A história do nordeste – Na voz de Luiz Gonzaga

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Durante a história da música popular brasileira, vem os ritmos do longínquo nordeste ganhando foros de civilização, deixando as rústicas cabanas de taipa – onde é dançada no chão de barro batido, à luz bruxoleante de fumacentos lampiões – para ascender aos mais aristocráticos ambientes.

Todavia, há um fato importante a observar, a popularidade da música nordestina (côco, rojão, frevo, baião, etc.) se deve a um sanfoneiro, um músico e compositor que fez escola. Trata-se evidentemente, de Luiz Gonzaga, carinhosamente apelidado de “Lua”.

Luiz Gonzaga aproveitou motivos de sua terra e incorporou-se em luzentes composições musicais representados neste álbum. Gravado pela RCA Victor esse LP de 8 polegadas apresenta oito números bem representativos da literatura musical nordestina, seis dos quais de co-autoria do próprio Gonzaga. (Texto e disco enviados pelo DJ RICK)

A história do nordeste – Na voz de Luiz Gonzaga
RCA Victor

01 – Paraíba (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)
02 – Respeita Januário (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)
03 – Saudade de Pernambuco (Sebastião Rosendo – Salvador Miceli)
04 – O Xote das Meninas (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
05 – O ABC do Sertão (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
06 – Acauã (Zé Dantas)
07 – Algodão (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
08 – Asa Branca (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)

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Compacto duplo – Gerson Filho – Lá vai fumaça

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Gerson Argolo Filho, conhecido popular e artísticamente como “Gerson Filho”, nasceu na histórica cidade de Penedo, no interior de Alagoas. Aprendeu a tocar sanfona ainda quando criança, mas começou sua carreira artística somente aos 22 anos já residindo na cidade do Rio de Janeiro, tendo como um de seus incentivadores a grande dupla de cantores e compositores, Venâncio e Corumba.

Desenvolveu uma longa e gloriosa carreira e por sua importância como referência da musicalidade e da cultura nordestina, foi criado, em Alagoas o Troféu Gérson Filho de Cultura Popular.

O compacto duplo apresentado nesse domingo gravado pela RCA é o pré-lançamento do álbum de 1963, “Lá vai Fumaça” época em que Gerson estava no auge de sua carreira como músico, fazendo diversas apresentações por todo o Brasil.

Gostaria de destacar nesse álbum o baião “Toca Moço” de Ary Monteiro, Gerson Filho caracteriza a perfeição em seu arranjo na música travando um duelo com a flauta, ou seja, ele toca e a flauta responde. Com certeza um autêntico documento para os amantes e pesquisadores de música popular brasileira. (Texto e disco enviados por DJ RICK)

Gerson filho – Lá vai fumaça
1963 – RCA Victor

01. Lá Vai Fumaça (Gerson Filho)
02. Bom É Esse (Doca / Gerson Filho)
03. Desengonçado (Otávio Filho / Gerson Filho)
04. Toca Moço (Ary Monteiro)

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Luiz Gonzaga – 78 RPM

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Nesse domingo apresentamos o disco original de Luiz Gonzaga gravado em 1947, com as músicas “Paraíba” e “Asa Branca”. Esse disco completou em março 60 anos de gravação, recebendo diversas homenagens, entre elas, em pleno centro de São Paulo, um show com a presença de varios artistas que simbolizam o forró pé-de-serra. Junto com o show houve também o lançamento do livro, “Dicionário Gonzagueando, de A a Z” do jornalista e radialista Assis Ângelo.

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Destaca-se neste 78 rpm a faixa “Asa Branca” de autoria de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, uma das músicas mais conhecidas e veneradas da música popular brasileira. Essa toada é um quadro vivo e impressionante da seca do nordeste. “Quando olhei a terra ardendo, qual fogueira de São João, perguntei a Deus do céu, ‘Oh, porque tamanha judiação?”… E assim a música expõe o sofrimento do nordestino ante a inclemência do Sol que força até mesmo a “Asa branca” a bater asas no sertão.

Na faixa “Paraiba” Luiz Gonzaga em parceria com Humberto Teixeira escreve um melodioso baião, o qual retrata a bravura da pequena, porém “macho” Paraíba… (Texto e disco Enviados por DJ RICK)

Luiz Gonzaga – 78 RPM
RCA Victor – 1947

Lado A – Paraíba (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)
Lado B – Asa Branca (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)

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Januário – Januário vai tocar

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Os domingos com discos especiais começaram com um álbum de Januário de 1954, nada mais justo, sendo ele um dos pioneiros nesse ritmo tão maravilhoso que encanta todos, independente de sua classe social ou idade, de prestarmos aqui mais uma homenagem a seu trabalho.

Dando prosseguimento a carreira, Januário grava em 1955 ainda pela RCA Victor o disco de 78 rpm, “Januário Vai Tocar” e “Calango Do Irineu”, ambas as composições de sua autoria. No xote “Januário Vai Tocar” ele é acompanhado por seus filhos na zabumba, triângulo e vozes, incluindo Luiz Gonzaga.

Na seguda faixa temos a música “Calango de Irineu”. O Calango é uma dança típica do norte de Minas Gerais e também do Rio de Janeiro. No Calango temos o improviso do solista e a repetição do refrão por parte do coro. Também aparece na forma de desafio entre dois cantadores e o instrumento tradicional de acompanhamento é a sanfona de oito baixos. (Texto e disco Enviados por DJ RICK)

Januário – Januário vai tocar
1955 – RCA Victor

01 Januário vai tocar (Januário)
02 Calango do Irineu (Januário)

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Ary Lobo – Forró em Calcaia

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Venho hoje, depois de uns 5 dias deixando meu amigo Ivan na mão, postar mais um grande disco de Ary Lobo para vocês.

Eu particularmente sou um grande fã desse cantor, o ritmo que ele impõe nas suas músicas é de grande excelência.

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Nesse LP lançado em 1964 pela RCA Victor duas músicas em especial me chamaram muito a atenção, são elas “Gato sem unha não briga”, de S. Ramos e K-Boclinho e “Duelo do amor” de S. Ramos e Noel Silva.

Ary Lobo – Forró em Calcaia
RCA Victor – 1964

01. Forró em Calcaia (J. Lima – J. Bruno Magalhães – Zéguimar)
02. Gato sem unha não briga (S. Ramos – K-boclinho)
03. Lelê ziriguidum (Paulo Miranda – Ramon Laca)
04. Quem mandou você pra cá (Alventino Cavalcante – Ary Lobo)
05. Quem dá aos pobres, empresta a deus (Buco do Pandeiro – Panta)
06. Cabelos grasalhos (Assumpção Corrêa – William Duba)
07. Vamos a farinhada (Carlos Magno – Ary Lobo – José F. Braga)
08. Duelo do amor (S. Ramos – Noel Silva)
09. Saudade de Caicó (Adão Ferreira – Manoel Francisco)
10. Saudade atroz (Jayme Silva – Neuza Teixeira)
11. Pastoril no torrião (Luiz Boquinha – Ary Lobo)
12. Poeira (Assumpção Corrêa – Coroné Narcizinho)

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Ary Lobo – Aqui mora o ritmo

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O áudio é colaboração do DJ Tick, de São Paulo – SP e as capas foram enviadas pelo DJ Cacai Nunes, de Brasília – DF.

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Ary Lobo é paraense de Belém do Pará e nasceu em 14 de Agosto de 1930, vindo a falecer em 21 de Agosto de 1980. Gravou seus primeiros discos pela RCA Victor, o primeiro foi em 1959, “Forró com Ary Lobo”, 12 polegadas. Em 61 gravou “O último pau-de-arara” e “Vendedor de caranguejo”. Em 62 lançou o sucesso “Eu vou pra lua”, quem não conhece?

O tema das suas composições (cerca de 700 músicas gravadas) retratava básicamente a vida e os costumes nordestinos de forma descontraída, baiões, xotes, vários forrós e até sambas na linha de Jackson do Pandeiro e Jorge Veiga.

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Ary Lobo foi daqueles gênios que não nascem mais nos dias de hoje. Um defensor solitário (ou quase) da música nordestina de raiz, mas eu digo “raiz” no sentido pleno da palavra. Suas gravações são o retrato disso, a começar pelos instrumentos usados, ele não ousava muito, já tinha sua fórmula montada. E que fórmula! (Extraído do site sebo musical)

Ary Lobo – Aqui mora o ritmo
1960 – RCA Victor

01. A mulher que vendia siri (S. Ramos – Elias Ramos)
02. O castigo da seca (Venâncio – Corumba)
03 – Caveira (JOão Rodrigues – B. Vieira)
04. Garota do café (João Rodrigues – B. Vieira)
05. Menino prodigio (S. Ramos)
06. Saudade de Pernambuco (Ary Monteiro – João Rodrigues)
07. Garoto do amendoim (B. Lobo – Manoel Moraes)
08. Novidade de hoje (Rodrigues da Silva – Silveira Junior)
09. Belém de Maria (Barbosa da Silva – B. Vieira)
10. Tempo quente (Ary Monteiro – Talismã)
11. Simbolo do rojão (Ismael Rufino – Djalma Varfela)
12. Evolução (J. Cavalcante – Lino Reis – Aguiar Filho)

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