Quinteto Violado – Enquanto a Chaleira não Chia
Posted on: 26 de abril de 2007 /
Em 1971 surgiu em Pernambuco um grupo musical que traçava um novo caminho para a MPB. O ‘Quinteto Violado’ apresentava uma proposta fundamentada nos elementos musicais da cultura regional, através de trabalhos de pesquisa e da própria vivência de cada um dos seus integrantes, todos nordestinos.
Toinho Alves, voz e contrabaixo do Quinteto Violado, é o responsável pela coordenação musical dos arranjos, repertório, produção artística dos discos e direção musical dos espetáculos.
Fernando Filizola, violeiro e sanfoneiro desde a primeira formação do Quinteto Violado.
Marcelo Melo, violão e voz predominante do Quinteto Violado, passou também a tocar viola de 12 cordas, após a saída de Fernando Filizola.
Luciano Pimentel, explorava bastante os acessórios percussivos, tinha o hábito de usar um ganzá enquanto tocava a bateria, proeza que instigava a curiosidade dos músicos e dos observadores mais atentos.
Luciano Medeiros, é um dos integrantes mais antigos do Quinteto, toca violão em alguns arranjos.
Sando, tinha apenas 13 anos de idade quando entrou para o Quinteto, antes da gravação do primeiro disco, estudava flauta desde os sete anos e chamava a atenção pelo seu virtuosismo, saiu em 1977. Da formação inicial foi o primeiro a abandonar o grupo.
Um músico que passou pelo Quinteto e deve ser citado é o recifense Zé da Flauta, que entrou em 1977, deixou o grupo em 1981 e hoje é um ativo produtor fonográfico da nova cena musical pernambucana.
Conseguindo extrair das mais simples manifestações populares a sua essência rítmica e melódica, o Grupo criou uma nova concepção musical, cujo traço fundamental é a interação entre o erudito e o popular, sem desfiguração, reafirmando a idéia de que toda arte é sempre a universalização do popular.
O Quinteto Violado foi um dos primeiros artistas brasileiros a incorporar o conceito de grupo musical-empresa. Para viabilizar uma mobilidade que se fazia necessária, atendendo às exigências da infra-estrutura de som e cenários que as apresentações demandavam, a saída foi comprar um ônibus, que permitiu ao Quinteto realizar a proeza de percorrer mais de 1 milhão de quilômetros por estradas de todas as regiões do Brasil – alcançando ainda alguns países da América do Sul. (Informações extraídas do site oficial do Quinteto)
Os ritmos do forró predominam neste LP, voltado para o período junino, que traz as participações especiais de Luiz Gonzaga, na marchinha “Lorota Boa”, e de Dominguinhos, em “A Fé do Lavrador”.
Foi o único lançamento do Quinteto Violado pela RCA, destaque para a produção de Oséas Lopes, do Trio Mossoró e para a música: “O forró ta cheio” de João silva e Manoel Euzébio.
Quinteto Violado – Enquanto a Chaleira não Chia
1984 – RCA
01. Enquanto a Chaleira não Chia (João Silva – Zé Mocó)
02.
Noites Brasileiras (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
Fogueira de São João (Luiz Gonzaga – Carmelina Albuquerque)
Lorota Boa (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)
03. Bom Demais (Jorge de Altinho)
04. Erva Doce (João Neto – Maciel Melo)
05. Último Pau de Arara (Venâncio – Curumbá – José Guimarães)
06. Pipoca Real (Fernando Filizola)
07. O Forró tá Cheio (João Silva – Manoel Euzébio)
08. De Viola e Rabeca (Toinho Alves)
09. A Fé do Lavrador (Dominguinhos – Janduhy Finizola)
10. Amar é… (Toinho Alves)
11. Azul Maceió (Marcelo Melo – Edson José)
12. Aracajú (Toinho Alves – Ciano)
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