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CD – Xico Bizerra – Forroboxote 06 – Baião: do Reino Encantado do Novo Exu às Veredas do Resto do Mundo e Adjacências

Colaboração do Xico Bizerra

APRESENTAÇÃO:

“Em dia claro, dos sertões do Ceará, dos sertões de Pernambuco, de muitas léguas avista-se a Serra do Araripe. Percebe-se, inicialmente, apenas uma linhazinha azulada, de um azul mais carregado, estendida aos pés do céu. A partir desse vislumbre, e em se navegando rumo a ela, a linhazinha anilada vai engrossando, engrossando, até assumir o perfil decorativo do planalto que, silhuetado contra a linha do horizonte, interrompe o vazio da paisagem”. José Peixoto Júnior (BOM DE VERAS E SEUS IRMÃOS)

… DE TABOCA A RANCHARIA, DE SALGUEIRO A BODOCÓ …

Em 1946 foi gravado o primeiro baião, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, por 4 Ases e um Curinga, pelo selo Odeon, cuja letra dizia, “Eu vou mostrar pra vocês / Como se dança o baião …” .Desde então, sessenta anos se passaram.

Consta na Certidão de Nascimento do Baião o Araripe como sua terra natal. Não por acaso. Foi lá também que surgiu o seu Rei e inventor, Luiz Gonzaga do Nascimento. Daí, seguiu para o resto do mundo, entronchando e desequilibrando o eixo da MPB e encantando quem o ouve e quem o dança, esse que é o som mais genuinamente brasileiro que existe.

Esse trabalho é uma homenagem, singela diante da dimensão do seu inventor, que prestamos ao Baião. Mais que isso, fomos buscar no Araripe os seus intérpretes, porque eles, mais do que ninguém, são irmãos do baião.

Se perceberá, nesse disco, ao lado do instrumental básico e típico – triângulo, zabumba, agogô e sanfona, a utilização de violas, o que se justifica ante a história do Baião, que se originou da forma especial de os violeiros tocarem lundus na zona rural nordestina.

E quem quiser aprender, basta só prestar atenção …
XICO BIZERRA, outubro de 2006

Esse Baião é pra gente sorver em pequenos goles, passando a língua nos beiços e estalando, como quando se bebe uma boa cachaça, envelhecida, forte, daquelas que o sabor da cana de açúcar reflete desde o suor do canavieiro a lhe molhar a face, até o pingar pachorrento do precioso líquido nos alambiques de cobre azinhavrado.

De resto, deixe a poesia invadir sua alma na beleza dos versos que só um iluminado como o poeta Xico Bizerra é capaz de nos proporcionar.

Paulo Carvalho, Médico e Fotógrafo, em Setembro/2006

Cada época, cada tempo, cada geração e cada recanto desse mundo peculiar é rico, riquíssimo, no surgimento de novas vocações para as artes, para a exaltação do belo e para a celebração, através da transformação da realidade, da luxuriosa fartura que Natureza botou graciosamente à disposição das vistas privilegiadas de nós outros, os cidadãos do Nordeste Brasileiro.

Xico Bizerra é uma cabra malassombrado da bixiga lixa, um doido, um retratista, um cangaceiro romântico, um poeta da gota serena que entope os ares do mundo com a magnificência de suas composições, ricamente emolduradas pelas vozes que as interpretam.

É com uma felicidade inominável, com o peito cheio de alegria, que saúdo essa trajetória luminosa e mágica que vai desde o reino encantado de Novo Exu até as fronteiras do resto do mundo e adjacências!

Eita titulação da bobônica. Um manifesto de luz e de beleza, escritinho.

Vai cumprir tua sina, Xico, de botar mais beleza nesse mundo e colorir, com tuas músicas, as telas povoadas pelos homens, os cantos, os recantos, os bichos, os matos, as caatingas, as beiradas de praia e os ares dessa Nação Nordestina.

Que a Besta Fubana te bafeje sempre com Sua bem-querença.

Luiz Berto, Escritor, em Setembro/2006

Não sou capaz de identificar nenhuma nota musical (nem no papel, nem no ouvido), não toco nenhum instrumento, tentei sino quando era coroinha e mesmo assim não consegui entrar no compasso. Também não sei dançar. Mas pediu-me Xico Bizerra pra ouvir as músicas do novo disco que está finalizando e, por escrito, lhe dar uma resposta.
Como sou bem mandado, ouvi tudo na condição de velho ouvinte de rádio e ali, Xico e o rádio me transportaram para além daquela serra de onde veio este caririzeiro elegante, porte de guerreiro gaulês, com esperança e sinceridade no olhar, a generosidade transbordando num jovem coração de poeta.
O “REINO ENCANTADO DO NOVO EXU” é o clarear do relâmpago, o ribombar do trovão e a sonora das cachoeiras descendo ladeira abaixo naquele colosso do Araripe, onde tudo deságua no Crato, a nave-mãe de Xico, esse caboclo chamado baião. É nesse “REINO ENCANTADO” que a gente vai acompanhando os passos do poeta nas trilhas dos “FORROBOXOTES” da vida, onde as suas canções nos dão asas de passarinho, para contemplarmos lá de cima a “linhazinha azulada” do seu Araripe.
Generosidade, poesia, melodia, tudo sertanejamente planejado, tudo generosamente dividido com os muitos amigos artistas, e cada um vai pintando, à sua maneira, mais um quadro desse mestre, onde todos nós somos retratados com tudo que temos de mais belo.
É assim que vejo (sempre) Xico Bizerra que não imita e não se parece com ninguém, só com ele mesmo. Deus certamente não se arrependeu, por tudo que lhe deu. A nós outros, resta-nos desejar-lhe vida longa, fazendo o bem e bem fazendo o que tem feito. Valeu poeta!

Zelito Nunes, Escritor e Poeta, em Setembro/2006

Textos retirados do sítio oficial de Xico Bizerra, para mais informações, acesse: http://www.forroboxote.com.br

Xico Bizerra – Forroboxote 06 – Baião: do Reino Encantado do Novo Exu às Veredas do Resto do Mundo e Adjacências
2006

01. Sobrança de amor (Xico Bizerra) Greg Marinho
02. Jarrim de fulô (Xico Bizerra – Cicinho) Santanna
03. Cortejo de estrelas (Xico Bizerra) Sanfonéia
04. Cavalo do tempo (Xico Bizerra – Beto Hortiz) Tácyo Carvalho
05. Baião vagamundo (Xico Bizerra) Di Jesus
06. Santo São Paulo (Xico Bizerra – Maria Dapaz) Xico Bizerra
07. Matuto (Xico Bizerra) Fuá da Maravilha
08. Baião do sol escondido (Xico Bizerra – Ozi dos Palmares) Miguel Filho
09. Solnacença (Xico Bizerra – Biguá) Flávio Leandro
10. Tangendo a dor (Xico Bizerra) Joãozinho do Exú
11. Jorge da Lua (Xico Bizerra – Maria Dapaz) Joquinha Gonzaga
12. Sementeira da vida (Xico Bizerra) Maria Lafaete
13. Calendário desbotado (Xico Bizerra – Roberto Cruz) Sérgio Gonzaga
14. Senhora do Crato (Xico Bizerra – Bruno Cesar) Reinivaldo Pinheiro
15. Oração do sanfoneiro (Xico Bizerra) Epitácio Pessoa
16. Cria do Araripe (Xico Bizerra) Chiquinha Gonzaga

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CD – Reinivaldo Pinheiro – Tem ciência nesse cigarro

Colaboração do Nilson Araújo, da Sala Nordestina de Música.

“Óia o crente nos causos!

Esse condenado é muito bom no forró e contando causos, também.
Divirta-se ouvindo principalmente a faixa ‘Tem ciência nesse cigarro’.
Ô cigarrim da gôta serena pra deixar os mininos alegres.

Apesar de não ter crédito na contra capa, participação especial de Chico Pedrosa nas faixas ‘A briga na procissão’ e ‘O doido e o ferro velho’, ambas de sua autoria; e de Jessier Quirino na faixa ‘Escutação meio de feira’ de sua autoria.”

Reinivaldo Pinheiro – Tem ciência nesse cigarro

01 Tem ciência nesse cigarro (Reinivaldo Pinheiro)
02 Poema de Marcílio (Marcílio Cordeiro)
03 Pinheiro do Araripe (Reinivaldo Pinheiro)
04 Canário da primeira rama (Reinivaldo Pinheiro)
05 Escutação meio de feira (Jessier Quirino)
06 Toin e fiscal (Reinivaldo Pinheiro)
07 Eu e Bibia (Louro Branco)
08 A briga na procissão (Chico Pedrosa)
09 O doido e o ferro velho (Chico Pedrosa)
10 A semelhança do saco com o papo (Amazan da Paraíba)
11 Minha infância com meus pais (Chico Pedrosa)
12 Do outro lado de lá (Chico Pedrosa)
13 A maré baixou (Reinivaldo Pinheiro)

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CD – Reinivaldo Pinheiro (O crente) Eu, ela e o girassol

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Colaboração do Nilson Araújo, da Sala Nordestina de Música.

“Pense numa fuleiragem gostosa é ouvir o Reinivaldo Pinheiro, conhecido mais popularmente como ‘O Crente’, contando causos nordestinos. Mas ele é bom mesmo é compondo e cantando. Até hoje eu não entendo porque esse cara continua com espaço reduzido na comunidade forrozeira.

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Ouça, preste atenção nas letras e me diga se o cara não é bom.
‘Olhar pidão’ (minha preferida) ‘Pétala de flor’, ‘Cheiro de fulô’, ‘Eu ela e o girassol’, enfim são tantas musicas arretadas que fica difícil escolher a melhor.
Eita forrozim da bixiga lixa de bom esse do ‘Crente’!”

Reinivaldo Pinheiro ( O crente) Eu, ela e o girassol

01 Eu ela e o girassol (Reinivaldo Pinheiro)
02 Cheiro de fulô (Reinivaldo Pinheiro)
03 Cheiro de amor novo (Reinivaldo Pinheiro)
04 Olhar pidão (Reinivaldo Pinheiro)
05 Tudo pode acontecer (Reinivaldo Pinheiro)
06 Um ninho pra você (Reinivaldo Pinheiro)
07 Querendo um caquim de amor (Reinivaldo Pinheiro)
08 Desejo de rei (Reinivaldo Pinheiro)
09 Na paisagem da janela (Reinivaldo Pinheiro – Anchieta Dali)
10 Pétala de flor (Reinivaldo Pinheiro)
11 No pezim da cajarana (Reinivaldo Pinheiro)
12 Forró ninado de Maria (Reinivaldo Pinheiro)
13 Meu xerém é garantido (Reinivaldo Pinheiro)
14 Que nem boca de caieira (Reinivaldo Pinheiro – Xico Bizerra)
15 A maré baixou (Reinivaldo Pinheiro)

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