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Brito Lucena – Festival de Jericos

Colaboração do Cacai Nunes, do Blog Acervo Orígens

“Eis mais um notável compositor e intérprete do forró sobre quem há pouca ou quase nenhuma informação disponível. Brito Lucena foi um grande compositor, tendo músicas gravadas por Genival Lacerda, Luiz Gonzaga e outros artistas de renome. Mas é difícil encontrar, em livros ou na Internet, informações sobre sua vida.

Mas, felizmente, registros em áudio existem. Esse, da postagem de hoje, ocorreu não porque o Brasil valorizasse sua música e seus melhores artistas, mas por força da iniciativa pessoal de um homem apaixonado por música que, se não tivesse existido, muitos registros incríveis da música brasileira não teriam sido feitos. Mas, felizmente, ele existiu. José Rozenblit nasceu em 1927, no Recife. Na juventude, ele viajou aos Estados Unidos e conheceu um tal Mr. Siegel, dono de uma pequena gravadora, de nome Mercury.

Voltou ao Brasil, e começou a negociar a distribuição do catálogo da Mercury no Brasil. Primeiro, ele usava a loja do pai como vitrine para expor os discos. Depois, ele inaugurou a primeira loja, de nome Lojas Bom Gosto. Nela, havia cabines onde os clientes podiam ouvir os discos antes de comprá-los. Tinha também uma cabine de gravação, onde os clientes podiam – vejam que incrível – gravar sua voz no acetato. Até Getúlio Vargas gravou nas cabines das Lojas Bom Gosto. Em 1954, José Rozenblit e seus irmãos criaram, em Recife, uma das mais importantes fábricas de discos do Brasil: a fábrica de discos Rozenblit, que foi responsável por gravar esse disco do Brito Lucena.

Por estar em Recife, a Rozenblit acabava gravando gêneros e artistas que estavam fora do eixo Rio-São Paulo e foi por isso que fez importantíssimos registros de artistas do frevo, baião, côco, entre outros. Saindo do Recife, a Rozenblit abriu filiais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre. Ela chegou a possuir um estúdio em que cabia uma orquestra sinfônica. No seu auge, ela teve mais de 20% do mercado nacional. A Rozenblit fechou em 1983, porque não suportou a concorrência desleal das multinacionais do disco; além disso, seis enchentes destruíram suas instalações, inclusive um moderno parque gráfico. A Rozenblit foi responsável por deliciosos registros, como esse disco de Brito Lucena. Produzido por Genival Lacerda, só tem forró de primeiríssima qualidade. Destaco o baião Corrida de Jerico (faixa 2, Lado B), de autoria do próprio Brito Lucena.”

Brito Lucena – Festival de Jericos
Passarela

01-Ninguém quer lhe paquerar – Xote (José Silva-Giovane Rezendo)
02-Corrida de jerico – Baião (Brito Lucena)
03-Não vá chorar – Marcha de roda (Graças Góis)
04-Meu fraco é mulher – Côco (Brito Lucena)
05-Onde descanço – Baião (Brito Lucena)
06-Briguei de brincadeira – Arrasta-pé (Vitória de Brito)
07-Juventude no forró (Brito Lucena)
08- Onde o tatú tá – Xote (Jacinto Silva-Prof. Silva)
09-Não vá só – Marcha de roda (Ivan Ferraz)
10-Jeitinho diferente – Côco (Brito Lucena)
11-Homem direito – Côco (Brito Lucena)
12-Perdi meu tempo – Baião (Brito Lucena)

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Camarão – Ao vivo

Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB

Um raríssimo disco do Camarão.

As músicas são na maioria cantadas por um coral, destaque para “É lá é cá” de Camarão; no lado tem algumas instrumentais, destaque para “Sapelado” de Camarão.

Camarão – Ao vivo
Passarela

01 Já tenho um xodó (Camarão – Juarez Santiago)
02 Ninguém cochila (José Silva – Capataz do Rojão)
03 Briga no forró (José Silva – Cumpadre Solon)
04 Tudo é São João (José Silva – Camarão)
05 Aprenda carimbó (José Silva – Capataz do Rojão)
06 É lá é cá (Camarão)
07 Forró do Ivan (Camarão)
08 Sapelado (Camarão)
09 No tempo do meu pai (Camarão)
10 Chamego de seu Nena (Camarão)
11 Forró pop (Camarão)

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Compacto – Camarão

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Colaboração do DJ Rogérinho, de São Paulo – SP.

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No lado A, a faixa “Já tenho um xodó” de Camarão e Juarez Santiago na qual canta Josmano e Risoleide.

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No lado B, a faixa “Aprenda Carimbó” de José Silva e Capataz do Rojão, nela canta José Silva.

Compacto – Camarão
1975 – Passarela

01 Já tenho um xodó (Camarão – Juarez Santiago)
02 Aprenda Carimbó (José Silva – Capataz do Rojão)

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Dinajá Severo e seus sucessos – Compacto duplo

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Recebemos esse compacto duplo do Thiago Silva, lá de Recife. Eu nunca tinha ouvido falar desse cantor. Após uma breve pesquisa na rede, achei o mesmo disco no Blog Túnel do tempo. Será que é o mesmo? Se for, assim não vale, se já tem em outro Blog, por que não nos dedicamos a publicar coisas ainda inéditas aqui na internet?

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Esse disco foi produzido com o apoio da Polícia militar do Ceará e do BEC (Banco do estado do Ceará), o acompanhamento é do Conjunto da P. M. do Ceará e os arranjos e regência do Sargento Ferreira Lima.

Thiago Silva disse: “voltei do almoço com uma grande raridade que eu encontrei em minhas pulgas, você ja ouviu falar no Dinajá Severo? No começo você vai ter um susto, porque a primeira música é aqueles bregas de gafieira, mas as outras 3 são em ritmo de forró, sendo que a última é xote, é uma pérola da música brasileira, eu gosto tanto deste disco sabe!”

“Vou te contar… foi difícil conseguir esse disco viu? Rodei feito frango estragado atras dele, nenhum sebo de Pernambuco tinha ele, fui encontrar em minas.”

“Destaco a faixa dance morena dele mesmo que fez maior sucesso nã época dos anos 70, essa música tocava nas grandes gafieiras.”

Dinajá Severo e seus sucessos – Compacto duplo
1979 – Passarela

01 – Mulher sem coração (Dinajá Severo de Freitas – Luiz Gonzaga B. S. Bento)
02 – Já pegou pra xuxu (Dinajá Severo de Freitas – Sebastião Braga Barros)
03 – Dance morena (Dinajá Severo de Freitas)
04 – Chico Chicão (Dinajá Severo de Freitas)

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Pinto do Acordeon – As filhas da viúva

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Hoje venho aqui para atender ao pedido de um de nossos frequentadores, José Lima, que há alguns dias nos pediu que fosse postado algum disco do Pinto do Acordeon.

Francisco Ferreira Lima, paraibano de Conceição do Piancó, veterano acordeonista e compositor, autor de sucessos gravados por Genival Lacerda, Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste, Fagner e por sua conterrânea Elba Ramalho, entre outros. Gravou seu primeiro LP em 1976, mesmo ano em que Trio Nordestino fez enorme sucesso com o xote “Arte culinária”, de sua autoria em parceria com Lindolfo Barbosa. Hoje, aos 59 anos, tem cerca de 20 álbuns gravados entre CD’s e LPs.

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Então, para você aqui vai um disco gravado em 1980. Como todos os discos dele, esse é um ótimo disco, forró de verdade para ninguém botar defeito. Destaco nesse disco as faixas “Sou mais forró” e “Tarde de domingo”.

Pinto do Acordeon – As filhas da viúva
Passarela – 1980

01. Toca sanfoneiro (Ferreira Pinto)
02. As filhas da viúva (Ferreira Pinto)
03. Até o sol raiar (Ferreira Pinto – Zé)
04. Sou mais forró (Ferreira Pinto)
05. Moça destemida (Ferreira Pinto)
06. Nossa infância (Ferreira Pinto – Waldemar Paulo da Penha)
07. Pró burro (Ferreira Pinto – Virgílio Trindade)
08. Obrigado Luiz (Ferreira Pinto)
09. São João no Yayu (Ferreira Pinto)
10. Tarde de domingo (Ferreira Pinto)
11. Suspirando de amor (Ferreira Pinto – Amaury de Carvalho)
12. Sou você (Ferreira Pinto – Marcondes Edson)

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Camarão – Retrato de um forró

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Esse foi um dos primeiros discos que eu e o Tick passamos pro computador, ainda aprendendo a mexer no sound forge. Num desses garimpos virtuais, o Tick achou esse exemplar e compramos. Que a tecnologia nos ajude, cada vez mais, a divulgar o forró de verdade.

Na época, eu tinha pego emprestado um monte de LPs com o Tony Maceió, esse logo saltou aos olhos. Depois que fui me dar conta da sua raridade e da dificuldade de encontrá-lo nos sebos aqui de São Paulo.

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A foto da capa sugere que a gravação foi feita desse jeito mesmo, em volta de uma mesa com dois microfones apenas. A dinâmica dos intrumentos durante o disco também indicam que o disco foi gravado com pouquíssimos recursos técnicos, o que, na minha opinião, enriquece ainda mais este registro.

Gravado nos estúdios da Rozemblitz; Além do sanfoneiro Camarão, no lado A os vocalistas Azulão e Sandro Rogério, se alternam cantando uma música cada um e no lado B reinam as instrumentais do mestre. Fica difícil de destacar uma ou outra música, gosto de todas.

Camarão – Retrato de um forró
1974 – Passarela

* 01. Retrato de um forró – Azulão (Luiz Ramalho – Luiz Queiroga)
* 02. É proibido cochilar – Sandro Rogério (Antonio Barros)
* 03. Já tenho um novo amor – Azulão (José Silva – Aldo Aires)
* 04. Chililique – Sandro Rogério (João Silva – J. B. aquino)
* 05. É tempo de voltar – Azulão (Anastácia – Dominguinhos)
* 06. A cigana lhe enganou – Sandro Rogério (Juarez Santiago – Ivan Bulhões)
* 07. Na casa da Anita (Anastácia – Dominguinhos)
* 08. Baião mimoso (Anastácia – Dominguinhos)
* 09. Fim de festa (Camarão)
* 10. Forró em Palmeira dos Índios (Anastácia – Dominguinhos)
* 11. Forrózinho moderno (Camarão)
* 12. Forró tema – Sandro Rogério (Anastácia – Dominguinhos)

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