho)
#11. Retirante (Nivaldo Lima – Manoel Pedro)
#12. Carreira de véio é chôto (José Pereira)

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Jackson do Pandeiro – Ritmo, melodia e a personalidade de

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Colaboração do José de Sousa, natural de Guarabira – PB. Mais um disco raríssimo do Jackson, uma preciosidade. Pedi a ele um comentário sobre o disco ou sobre o Jackson, e ele disse:

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“Recebi a incumbência de comentar sobre este disco, eu na verdade, sou meio suspeito prá falar do Jackson e de sua música, pois gosto de 99,99%. Mas tudo bem!

Dos mais de 30 LPs (contando com os de 10 polegadas e os grandes sucessos) que o Jackson gravou, ‘Ritmo… melodia e a personalidade’, é sem duvida um grande disco, gravado em 1961, é hoje também uma raridade, como quase todos os LPs dele.

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Quem tem o prazer de ter esse disco em sua discoteca, tem com certeza uma preciosidade de valor indefenido. Nesse disco, Jackson divide bem os espaços entre belas canções e temas irônicos e bem humorados.

Na música: ‘Nem o banco do Brasil’, Jackson descarrega em cima daquela mulher que gosta muito de gastar. Em ‘Língua ferina’ ele descasca aquele que fala demais. E em ‘Rojão de Brasília’ presta uma homenagem à nossa capital federal. Pra terminar, como eu custumo dizer, o disco é todo bom!.”

Jackson do Pandeiro – Ritmo, melodia e a personalidade de
1961 – Philips

#01. Aquilo (Jackson do Pandeiro – José Batista)
#02. Dá eu pra ela (Venâncio – Corumba)
#03. Empatou… (Maruim – Ary Monteiro)
#04. Dr. Boticário (Nivaldo Lima – Jackson do Pandeiro)
#05. Rojão de Brasilia (Jackson do Pandeiro – João do Vale)
#06. Lingua ferina (Elias Soares – Oldemar Magalhães)
#07. A mulher que virou homem (Jackson do Pandeiro – Elias Soares)
#08. Nem o Banco do Brasil (Jackson do Pandeiro – Maruim)
#09. Carta para o norte (Rosil Cavalcanti)
#10. Proibido no forró (Maruim – Ary Monteiro)
#11. Criando cobra (José Bezerra – Big Ben – Odelandes Rodrigues)
#12. Lição de tabuada (Rosil Cavalcanti)

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Saudades de Café com Leite

Recebemos esse texto do Jonas Duarte, professor doutor do Departamento de História da UFPB, em João Pessoa – PB. (Texto escrito em 10/06/2008)

cafa-com-leite (Foto extraída do livro/biografia do Jackson)

“Hoje, 10 de julho, marca o desaparecimento físico de dois dos maiores artistas brasileiros. Rosil Cavalcanti e Jackson do Pandeiro. Rosil e Jackson formaram uma unidade sonora, expressando a alma brasileira, em especial a nordestina.

Rosil veio para Paraíba, de Macaparana, Pernambuco, logo cedo. Atrás de estudo e trabalho. Trouxe consigo o brejeirismo e a poesia daquelas encostas chuvosas da Borborema sudeste, coalhada de pequenos produtores de banana e mandioca. Culto e talentoso, dono de uma forma poética típica da nossa “nordestinidade”, que se algum crítico, algum dia procurar caracterizar, rotular, necessariamente falará de um “realismo nordestino”. Suas músicas eram crônicas da vida do povão dos agrestes, brejos e sertões do Nordeste. Em suas narrativas, muito de comédia e drama; de João Grilo e Djacyr Menezes; de Zé da Luz e Zélins; de Zé Limeira e Gilberto Freyre. Seus forrós, baiões, rojões ou lamentos eram a expressão rítmica da vida nordestina.

Jackson do Pandeiro nasceu José Gomes Sobrinho, em Alagoa Grande, Paraíba. Foi durante um tempo Jac (influência dos bang-bang estadunidenses da época), mudou-se para Campina Grande cedo em busca de trabalho. Carregava balaios de pães na cabeça entregando das padarias nas bodegas de alguns bairros. Muito pobre era moleque de rua durante o dia e Bedegueba (palhaço) de Pastoril à noite. Vivia nos cabarés da feira central de Campina. As donas dos cabarés lhes davam guarida, dormida e comida. Já se percebia o talento, a ginga.

Nos anos 40, Rosil e Jackson se encontraram na capital paraibana. Formaram a dupla Café com Leite na Rádio Tabajara. Café era Jackson (negro, descendente dos crioulos da Caiana, do quilombo de Alagoa Grande), Leite era Rosil, sua pele branca justificava o apelido. Nascia o imponderável. Jackson já era artista do povo daqui e queria ser artista do Brasil. Rosil era um poeta, que nas horas vagas se dedicava àquela arte.

Jackson seguiu em busca de seu destino. Foi para Recife. Rosil seguiu para Campina Grande, onde foi trabalhar como fiscal de renda, fiscalizando a qualidade do algodão comercializado na “Liverpool das Américas”, como chamavam Campina na época. Campina era a potência econômica de todo Nordeste. Ali sempre estava cheio de gringos e paulistas. Vinham em busca do “Ouro branco” dos sertões. Campina tinha um ar metropolitano em comparação as pequenas cidades espalhadas Nordeste adentro. Era uma extensão de Recife. O trem que transportava o algodão e as riquezas paraibanas ligava Campina a Recife, via Itabaiana. Daí que, em Campina se respirava muito dos ares cosmopolita recifense. Ao mesmo tempo Campina recebia o sertão diariamente. Levas de sertanejos almocreves transportavam sua produção e sua cultura ao entroncamento da Borborema. Ali se vivia um clima propício à poesia. Ali efervescia um movimento cultural espontâneo, síntese de uma região, que no processo de industrialização nacional se amoldava como a parte “atrasada” de um capitalismo desigual e combinado que se configurava no Brasil, seguindo os moldes do capitalismo mundial.

Em Campina, Rosil não continha seu impulso artístico. Foi trabalhar na rádio Borborema. Criou um programa de noticiário policial Radar, ancestral de qualidade desses folhetins deploráveis que se tornaram os boletins polícias das emissoras de rádio de hoje em dia, apenas expressando a situação também deplorável que se vive no “submundo” do crime. Mas, o grande sucesso de Rosil foi o “Forró do Zé Lagoa”. Programa de forró que animava as noites de toda a Borborema. Do Cariri ao Brejo, onde chegavam as ondas sonoras em Amplitude Modulada (AM), da Rádio Borborema. As pessoas paravam para ouvir o Zé Lagoa. O aparelho de rádio se popularizava em Campina Grande e em seus arredores e Zé Lagoa (Rosil Cavalcanti) era a estrela maior. Sua audiência era total. A Rádio Borborema tinha auditório e o Programa era transmitido do auditório, ao vivo. Ali se fez concurso de sanfoneiro, de dançarino, de beleza, de teatro, etc. Na realidade era uma rádio-teatro. Rosil tinha um carisma impressionante e cativava todos e todas. Os artistas famosos da Rainha da Borborema e de todo o Nordeste tinham presença garantida nos finais de semana. Campina virou uma espécie de centro da cultura regional.

Rosil não parava de compor. Certo dia enviou para o amigo Jackson, uma “brincadeira” musical para Jackson “improvisar” em suas apresentações quase sempre frustradas na rádio Jornal do Comércio. Nesse dia Jackson se soltou. Entrou no palco com a ginga dos sambistas que conheceu no “Zepa”, em Campina Grande, com os ritmos das coquistas de seu quilombo em Alagoa Grande, com as mugangas dos tempos de Bedegueba em cima de caminhões em pastoris por Queimadas, São José da Mata, Bodocongó, Ligeiro, Barracão de Luiz de Melo, etc. Entrou com um pandeiro na mão e gritou: Convidei a cumade Sebastiana pra dançar um xaxado na Paraíba. Ela veio cum uma dança diferente pulava qui só uma guariba e gritava A, E I, O, U ipsilone. Nesse dia nasce Jackson ou JackSOM do Pandeiro. O sucesso da “Cumade Sebastiana” que recebeu o título de Sebastiana foi tanto que em pouco tempo, os palcos de Jackson eram no Rio de Janeiro e São Paulo. A música do Nordeste deixou de ser só o Baião do Lua do Nordeste, o Gonzagão, para ser também: o Rojão e o Forró; o Coco. Jackson vai “empareiar-se” com Gonzaga em termo de sucesso, de apelo popular. Vai fazer sombra ao Lua do Sertão. Gonzaga já abrira as portas da Indústria Fonográfica para a música originária da parte “atrasada” do Brasil. Jackson escancara.

Rosil não deixara Campina. Ali havia criado raízes. Sentia-se em casa. Era de fato, sua casa e sua família. Nas madrugadas de sextas, sábados e/ou domingos ele juntava uma trupe e ia caçar em alguma fazenda próxima a Campina. Nessas caçadas de nhambu, caçava também talentos e, sobretudo, a alma popular nordestina. Nessas caçadas Rosil encontrou os sanfoneiros Pedro Mendes, Diomedes, Josinaldo, Chicó e tantos outros que ele levava para as apresentações em seu Programa. Também promoveu os forrozeiros de Oito Baixos e cantores da mais autêntica música brasileira, produzida ali entre os penhascos da Borborema. Vivia-se a época de ouro do Forró.

Em suas fugas, Rosil preferia o Cariri. Tinha um cantinho preferido na Vaca Brava ou Tôco do Pade, hoje Campo de Emas, onde nasci, vivi e retorno quando posso. Lá, Zé Lagoa, como o chamavam, enrolava seus amigos, dizendo-se caçador, dava uma volta e apreciava a paisagem caririzeira. Voltava antes de todo mundo, tomava uma “bicada” na “Bodega de Hemetério” e armava uma rede, sempre limpa e pronta para o Zé Lagoa, sob a sombra carinhosamente organizada pelos galhos de uma Quixabeira e de um Umbuzeiro, entrelaçados. Parece, sabiam as árvores, que ali estava um ramo seu, um poeta de suas dores e alegrias. O chão sempre limpo, pois rodas de aprendizes de sanfoneiros e sanfoneiros já premiados se “aprochegavam” à Rosil para criarem versos, músicas e brincarem ao dedilhar da sanfona de Pedro Mendes. Ali nasceu Meu Cariri e Aquarela Nordestina, duas das mais lindas canções de Rosil. Suas andanças nas terras caririzeiras também o instigaram à Festa do Milho e diversas outras que fizeram e fazem nordestinos chorarem Brasil afora.

No dia 10 de julho de 1968, no início da tarde, Rosil se sentiu mal quando descansava sob a sombra do Umbuzeiro e da Quixabeira. Pediu um chá para “desempachar”, reclamou mais uma vez do mal-estar e anunciou: vou pra Campina, não estou bem. Na noite daquele dia, como em todos os outros, moradores, trabalhadores rurais, fazendeiros e a população daquela área em geral se aglutinava nas casas onde havia um Rádio, daqueles grandes, a bateria, pra ouvir o Forró de Zé Lagoa. Em vez da música introdutória na voz vibrante de seu parceiro Café, dizendo: se você não viu, vá ver que coisa boa, em Campina Grande, o Forró do Zé Lagoa, se ouviu uma fúnebre anunciando o falecimento do poeta da caatinga, dos cariris, do Nordeste. O Nordeste parou. Campina Grande assistiu a mais profunda comoção que a atingira. Desaparecera subitamente sua síntese poética, suas alegrias e suas tristezas. Os contornos da feira central ficaram sem graça. A feira da Prata perdeu o charme. Macambiras e xiquexiques murcharam. Juritis, asas brancas, ribaçãs arribaram. O povo, a população simples e pobre das periferias de Campina e dos municípios visinhos se encerrou em luto. Campina Grande não comportou a quantidade de pessoas para o último adeus ao poeta que a cidade adotou.

Jackson continuou sem Rosil. Cantou composições de dezenas de outros compositores e muitas suas, que ele não assinava. Cantou o samba nordestino, urbano, da malandragem da periferia do Zepa, de Bodocongó, da Liberdade, do Serrotão e uma diversidade de crônicas riquíssima da vida nordestina. Viveu 15 ou 16 anos sem sua mistura preferida. Num 10 de julho do início dos anos 80, voltam a se misturar noutra dimensão. Jackson volta a encontrar Rosil. Certamente as paisagens cantadas, as histórias narradas, as caricaturas e brincadeiras da cultura regional voltou a ser matéria prima do Café com Leite. A 40 anos da morte de um e 25 da do outro, tenho a impressão que a lacuna deixada por eles ainda não fechou, nem fechará. As estripulias do Bedegueba de pastoril que conquistou o Brasil que formava uma unidade indissolúvel com a pureza da poesia de Rosil desandaram por um tremelique sem graça, como pacote comercial: hermético, fechado, sem poesia, sem a malicia deliciosa dos personagens de Ariano; sem a alma criativa de Zé da Luz; sem os absurdos extravagantes e maravilhosos de Zé Limeira; sem a alma nordestina.

Venceu a imbecilidade do mercado!

Mas a dupla está mais presente do que nunca entre os amantes da boa música. A tecnologia que é usada brutalmente para ferir a cultura popular, também nos permite ouvir Jackson do Pandeiro, sentir o gingado, a malandragem do povão de Campina, do Nordeste, do Brasil. É possível matar a saudade de Rosil Cavalcanti ouvindo o próprio Jackson, mas também Gonzaga e uma diversidade enorme de sons. Pois é, dia 10 de julho é um dia fatídico para a cultura popular nordestina, mas é também o dia de reencontro, da mistura perfeita do Café com Leite.

Coletânea – Canjica, pamonha e rojão

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Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB, um disco produzido pelo Jackson do pandeiro, coisa muito fina.

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Essa preciosa coletânea reúne Manoelzinho Silva, Severo, Marinalva, Jackson do Pandeiro, Haroldo Francisco, Alventino Cavalcanti.

Destaque para “Benedita Bole-bole” de Haroldo Francisco e Jair Maia.

Coletânea – Canjica, pamonha e rojão
1977 – Chantecler

01. Sonho junino (Adão Ferreira) Marinalva
02. Flor de bananeira (D. Martins – Nito Canhete) Manoelzinho Silva
03. Forró mengo (João Severino da Silva – Manoel Serafim) Severo
04. Pedindo perdão (Alventino Cavalcanti – Rocha Sobrinho) Alventino Cavalcanti
05. Cadê Cazuza (Clarinha Rodrigues – D. Martins) Haroldo Francisco
06. A estória do anel (Severino Ramos – Antonio Rodrigues) Jackson do Pandeiro
07. Benedita bole-bole (Haroldo Francisco – Jair Maia) Haroldo Francisco
08. Estou às suas ordens (Antonio Ramos – José Pareira) Manoelzinho Silva
09. Pra remexer (João Severo da Silva) Severo
10. Se acabando no xaxado (Jacy dos Santos – Alventino Cavalcanti – Antonio Rodrigues) Alventino Cavalcanti
11. Louvor à São João (Zezinho – Inácio Virgulino) Marinalva
12. Vem cá Maria (Dominguinhos – Durval Vieira) Jackson do Pandeiro

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Jackson do Pandeiro – Forro de Zé Lagoa

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Colaboração do José de Sousa, paraibano de Guarabira, apreciador da boa música
nordestina de 1940 a 1980. Pedi a ele que falasse um pouco desse disco e ele mandou as seguintes palavras:

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“O LP ‘Forró de Zé Lagoa’ do Jackson do pandeiro, é, na minha opinião,
um dos mais importantes discos de sua carreira, tanto pelo bom gosto do repertório, quanto pela boa qualidade de áudio.

Lançado em 1963 pela gravadora Philips, gravadora essa que lançou os melhores discos, da melhor fase desse nosso saudoso e tão querido artista.

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O Jackson abre o disco fazendo uma homenagem-crítica ao Twist, ritmo
que fazia muito sucesso na época, quem sabe talvez até por um pouco de ciúme, de ver a nossa gente dançando uma dança que ele chamou de ‘americanada’.

Mas o forte do disco mesmo fica com a faixa título: ‘Forró de Zé Lagoa’ de autoria de Rosil Cavalcanti, um dos, ou, o maior de todos seus compositores que assina mais outra faixa ‘Madalena’.

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Mais uma curiosidade é a faixa: B-A-bá de autoria de Mamão, Ricardo
Valente e José Bezerra, esse último, para quem não sabe, é o Bezerra da
Silva já comentado aqui no blog.

Outra faixa que não pode deixar de ser comentada é ‘Garoto de Caculé’ de Elias Soares e Bernado Silva. Eu particulamente escuto esse disco sem excessão de faixa. É sem dúvida um grande disco.”

Jackson do pandeiro – Forro de Zé Lagoa
1963 – Philips

#01. Twist, não (Roberto Faissal – João Grillo)
#02. Garoto de caculé (Elias Soares – Bernardo Silva)
#03. À base de bala (Maruim – Oscar Moss)
#04. Cabra feliz (J. Mendonça – Manoel Moreira – Antonio da Silva)
#05. B-A-Bá (José Bezerra – Mamão – Ricardo Valente)
#06. Scratch de ouro (Maruim – Oscar Moss)
#07. Forró do Zé Lagoa (Rosil Cavalcanti)
#08. Seguro morreu de velho (Manezinho Araújo – Rubens Machado)
#09. O balaieiro (Buco do Pandeiro – Jackson do Pandeiro)
#10. Ginga da mulata (João Mello)
#11. Madalena (Rosil Cavalcanti)
#12. O vento (Jackson do Pandeiro – Braz Marques)

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